terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Lenda de Angoéra

Nos sete povos das Missões, no Pirapó, ainda no tempo dos padres jesuítas, vivia um índio muito triste, que se escondia de tudo e de todos pelos matos e peraus. Era um verdadeiro fantasma e por isso era chamado de Angoéra (fantasma, em guarani). E fugia da igreja
como o diabo da cruz!
Mas um dia a paciência dos padres valeu mais e o Angoéra foi batizado, convertendo-se à fé cristã e deixando de vagar pelos rincões escondidos. Recebeu o nome de Generoso e tornou-se alegre e bom, mui amigo de festas e alegrias. E um dia morreu, mas sua alma alegre e festeira continuou por aí, até hoje, campeando diversão. Onde tenha um fandango, lá anda rondando a alma do Generoso. Se rufa uma viola sozinha, é a mão dele. Se houve uma risada galponeira ou se levanta de repente a saia de alguma moça, todos sabem - é ele.
Quando isto acontece, o tocador que está animando a festa deve cantar em sua homenagem: 
"Eu me chamo Generoso, morador de Pirapó. Gosto muito de dançar com as moças, de paletó".

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Lenda do João de Barro

Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou:
- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
- As provas do meu amor! - respondeu o jovem.
O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:
- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
 Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.
Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.
Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
O velho respondeu:
- Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.
E esperou até até a última hora do novo dia. Então ordenou:
- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.
Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre
Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.

A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constroem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.

domingo, 28 de novembro de 2010

Lenda Gaúcha: O Minhocão

Diz-se que na Lagoa do Armazém, em Tramandaí aparecia nas águas do minhocão, uma espécie de serpente monstruosa, muito grande, olhos de fogo verde, língua também de fogo, com pêlos na cabeça. Virava embarcações com rabanadas e comia nas margens porcos e galinhas. Hoje o povo acredita que o Minhocão deixou a lagoa e voltou para o mar.











                                                                                        A Lagoa do Armazém, em Tramandaí

sábado, 27 de novembro de 2010

Folclore da Região Norte

O folclore e a culinária amazônica com seus produtos regionais também oferecem atrações especiais.
Em Parintins, o Festival Folclórico do "Boi-Bumbá", no mês de junho, desperta a paixão em cores distintas dos grupos de "Caprichoso" e "Garantido".
Em Manaus, capital do estado do Amazonas, poderá também conhecer o Teatro Amazonas, construído no século XIX, em estilo renascentista e com o interior art-nouveau.
O colorido da arte indígena, colares de plumas e cerâmica "marajoara" e "tapajônica", se encontram à venda no tradicional mercado de "Ver-o-Peso" em Belém, estado do Pará.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Para Que serva o folclore?

O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um País, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Iara

Iara

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Boitatá

Boitatá

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Terno de Reis

O evento anual do Terno de Reis resgatou uma das mais antigas e populares tradições religiosas, trazidas ao Brasil pelos jesuítas e colonizadores portugueses. O Encontro é sempre realizado no Dia de Reis (6 de janeiro), dentro de uma das dezenas de igrejas históricas da cidade, reunindo até 100 cantadores de nove grupos da Grande Florianópolis e de outros municípios catarinenses. Com origem na passagem bíblica em que os Reis Magos viajam durante dias para presentear e adorar o Menino-Deus, o Terno de Reis é mais conhecido nas cidades litorâneas. Grupos de até cinqüenta pessoas – formando corais e tocando sanfona, violão, viola, rabeca, pandeiro e tambor – acordavam os moradores em frente às usas residências durante a madrugada e arrecadavam donativos para as novenas em homenagem ao nascimento de Cristo. Improvisavam versos para o dono da casa visitada ou alusivos aos Reis Magos, contando a história da Estrela Guia. Em seguida, partiam para outra residência. Realizado no Brasil onde tem culturas açorianas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Boi de Mamão

O Boi-de-Mamão é um folguedo que envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressureição do boi. Esta brincadeira é encontrada em várias partes do país, recebendo diferentes nomes. No nordeste é conhecido como “Bumba Meu Boi” ou “Boi Bumbá”, em Paraty (Rio de Janeiro) como “Boi Pintadinho”. Em Santa Catarina a brincadeira está presente em quase todos os municípios do litoral com o nome de “Boi-de-Mamão”.

Origem: Antigamente, a brincadeira era conhecida em nosso litoral como “Boi de Pano”, mas ocorreu que, com a pressa de fazê-lo, utilizaram um mamão verde para fazer a cabeça do boi. Daí recebeu o nome de Boi-de-Mamão, mantido até a época atual, onde se vê cabeças de todos os tipos, até mesmo de boi, menos de mamão. A descrição mais antiga do folguedo, em Florianópolis, é de 1871 feita pelo historiador José Arthur Boiteux.

Personagens
Embora os competentes variem de acordo com o grupo, os personagens principais são:
Boi-de-Mamão: Figura do folguedo que morre durante a apresentação e é ressuscitado com o auxílio e um médico benzedor.
Bernúncia: Figura fantasmagórica que teria sido inspirada na figura do dragão celeste chinês. Durante sua apresentação, a bernúncia investe sobre o público engolindo crianças e dando à luz, em seguida, a uma bernuncinha.

