Ele vai te pegar!
Esse monstrão adora ficar escondido debaixo da cama ou no guarda-roupa, só esperando para dar aquele susto: é o bicho-papão! A criatura tem nome bem brasileiro, mas essa lenda para ensinar as crianças a ficarem comportadinhas vem lá da Idade Média na Europa.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Lobisomem
Aaaaúúú!
Essa lenda cabeluda de um homem que se transforma em uma mistura de ser humano e lobo em noite de lua cheia vem da Europa do século 16, e chegou ao Brasil com os portugueses. Por aqui, a história ficou ainda mais complicada: de acordo com a lenda, se uma família tiver seis filhas, e o sétimo filho for homem, com certeza vai virar lobisomem! A lenda conta também que, se o lobisomem morder alguém, a vítima também vai começar a se transformar nessa criatura peluda todo mês. E não é qualquer tirinho que acaba com o monstrão: a bala tem que ser de prata.
Essa lenda cabeluda de um homem que se transforma em uma mistura de ser humano e lobo em noite de lua cheia vem da Europa do século 16, e chegou ao Brasil com os portugueses. Por aqui, a história ficou ainda mais complicada: de acordo com a lenda, se uma família tiver seis filhas, e o sétimo filho for homem, com certeza vai virar lobisomem! A lenda conta também que, se o lobisomem morder alguém, a vítima também vai começar a se transformar nessa criatura peluda todo mês. E não é qualquer tirinho que acaba com o monstrão: a bala tem que ser de prata.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Mula - Sem - Cabeça
Cabeça quente
Imagine dar de cara com essa mula que não tem cabeça e ainda solta fogo pelo pescoço! A lenda conta que tudo começou quando uma mulher resolveu namorar um padre. Não pode, né? Então ela começou a se transformar nesse monstro toda noite de quinta para sexta. Ninguém merece!
Imagine dar de cara com essa mula que não tem cabeça e ainda solta fogo pelo pescoço! A lenda conta que tudo começou quando uma mulher resolveu namorar um padre. Não pode, né? Então ela começou a se transformar nesse monstro toda noite de quinta para sexta. Ninguém merece!
domingo, 28 de agosto de 2011
Iara
Charme no rio
Conhecida como Iara ou Mãe D’Água, essa criatura é metade mulher bonitona e metade peixe — ou seja, é a parente brasileira das sereias, conhecidas no mundo todo. O canto e a beleza da Iara deixam os homens doidinhos, mas, quando eles chegam para tentar passar aquele xaveco, ela os leva para o fundo do rio.
Conhecida como Iara ou Mãe D’Água, essa criatura é metade mulher bonitona e metade peixe — ou seja, é a parente brasileira das sereias, conhecidas no mundo todo. O canto e a beleza da Iara deixam os homens doidinhos, mas, quando eles chegam para tentar passar aquele xaveco, ela os leva para o fundo do rio.
sábado, 27 de agosto de 2011
O Saci
Quando a gente pensa em folclore, já se lembra dessas criaturas que são a cara da cultura brasileira: o saci, arteiro, o lobisomem e sua maldição, o curupira protetor da floresta, o bicho-papão, que pode estar escondidinho (ou escondidão) debaixo da cama. Mas as outras culturas do mundo também têm seus monstros, e alguns ficaram tão conhecidos que passaram a morar na nossa imaginação. Quer saber mais sobre eles? Então, embarque nessa expedição de arrepiar.
Moleque sapeca
O saci é um moleque negro, de uma perna só, gorrinho vermelho na cabeça, que vive fumando seu cachimbo por aí e aprontando todas: ele faz o doce desandar, pega carona em redemoinhos, esconde os óculos. A lenda sobre esse menino bagunceiro vem do século 18, ainda durante a escravidão no Brasil, quando as amas (as babás daquele tempo) e os caboclos contavam essa história para assustar as crianças. A versão mais conhecida da origem desse molequinho ligado nos 220 volts vem da obra do escritor Monteiro Lobato, o criador do Sítio do Picapau Amarelo. Em suas histórias, o autor conta que o saci nasce nos bambuzais e fica sete anos dentro dos gomos dos bambus antes de sair. Depois, vive por 77 anos — quando morre, vira cogumelos venenosos ou orelhas-de-pau. E apronta, viu?
Continua próxima postagem!
Moleque sapeca
O saci é um moleque negro, de uma perna só, gorrinho vermelho na cabeça, que vive fumando seu cachimbo por aí e aprontando todas: ele faz o doce desandar, pega carona em redemoinhos, esconde os óculos. A lenda sobre esse menino bagunceiro vem do século 18, ainda durante a escravidão no Brasil, quando as amas (as babás daquele tempo) e os caboclos contavam essa história para assustar as crianças. A versão mais conhecida da origem desse molequinho ligado nos 220 volts vem da obra do escritor Monteiro Lobato, o criador do Sítio do Picapau Amarelo. Em suas histórias, o autor conta que o saci nasce nos bambuzais e fica sete anos dentro dos gomos dos bambus antes de sair. Depois, vive por 77 anos — quando morre, vira cogumelos venenosos ou orelhas-de-pau. E apronta, viu?
