quinta-feira, 31 de março de 2011

Folclore do Espírito Santo

Região, cercada em maior parte pelo oceano Atlântico e Minas Gerais, e em menor pelo Rio de Janeiro e Bahia, foi inicialmente colonizada pelo mar, em ferozes e sangrentas lutas.
Apesar da maior fronteira com Minas Gerais, quando se falam dos mitos, esta não influenciou quase nada seus vizinhos menores, inclusive em povoamento. Já a presença do Rio de Janeiro, ao contrário de Minas, agitada com o movimento da escravaria e das plantações de açúcar, predominou no estado, em sua zona sul. Nesta região, onde Cachoeiro do Itapemirim é capital, onde negros e trabalhadores de pequenas indústrias e agricultura se estabeleceram, se processou intensa penetração de mitos.

Os núcleos do litoral foram influenciados pelos mitos de Portugal. A fronteira com a Bahia, deixou passar alguns vestígios da presença colonizadora e dos africanos que ali viviam.

O príncipe Max zu Wied-Neuwied, que os visitou, viajando por terra do Espirito Santo para a Bahia, através da fronteira, apesar de meticuloso e detalhista ao extremo como todo observador e pesquisador alemão, colheu dados insignificantes de religião e mentalidade social, especialmente mitos, quando se compara com aqueles coletados em outros aspectos.

O Espírito Santo tem os mitos europeus que chegaram através das suas praias. Esses são os mais nítidos. O povo indígena, especialmente os Botocudos, pela sua ferocidade, sempre se mantiveram afastados da civilização, assim seus mitos quase não foram difundidos e imaginamos apenas que se assemelham aos mitos Tupis, estes divulgados pelo contato mais amplo que tiveram com os colonos. Assim, a figura mais conhecida no interior do Espírito Santo é o Curupira, que é um duende de origem Tupi.

Desse modo os mitos do Espírito Santo são os de caráter geral. Lobisomem, Mulas-sem-Cabeça, Boitatás, Curupira. Não aparece o negro Zumbi baiano, mas o fluminense assim com o Saci-Pererê, ambos emigrados do sul para o norte. O Zumbi, com raras estórias, veio pelos escravos do Rio de Janeiro, porque só existem estes relatos nas proximidades dessa região de fronteira.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Folclore do Mato Grosso!

Do Folclore Matogrossense temos pouquíssimos dados coletados. A zona mas intensa em mitos era a fronteira amazonense e com o Pará. Dominado outrora por indígenas da raça Gês, com Bororos, tem ainda os Guanás que são Nu-aruacos.

Como o Tupi, não deixou vestígios, sabemos quase nada, porque os aborígenes são pouco comunicativos para um depoimento fiel e, como não foram estudados antigamente, hoje dariam apenas um misturado de mitos, uma verdadeira colcha de retalhos de estórias, já que o índio tem a mania de concordar com tudo para livrar-se logo dos interrogatórios ou para agradar o interlocutor.

O próprio Karl von den Steinen recolheu pouca coisa se fizermos um paralelo entre a imensidão dos dados etnológicos e antropológicos da região. As lendas, as estórias, os mitos ouvidos, coletadas pelo pesquisador, ao longo do rio Xingu, desde as cabeceiras matogrossenses, são de valor apenas relativo ou secundário.

Terra de ouro, possuiu escravaria bastante para morrer enriquecendo seus donos.

Apesar da intensa união entre os três elementos étnicos, o negro, o índio e o branco, onde o estrangeiro-colono ainda não tem peso significativo na população a ponto de influir em suas tradições, podemos afirmar que o mesmo mapa mitológico de Goiás, se aplica também a essa região.

Concluindo, na região, nenhum mito indígena ou negro é original, nem destaca-se sobre os demais já vistos em outras paragens.

terça-feira, 29 de março de 2011

Folclore de Goiás!

Goiás é uma conquista do fim do século XVII e começo do XVIII. Povoada, inicialmente, não densamente, pelo indígenas Gês com os Caiapós, Xavantes, Xerentes, Xicriabás, a terra dos Goiases foi de repente tomada pela e atração e cobiça do ouro recém descoberto, por aventureiros de todos os tipos e credos, que viram ali a possibilidade de ficarem ricos do dia pra noite.

Enlouquecidos pela ganância e sonho do ouro fácil, todos para lá se dirigiram sem olhar para trás.