Maricota: É uma mulher altíssima, vaidosa e desengonçada, que ao dançar rodopiando esbarra seus enormes braços em quem estiver descuidado.

Cavalinho: O cavalinho laça e recolhe o furioso Boi.

Cabrinha: É o boi das crianças, tem um porte menor e dança mais ligeiro. Outros personagens encontrados em alguns grupos: urso, urubu, macaco, girafa, abelha, ema, barata, anão, cavalinho-marinho, etc. Acompanhamento Musical: Acompanha a cantoria 3 músicos, pandeiro, violão, gaita.

domingo, 21 de novembro de 2010

Brincadeiras do Folclore

Os brinquedos são artefatos para serem utilizados sozinho, como a boneca de pano, o papagaio (pipa), estilingue (bodoque), pião , arapuca , pandorga e etc.
As brincadeiras envolvem disputa de algum tipo, seja de grupos ou individual, como o pega-pega, bolinha-de-gude, esconde-esconde, resgate, nunca 3, pique bandera e etc…
Como por exemplo pipa: é um instrumento feito com papel seda, e varetas finas de bambu, contendo uma rabiola, fio com várias fitas, e outro fio, se empina a pipa para um lado onde houver vento, e a solta com a ajuda do vento e da rabiola ela sobe em direção ao céu. Mas cuidado: não use cerol (perigoso podendo cortar motoqueiros).
As brincadeiras se modificam de acordo com sua região, pode ser mudar o nome ou então a forma de brincar.

sábado, 20 de novembro de 2010

Festas Religiosas de Santa Catarina

 As populares quermesses, onde são feitas homenagens aos santos padroeiros continuam no calendário local. Festas do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora dos Navegantes, com missa e procissão são belos exemplos. As procissões, por terra ou por mar, são organizadas pelos festeiros, com o envolvimento de toda comunidade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bruxas de Santa Catarina

Bruxas dando nós em caudas e crinas de cavalos .Madame Estória conta que as mulheres bruxas costumavam, para levar cabo suas malvadezas bruxólicas, roubar cavalos nos pastos e potreiros, fazê-los galopar pelos ares e dar nós indesatáveis nos rabos e nas crinas deles. Uma lenda de Santa Catarina

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trava Língua

LUZIA E OS LUSTRESLuzia listra os
Lustres listrados.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Trava Línguas

  • O peito do pé de Pedro é preto, se o peito do pé de pedro é preto, o pedro é preto.

  • O Rio Capibariba está descapibarizado, quem o descapibarizou foi o descapibarizador.
  • quinta-feira, 11 de novembro de 2010

    Terno-de-Reis

    São grupos compostos por três cantores acompanhados ou não, por instrumentos musicais, que visitam as casas anunciando o nascimento de Jesus Cristo, no período entre o Natal e a festa dos Santos Reis, comemorada no dia 6 de janeiro. As famílias recebem os cantores com bebidas típicas e quitutes caseiros. Hoje a cantoria restringe-se aos povoados do interior de Santa Catarina, principalmente.

    quarta-feira, 10 de novembro de 2010

    Boi de Mamão

    É a mais popular das brincadeiras do folclore brasileiro. É conhecida também como bumba-meu-boi, boi-bumbá, boi-da-cara-preta conforme a região ou boi-de-mamão, como em Santa Catarina. O tema épico deste folguedo contagiante é Morte e Ressurreição do Boi. As coreografias seguem a música e os figurantes dançam seguindo o chamado do cantador, que geralmente improvisa os versos. Os personagens mais marcantes são: o boi, o cavalo-do-meirinho, o vaqueiro, a bernúncia, o Mateus e a Maricota. Mas são comuns as figuras da cabrinha, do macaco, do urso, do urubu, o marimbondo miudinho, o cachorro, a jaruva, etc.
    Em julho de 1998 foi fundado o Instituto BoiMamão, com o objetivo de defender o patrimônio histórico e cultural de Bombinhas. Funciona em um antigo engenho de farinha, para visitar é necessário agendar previamente.

    terça-feira, 9 de novembro de 2010

    Dança: Pau de fitas

    Esta dança parece estar ligada à antiga comemoração da floração das árvores. É dançada em pares soltos, independentes ou coletivos e em número de pares múltiplos de quatro ( 8, 12 ou 16 pares). Um mestre-sala leva o pau-de-fitas até o centro da roda, onde permanece durante toda a dança. Na coreografia os pares seguram as fitas, que são trançadas e destrançadas, de forma caprichosa conforme o embalo musical. Antigamente os grupos iam de casa em casa dançando o pau-de-fitas. Nos dias atuais pode ser apreciada em manifestações típicas, em especial nas festas juninas da comunidade.

    segunda-feira, 8 de novembro de 2010

    Brincadeira: Pão Por Deus

    Brincadeira herdada dos descendentes açorianos, cuja finalidade era pedir a alguém uma prova de amor e de amizade. As pessoas faziam um coração de papel recortado, que continha um versinho e o enviavam, com um presente ou um bolo confeitado em forma de coração, sendo gentilmente correspondidas.