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Teste
Faça um teste e descubra se você está por dentro do folclore!
http://sitededicas.uol.com.br/quiz_cri_lendas_facil.htm
http://sitededicas.uol.com.br/quiz_cri_lendas_facil.htm
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Teste seu conhecimento!
Teste seu conhecimento sobre lendas do folclore!
http://educacao.uol.com.br/quiz/geral/2011/08/10/o-que-voce-sabe-sobre-lendas-do-folclore.jhtm
http://educacao.uol.com.br/quiz/geral/2011/08/10/o-que-voce-sabe-sobre-lendas-do-folclore.jhtm
domingo, 14 de agosto de 2011
Lenda do Açaí
Lenda
’Conta a lenda que existia uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos estavam escassos, era difícil conseguir comida para toda a tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças recém-nascidas seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional da tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma menina que também teve de ser sacrificada.
Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando-a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
Iaçã, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhas escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.”
Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando-a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
Iaçã, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhas escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.”
Lenda Indígena Amazonense
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Jogos
Por ter características de anonimato e transmissão oral, os jogos infantis são considerados elementos folclóricos. Na verdade, são manifestações da cultura popular, muito apropriados para desenvolver a convivência social e a cultura infantil. Tradicionalmente universais, mesmo sendo espontâneos, sofrem poucas mudanças no tempo e no espaço. No Brasil, os jogos infantis receberam influências das três origens da nossa raça: a portuguesa, a africana e a indígena. O resultado é que dezenas de jogos e brincadeiras tradicionais nos campos da dança, da literatura e do cordel, acabaram tornando-se parte importante do nosso folclore. Melhor para a nossa Cultura!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Entre o Romance e o Folclore!
Pode-se encarar as relações do romance com o folclore sob vários aspectos, desde o mais elementar aproveitamento do material folclórico como um fator de realce na observação direta, até à possibilidade de uma estética que permita um contato e uma comunhão maior entre o público e o povo. Mas, há uma questão que afeta qualquer tentativa, ampla ou restrita, do aproveitamento dêsse material por parte do romancista: sua validade e limites. Sim, porque é preciso considerar que o romancista faz literatura e não folclore e que além disso os folcloristas podem também ter suas idéias sôbre o assunto. A questão coloca-se, pois, em têrmos das relações entre o folclore e a literatura.
Disse que se deve considerar também o ponto de vista particular do folclorista. Deve-se, é claro, porém, mais por uma razão de ordem, que por uma questão de precedência. O folclorista foi dos últimos a tratar dos fatos folclóricos - lendas, tradições, mitos, superstições, crendices, técnicas de cozimento do barro, de modelação, formas de cultivo da terra, estilos típicos de vida etc. - e quando êle surgia no Século XIX tinha diante de si um trabalho de notação tão grande, que poderia iniciar o estudo do folclore indiretamente, nas grandes obras, começando na antiguidade clássica no teatro grego e em Homero, passando por Vergílio e Petrônio, até chegar a Gil Vicente, Cervantes, Mistral... O folclore confundia-se na literatura, embora não houvesse preocupação alguma em se fazer arte popular. É, aliás, uma sobrevivência dessa fase muito extensa a idéia de que o folclore constitui uma parte da literatura.
O aparecimento dos folcloristas modificou um pouco essa visão das coisas. De um lado porque êles distinguiam o folclore - cujo têrmo também criaram - em folclore subjetivo, em que se procura sistematizar e estudar os elementos folclóricos, buscando por aí atingir uma formulação científica e teórica, sob os auspícios do positivismo, e em folclore objetivo, item sob que seriam agrupados todos os elementos folclóricos, tôdas as danças, as cantigas, as superstições, as crendices, os provérbios, aquêles modos de ser e de agir típicos de um povo ou de uma região, o próprio conteúdo do folclore, pois. Já aí ficou feita uma divisão de trabalho. O estudo propriamente dito do material folclórico compete ao folclorista, ou qualquer outro especialista em ciências sociais. O literato, como tal, nada tem que ver com o "folclore subjetivo". E, é óbvio, pouco lhe interessam as questões teóricas e os aspectos técnicos do folclore; quando o romancista, por exemplo, se utiliza de material folclórico, faz notação ou faz estilização. Põe-se em contato direto com o fato folclórico - um personagem mítico, como a Iara ou o Saci - nas esferas do folclore objetivo sem nenhuma outra preocupação.