Pouco povoada pelos indígenas Gês com os Caiapós, Xavantes, Xerentes, Xicriabás, foi possuída pela atração do ouro ali descoberto. Aventureiros de todos os cantos para lá fluiram loucos pela cobiça do precioso metal.

Os mitos de origem indígena foram divulgados pelos mestiços que vieram com as expedições das Bandeiras. Bororos e Gês não tiveram influência importante na formação dos mitos populares. Os que ganharam mais vulto foram, o Lobisomem, a Mula-sem-Cabeça, o Fogo-corredor. Os colonos levaram suas crendices e estas floresceram ante o esquecimento dos mitos locais primitivos.

O predomínio assim é dos mitos Tupis e europeus, sendo raros e sem nenhuma relevância aqueles de origem essencialmente locais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Folclore do Paraíba

Foi uma das raras colônias vitoriosas. Constitui um núcleo de onde seus habitantes se espalharam para o sul e norte, formando à sua imagem e semelhança as regiões próximas. Os portugueses que ali aportaram eram fidalgos, de linhagem conhecida, ávidos de riqueza e sempre prontos para a luta armada. Beirões, especialmente minhotos, encheram Pernambuco.

Eram os habitantes de Viana em grande número. Dessa forma identificamos aqui uma percentagem altíssima dos mitos do Minho ainda vivendo na memória da população local. Nas superstições então, as lembranças minhotas são dominantes e seguidas ainda hoje quase que fielmente ao original. O Minho ainda assimila histórias e mitos da Espanha, Galícia, que logo foram incorporadas aos costumes da região.

Os indígenas que encontraram foram os Tupis. Pelo interior habitavam os Gês e Cariris, inicialmente, longe do contato com o estrangeiro. Os indígenas que tiveram contato direto com os invasores e seus exércitos armados, foram os Tabajaras e Caetés. Brigaram, brigaram e acabaram aliados. A mestiçação começou de forma natural e intensa, dada a ausência de mulheres brancas.

Menos de meio século depois do descobrimento oficial do Brasil, os mamelucos pernambucanos eram muitos e decididos. O fundador da cidade de Natal, primeiro capital do forte dos Santos Reis Magos, o vencedor dos franceses em Guaxenduba, é Jerônimo de Albuquerque Maranhão, filho de branco português com índia tabajara. O fidalgo mameluco falava português e "nhengatu" e tantos eram seus parentes Dona Brites d'Albuquerque, senhora de Pernambuco, como os valorosos guerreiros empenachados em suas roupas de campanha.

De Jerônimo de Albuquerque, o Torto, pai desse soldado vitorioso, e da índia Arco-Verde (Ubiraubi) vêm quase toas as famílias do Nordeste.[1]

Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, para o sul, Sergipe, parte do Rio São Francisco foram os campos da atuação militar de Pernambuco. Brancos e indígenas andaram juntos, batalhando, aliados ou inimigos, durante três séculos.

Pernambuco, desde os primeiros anos, fundou a indústria açucareira onde o Negro era indispensável e vieram aos milhares para os engenhos. Em 1585, possuía 66 engenhos, produzindo 200.000 arrobas. Possuía até 10.000 escravos vindos da Guiné, nome genérico para todos os mercados negros na África.

Essa multidão negra que se avolumava a cada ano, aumentou com o domínio holandês, que entre 1636 e 1645 trouxeram da África mais de 23.000, assim sua indiscutível influência espiritual no folclore pernambucano. Embora em grande presença, sua atuação se limita às influências nas danças, cantos, estórias, ritos, cerimônias, enfim religião onde são imbatíveis. Mas, sua presença, embora influa, não determina a criação de nenhum mito que se popularize como os emigrados da Europa ou vindos dos indígenas.

O Negro, crédulo, impressionável, influencia a disseminação das estórias de assombração, contos de encanto, monstros, fadas, príncipes, etc. É um retocador sem igual, magistral em seu talento para contar estórias. Sendo as "Mães pretas" as encarregadas de cuidar dos filhos dos seus senhores brancos, com seus contos e cantigas de ninar, criam nos pequenos a fantasia dos monstros assombrosos, ou dos príncipes encantados.