    domingo, 7 de novembro de 2010

    Lenda do Guaraná

    Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar suas vidas. Tupã, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo dando a eles um lindo menino. O tempo passou e o menino cresceu bonito, generoso e querido por todos na aldeia. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo. Certo dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa que atacou e matou o menino. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que deveriam plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Assim foi feito e os índios plantaram os olhinhos da criança. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.

    sexta-feira, 5 de novembro de 2010

    Ciranda no Amazonas

    A Ciranda é uma manifestação folclórica que se expressa por meio de um conjunto de cantigas de roda, originárias da Espanha e Portugal. Chegou ao Brasil no século passado e inicialmente propagou-se pelos Estados do Norte e Nordeste, adquirindo sem perder o elo com suas raízes - diferentes características- conforme os lugares por onde passou.

    O ritmo é relativamente lento, ao contrário das demais danças folclóricas da região amazônica. Devido a esse fator, pessoas idosas e crianças também podem participar. No entanto, em alguns grupos, percebe-se uma mistura de passos de outras danças como o xote e até mesmo a valsa.

    Outra diferença com a maior parte das danças da região é que os movimentos são desenvolvidos formando-se uma grande roda. Já a musicalidade guarda características bem comuns na região: utiliza-se instrumentos de pau, de corda e de sopro - Curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas. O "carão", imagem de pássaro que vai à frente do grupo, chama a atenção do público e remete ao personagem da letra da cantoria.
    Ciranda do Norte
    A Ciranda do Norte é dançada no mês de junho, quando os grupos percorrem as ruas em que essa manifestação costuma acontecer. O ponto alto da Ciranda do Norte é no último dia da quadra junina, quando se promove "a morte do pássaro", com direito a clima de funeral e tudo o mais. Entre os temas cantados durante as cirandas estão o trabalho de homens e mulheres do campo, em atividades como a caça, a pesca, entre outras.

    As roupas usadas pelos dançantes são características de moda de época: as mulheres vão de blusa com babados e mangas soltas, saias rodadas, estampadas. As saias terminam abaixo dos joelhos, com anáguas de renda.

    Já os homens usam camisas "sociais" com estampas combinando com a saia da respectiva dama e calça preta, branca ou azul. Ambos dançam de Chapéu de palha de abas curtas e sapatilhas artesanais ou descalços. Quem representa o caçador veste camisa lisa social, calça preta. Usa ainda chapéu de palha, bota e espingarda. Já o carão? vai com a roupa do pássaro, com plumagens coloridas e outros enfeites.

    quinta-feira, 4 de novembro de 2010

    Pai do mato

    Esta Lenda é muito comum na Região Centro Oeste do Brasil, principalmente em Goiás ,segundo a Lenda o Pai do Mato habita as matas defendendo os bichos contra as pessoas , segundo contam poucas pessoas já o viram, pois ele raramente aparece , e ele têm as seguintes características:
    1.Têm a altura de um homem ,o corpo coberto de pêlos e as mão semelhantes a dos macacos, no rosto ele possui uma barbicha bem vistosa na cor negra , e têm o nariz na cor azul.
    2.Costuma andar com grupos de caititus (porco -do-mato), onde utiliza o maior animal como montaria.
    3. Segundo contam o seu umbigo é seu ponto fraco.

    terça-feira, 2 de novembro de 2010

    Quimbungo

    O nome quimbungo significa lobo em língua angolense.O Quimbungo pode aparecer com duas formas distintas , ou como um velho lobo, ou como um velho negro com barbas e cabelos grisalhos ,maltrapilho e faminto com a cabeça muito grande e um grande buraco no meio das costas que se abre quando ele abaixa e se fecha quando ele se levanta, segundo contam muitas pessoas esse ser costuma comer crianças ,ele pega a criança se abaixa para frente, e então coloca os meninos dentro da sua boca que fica nas costas

    segunda-feira, 1 de novembro de 2010

    Dança: Siriri (Mato Grosso)

    O siriri é uma dança das mais populares do folclore mato-grossense, praticada especialmente nas cidades e na zona rural da baixada cuiabana, fazendo parte das festas de batizados, casamentos e festejos religiosos. É uma dança que lembra os divertimentos indígenas. Segundo a pesquisadora Julieta de Andrade - "siriri é uma suite de danças de expressão hispano-lusitana, fortemente cultuada no ritmo e no andamento, com expressão africana". e compara o siriri com o fandango do litoral brasileiro.
    É o siriri dançado por homens, mulheres e até crianças, numa coreografia bastante variada e sem uma interpretação definida, sendo praticada em sala de casa ou mesmo em terreiros. A música é simples e bastante alegre, falando de coisas da vida. Os tocadores são também os cantadores, em solo ou em côro com os participantes da dança. Os instrumentos musicais usados no acompanhamento da dança são basicamente a viola de côcho, o ganzá e o mocho ou tamboril.