Os folcloristas do século XIX e alguns dêste século, entretanto, desvendaram um novo modo possível de se encarar as relações entre o folclore e a literatura - ou, mais precisamente, de situar um e outro, partindo do próprio conceito de folclore. O folclore seria a cultura dos meios populares, das camadas baixas da população - nas zonas rurais e urbanas - em poucas palavras: a "cultura dos incultos". Era, pois, o conjunto de conhecimentos, técnicas e modos de ser dos iletrados, transmitido oralmente. Distinguia-se da literatura, cultura dos meios elevados, dos letrados e dos "cultos". A diferença entre a literatura popular e a literatura erudita é apresentada como uma diferença fundamental, de natureza: duas formas culturais antagônicas e, em certo sentido exclusivas. O burguês e o homem do povo - terminologia de Saintyves e de Maunier - seriam a expressão dêsse antagonismo. Aquêle vivendo a idade positiva contiana, pensando racional e logicamente as coisas, capaz também de progresso; enquanto o segundo revelaria uma etapa anterior do desenvolvimento das sociedades ocidentais surgindo como um homem imobilizado pelo passado e sufocado sob o pêso da tradição, pensando as coisas de modo anti-racional e ilógico. A diferença de mentalidades seria irredutível. Contudo, ela não é inata: o homem herda-a socialmente, revelando-a à medida que traduz o seu próprio meio social e cultural, a sua "cultura" - sua literatura e o seu folclore. Mas, essa irredutibilidade, essa diferença de natureza, abre um abismo entre o folclore e a literatura. Por isso diante do artista - romancista ou poeta - que se orientasse por esta concepção, haveria só três caminhos possíveis: aproveitar o folclore como fonte de sugestão. Aí o tema folclórico seria mero ponto de partida, e o que se incorporaria à literatura seria uma estilização do fato folclórico, e não o próprio fato folclórico. A essência, pois, da literatura, conservar-se-ia salva. O romance "Pedro Malasarte" do sr. José Vieira é um exemplo. Ou então o folclore surge como uma fonte de argumentos estranhos, exóticos e fortes - de motivos e temas novos, dando uma côr ao fundo do romance, um ambiente de vida desconhecido. O trabalho do romancista, no caso, se reduz a um aproveitamento superficial dos fatos folclóricos. É a notação rápida dos "costumes populares" dos românticos. Nunca ultrapassam os limites do descritivo e não há nenhum esfôrço no sentido de entender o homem sob o ângulo daqueles elementos folclóricos. E, ainda, o terceiro caminho, que é a tentativa mais arrojada: tentar uma conciliação entre as duas culturas, entre os dois "tipos" de homem. O tema folclórico deixa de ser simples ponto de partida, para assumir uma importância nova - o artista acaba atribuindo uma realidade essencial do mito, submetendo-se-lhe definitivamente. É a fascinação do abismo, pois o artista pode se despenhar de uma vez no folclore, como Mistral, adotando uma atitude de participação, sem que se possa avaliar até onde a solução pode ser aceita como intermediária. A finalidade maior do artista, entretanto, muitas vêzes é consciente, neste caso! A revelação essencial e integral de um povo, dando uma amostra do conflito das duas mentalidades e um comêço de síntese. Parece-me ser a de Goethe a tentativa mais vigorosa, no gênero; mas êle já estaria esquecido se não ficasse mais próximo da "cultura", que da simples peça de títeres que era o "Fausto". O resultado e o destino dessas aventuras é sempre êsse: fatalmente o artista dá maior ênfase aos valores de seu meio restrito, distanciando-se dos valores do povo à medida que as duas esferas de valores também se distanciam.
Modernamente, esboça-se um movimento que tende ao aproveitamento mais profundo dêsses valores folclóricos. De um lado, liga-se a uma concepção mais ampla de folclore. O folclore como uma expressão das condições presentes, típicas, da vida do povo, envolvendo todo seu estilo de vida. Essa concepção abre uma nova ponte entre a literatura e o folclore porque, então, desaparece aquela imagem do homem do povo vivendo imobilizado pela tradição e incapaz de progresso, surgindo em seu lugar o ser humano que êle é. Ou seja, a atenção do artista desloca-se dos fatos folclóricos pròpriamente dita para as pessoas que êles caracterizam. Surge aí o homem que interessa à literatura contemporânea, revelando em suas canções, em suas cantigas em suas modinhas, em seus desafios, em seus ABC, aquilo que êle pensa, que êle crê no momento e também o que êle deseja e o revolta. Os valores folclóricos como uma forma, mesmo de expressão da história contemporânea do povo e também de sua ideologia política. Aí é possível encarar o aproveitamento do material folclórico de outra maneira. Primeiro, em si mesmo como documentário; segundo, como uma espécie de pesquisa de busca da verdadeira imagem do "homem do povo". É o que acontece por exemplo no romance moderno de um Jorge Amado ou de um Cyro Alegria. A estilização é relegada e à notação segue-se um trabalho profundo de compreensão do homem em função de seus valores típicos. Os limites entre a literatura e o folclore não só tornam-se menos nítidos e rígidos, como a literatura apresenta-se como uma forma fecunda de revelação do folclore.
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