A influência negra é, em parte, devido a sua capacidade de evocar o lado misterioso das "coisas", com suas explicações sinistras, justificativas fantásticas e maravilhosas, mesmo quando se trata dos episódios mais simples e naturais do dia a dia.[2]

O folclore local embora rico, não apresenta materiais que o permita excluir-se do quadro geral do Brasil, com as consequências e processos idênticos aos demais estados, sem predominância positiva desta raça ou deste fator social, religioso ou local.

Uma ausência que poderá deixar atônitos os pesquisadores, é o elemento holandês que em nada ou quase nada influiu na vida da região que dominou durante vinte e quatro anos. Aqueles que apontam o holandês como responsável pelas lendas das mulheres altas e "brancas", as "alamoas", com olhos azuis e cabelos de ouro, ignoram a antiguidade de mitos semelhantes em Portugal e com os mesmos processos de ação e presença. Em vão, nos costumes, no idioma, nas crendices, se encontrará a influencia batava. Entretanto, no sotaque da língua falada, marca-se, ainda hoje, a presença do antigo dominador.

No vocabulário, aparentemente, apenas uma palavra ficou no linguajar nordestino, "brote", de "brot", que significa pão.[3]

O holandês, entretanto, para o nordeste, ficou como sabedor de supremos segredos mecânicos. Era capaz de erguer uma fortaleza numa só noite, destruir uma cidade em minutos, cavar subterrâneos de léguas e mais léguas, túneis que atravessavam cordilheiras. A casa-forte dos "Reis Magos", cuja construção sabemos em detalhes por Frei Vicente de Salvador ( História o Brasil, capítulos XXXI/XXXII, livro quarto ), é tida como feita durante uma noite, noite de véspera de "Reis", 6 de janeiro. Bem, de resto, o que sabemos é que eles nada deixaram para a região, pelo contrário, só levaram.

domingo, 27 de março de 2011

Folclore do Paraíba

Povoada no litoral pelos Tupis (Tabajaras e Potiguaras), e no interior pelos Cariris, subdivididos em dezenas de tribos que se tornaram famosas na grande guerra do século XVII. Os portugueses vieram ao longo do litoral e durante muitos anos a conquista se resumiu às regiões próximas do mar.

A conquista do interior foi lenta e as "bandeiras", partindo das praias, ou vindas pelo São Francisco e Piauí, se reuniam para combater os indígenas. E logo, os conquistadores se encarregariam de dizimá-los pela posse da terra. No início do século XVIII praticamente o elemento indígena havia desaparecido.

A princípio, a população do interior, pela falta de estradas, esteve completamente isolada da capital. Muitos cresciam e morriam sem nunca terem visto o mar.

O elemento Negro se fixa mais nas zonas dos engenhos, com a fabricação do açúcar, tendo presença apenas discreta no interior. Enquanto isso, no interior e alto sertão, os colonos portugueses marcam presença mais forte. Isso pode se observar nos traços antropológicos dos habitantes dessas regiões, que apresentavam as características físicas dos seus dominadores, conservando seus arcaísmos, prosódia, timbre, na linguagem, etc.

Era mais comum e natural o filho de branco com índia, o mameluco, que filho de branco com negra, o mulato. O mestiço sertanejo, em sua maioria, vem da primeira miscigenação.

Dessa forma, é fácil concluir que a Paraíba apresenta zonas comuns para o estudo do folclore. No litoral há uma incessante modificação nos costumes e nas superstições mas as figuras míticas permanecem sem alterações na memória coletiva. A zona açucareira guarda vestígios da escravaria negra, com as danças, cantos de trabalho, autos populares, sincretismo religioso, parte da culinária.

Na capital há o negro que pouco, ou muito retardadamente, acaba por se despojar de hábitos ou crenças, preferindo misturá-las com aquelas que vai adquirindo localmente.

Os mitos europeus estão mais ou menos vivos na capital e no alto sertão, mas sempre acompanhados pelos indígenas de origem Tupi. Os Cariris contribuíram com pouco ou quase nada porque constituíam o povo inimigo, que devia ser combatido sem trégua. As vilas surgiam nas ruínas das aldeias cariris, destroçadas pelos Oliveira Ledos, pelos fazendeiros baianos, pelos piauienses e pernambucanos, condutores de boiadas e chefes de grupos armados a bacamarte.

Os mitos tupis foram, como em toda parte, os mais conhecidos e rapidamente assimilados pelos habitantes, negros, brancos, índios e mestiços. As mulheres cariris, caçadas a casco de cavalo, capturadas a laço, eram fêmeas submissas e caladas e pouco contribuíram, mesmo em confidências com seus filhos, para que alguma coisa de suas tradições mitológicas, ou religiosas, permanecesse na memória da região.

Na ordem folclórica, o Cariri é paupérrimo, inferior a qualquer outra influência. Embora sem nunca terem penetrado no interior do estado, os Tupis influíram mais com suas tradições e costumes que estes, os verdadeiros nativos da região interiorana.

sábado, 26 de março de 2011

Folclore do Maranhão

Os capuchinhos franceses, Claude d'Abbeville e Ives d'Evreux, registrando a existência dos Tupinambás, foram os primeiros folcloristas a adentrarem essa região. O interior do estado, no geral, era povoado pelo povo Gês, enquanto que o litoral era ocupado pelos Tupis. Com o colono branco, o indígena constituiu a primeira ligação étnica e a formação divulgadora dos mitos que assim foram europeus e amerabas.

Datam daí, o nascimento e adaptações lógicas do Lobisomem, Mulas-sem-Cabeça, Batatão, Mãe-d'Água, Caapora, Cumacanga, e as pequenas variações do medo com retoques locais, determinando os mitos dessa espécie.

Na metade do século XVIII, esse domínio indígena se mostrava claramente, e a língua geral, o "nhengatu", era muitíssimo mais falado que o português. 

Em 1890, no quadro de proporcionalidade das raças, representavam eles 15,22% na população sobre 31,3% de brancos. Os mitos gerais indígenas são, desse modo, popularíssimos em toda região e formaram a base, com o elemento branco, das tradições mais conhecidas.

O negro chegou depois, quando o Maranhão já estava em fase de ativo desenvolvimento. Mas o número duplicou a cada ano. um século depois a massa negra era imponente.

Assim, a presença da raça negra que no início era discreta, ganhou volume e em 1890 já representava 15,16% da população geral.

Desse modo, quando o indígena, massacrado pela colonização foi desaparecendo, o negro assumiu-lhe o posto tremendo de trabalho sem receber pagamento. O indígena era mais ou menos homogêneo em raça. O africano veio de várias procedências, falando idiomas diversos.

Chegaram a mudar os nomes de mitos europeus, chamando a Mula-sem-Cabeça, Cavala-Canga, ou Cavala-Acanga. A influência negra, poderosa e informe, fixou-se nas superstições, bruxedos, desdobrando o que receberam dos índios. Assim, o negro do Maranhão se torna um famoso conhecedor dos segredos terapêuticos, fiel às religiões complexas onde se misturam tradições dos Pajés e as dos Babalorixás.

Mas, o negro, na maioria dos casos é uma estação ampliadora dos mitos já existentes, e raramente deu origem a algum de sua própria etnia.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Folclore Ceará

O Ceará possui elementos brancos de forte atuação colonizadora. Da população indígena dizimada pelos colonizadores, restou a herança Cariri, que é o aspecto do nativo local, a platicefalia ou cabeça chata. São raros os mitos conhecidos que os indígenas locais deixaram para a região.

Antes de durante a colonização portuguesa, os Cariris, que viviam no litoral, foram recuando para o interior, tanto pela invasão dos Tupis, vindos do sul, quanto pela pressão dos novos colonizadores, e logo foram dizimados. Deixaram como herança para os locais sua principal característica antropológica, o aspecto físico já mencionado.

A catequese não foi como nos tempos evangélicos de Nóbrega e Anchieta. Junto com o padre vinham o sesmeiro, o capitão-mor da ribeira, com sua escolta de bacamartes e tropa de flecheiros.
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A guerra ao índio era um estado normal, pela posse da terra. Alegavam que os índios destruíam as plantações, os gados, ou qualquer outra coisa que justificasse seu extermínio sumário.

Assim criavam-se fazendas como cidadelas, com seus agregados, vaqueiros, índios mansos e negros fiéis. Esse centro era autônomo, independente, autárquico. Daí a persistência dos mitos, a continuidade das histórias velhas, a repetição dos costumes de duzentos anos atrás.

O Ceará foi povoado de forma lenta. Começou pelo sul. Do Rio Grande do Norte, pelos rios Jaguaribe e Acaraú, assim como Pernambuco pela chapada do Araripe. Vieram também os sergipanos e baianos, para a Ribeira do Salgado e vale do Cariri.

O clima folclórico é o mesmo do Nordeste. São os mitos idênticos, com pequenas variações próprias das adaptações sofridas no local, mas todas semelhantes. A influência negra não é significativa e pode ser sentida apenas em parte do litoral. Encontramos assim, os mitos de origem européia e os indígenas, diversificados pela mestiçagem, quase em estado de pureza.

Os mitos gerais são sempre lembrados. Os indígenas vem em segundo lugar. Os negros podem ter dado elementos para a construção, mas nenhum mito lhes autentica influência decisiva.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Folclore da Bahia

Além de presenciar o descobrimento oficial do Brasil, a Bahia, foi testemunha ocular da fusão inicial da raça em todas suas variedades étnicas. É uma região que deve merecer a maior atenção e cuidados na verificação e colheita de material etnográfico.

Com um volume de escravos muito maior que em todo resto do Brasil, a Bahia tem no africano, como um dos mais legítimos responsáveis pela sua glória. Dessa forma, o negro seria um dominador em qualquer manifestação de espírito coletivo.

Mas, curiosamente, não se encontra essa aparente "amplidão" na influência negra.

Influente principal da religião, dogmas, tradições, protocolos, ávidos pelo sobrenatural, sendo parte importante nas estórias populares, nos contos infantis, nas danças, ritmos e melodias, o negro não o é na parte que se refere aos mitos.
  Nenhum ser fabuloso, animal fantástico ou ente amedrontador, é positivamente um documento africano, como o Lobisomem que nos veio da Europa ou o Curupira que nos deu o índio brasileiro.

Depois dos livros de Nina Rodrigues[2], Manuel Querino[3], Edison Carneiro[4]. a religião dos afro-brasileiros baianos está sendo posta sob nova luz e podemos calcular o tamanho de seu alcance na psicologia do mestiço. Mas no mito, na relação de seu processo de presença e finalidade, a influência do Negro, na própria terra baiana é quase nula. Um elemento de prova é o livro "Folclore no Brasil", onde o Sr. Basílio de Magalhães[5] comenta o material fixado pelo Dr. João da Silva Campos. "O contingente negro, entre os mitos pesquisados e coletados, é o menor no volume."

Mas, a maioria dos mitos tem adaptações dos mestiços negros. Escapa o Quibungo, mas este é ignorado pelas populações negras de Minas, Rio, São Paulo, Nordeste e extremo norte do país (Pará), ficando limitado à Bahia, que é sua única área de assombração.

Os coletaneadores de estórias africanas, nada sobre ele falam, tais como Ellis, Chatelain, Callaway e Junod. Uma característica do Quibungo é sua bocarra aberta verticalmente da garganta ao estômago. O mito ameraba Mapinguari surge, em alguns depoimentos, com esta mesma disposição. Quem poderá afirmar que a forma do Mapinguari foi influenciada pelo Quibungo e vice-e-versa?

Na Bahia os mitos de maior divulgação pertencem aos europeus e indígenas. São o Lobisomem, a Mula-sem-Cabeça, o Batatão, Batatá ou Biatatá, as Mães-de-Água, confundidas com os cultos iurubas, o Zumbi que é uma espécie de Curupira ou feiticeiro etc. Os mitos locais e secundários são apenas pedaços de adaptações de outros mitos, oriundos de outras regiões, sem nenhuma autenticidade ou originalidade.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Folclore de Alagoas

Alagoas, destacada de Pernambuco, conservou a herança do seu passado. Seus mitos são os mesmos da região, idênticos em processo de divulgação e explicáveis pelos valores étnicos de sua população.

Do lado sul, ainda fronteira com Sergipe, devia ter sofrido a influência da Bahia mas isso não ocorreu. Pernambuco era tudo, com seus "engenhos", escravaria, senhores e coronéis, lutas políticas.

A ligação com Pernambuco foi devido aos interesses, povoamento, tribos indígenas, meios industriais, todos os elementos convergiam, contínuo, prolongado. Os mitos vieram, ou melhor, se estenderam sem perder a ligação original.

Vivem, por isso, em Alagoas, os mitos gerais, portugueses e ameribas, comuns a Pernambuco. Os mitos locais são apenas diferenciações que o povo se encarrega de regionalizar, dando-lhes toques locais.

Lobisomem, Mula-de-padre, Fogo-Corredor, Pai-do-Mato, representando o Mapinguari amazônico ou o Olharapos português, Caipora, correm juntos aos mitos secundários, enfeitados pela imaginação local, Cachorra da Palmeira, Bicho da usina Uruba, o buraco-feito, o Anjo-corredor, e os seres que assustam crianças, o Papa-figo, o homem-do-saco e o Galafoice.

Embora Alagoas, que é historicamente produtora de açúcar, e com presença africana marcante, os mitos africanos, e mesmo mestiços, são raros e sem popularidade.

O Zumbi alagoano, o que tem prestígio, não é o Zumbi baiano, nem o dos Palmares. O Zumbi que se tornou popular, foi um ente que tomou uma forma inteiramente nova no folclore brasileiro: um zumbi que significa a materialização do espírito dos animais mortos.

O tipo que podemos ver nas estradas baianas ou nos arredores de Sergipe, não o encontramos em Alagoas.

terça-feira, 22 de março de 2011

Folclore do Pará

No Pará a massa indígena, toda da raça Tupi, desde Guajará até as costas maranhenses, foi a base da intensa e sempre contínua miscigenação. Os portugueses, Beirões, minhotos, açorianos, vieram diretamente de Portugal em grande número. O mameluco, o mestiço indo-lusitano, foi o primeiro maior produto da terra, devido ao número inferior de mulheres brancas.

Os Tupis, sempre em maior número que as outras raças, deixaram marcas profundas e definitivas no idioma, na culinária, nos mitos e nos costumes locais.

Com a catequese, os índios do interior, aceitam a religião católica e quase a adaptam aos ritos aborígenes, com seus bailados, sairés, bailes de festa cristã, etc. Tribos menores, como os Gês, Caraíbas e Aruacos, ficam em segundo e terceiro plano, pois, por serem avessos aos brancos, nunca conseguiram uma aproximação maior com o elemento conquistador, até que estivessem certos que sua presença lhes traria algo de positivo, além da boa conversa e promessas.

Os Tupis influenciaram fortemente toda psicologia paraense. Mesmo na parte mítica os Negros, sempre presentes e soberanos em outras regiões do Brasil, foram superados pelos amerabas. O Catimbó, o Candomblê, vitoriosos no Recife, Bahia, Rio de Janeiro, perdem espaço para o mestiço que caricaturiza as mímicas dos pajés, misturando o baixo-espiritismo com superstições africanas e determinando a Pajelança, o rito, a doutrina terapêutica e religiosa do Pajé.

O Negro chegou em último lugar e em número muito pequeno. Em 1890 eram 6,76% da população, sendo assim sua área de domínio menor.

No Pará, o elemento indígena, continua decisivo, reinando absoluto em suas crenças, superstições, mitos, costumes, culinária. O branco vem em segundo plano, falando de folclore, e o Negro em terceiro. Apesar disso sua atuação é um pouco maior que a vislumbrada pelo grande educador e escritor José Veríssimo. (Vide nota 1).

O escravo fugitivo das cidades deixou filhos entre os indígenas de antigas tribos, no fundo das matas. Nesse caso percebe-se sua presença nos traços antropológicos e vestígios de mitos seculares que só poderiam estar presentes trazidos pela memória negra.

A partir de 1877, com a emigração maciça dos nordestinos para estas terras, expulsos dos seus domínios originais pela "grande seca", especialmente cearenses, norte-rio-grandenses e paraibanos, que acabam por se fixarem nos seringais, os mitos oriundos de suas regiões passaram a fazer parte do folclore local com grande força.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Folclore do Amazonas

O estado brasileiro mais estudado e revisado é sem dúvida o Amazonas. Foi visitado por um sem número de naturalistas, artistas e viajantes, cada um destes, ao seu modo, contribuindo com o levantamento folclórico da região.

Na população branca e mestiça vivem os mitos europeus, com suas adaptações locais. Estórias da catequese misturam-se com tradições religiosas amerabas. O Mapinguari, invulnerável, morre com um tiro de cera de vela de altar onde se tenha rezado a Missa do Galo, a Missa do Natal. A cruz feita com palha benta do Domingo de Ramos afugenta das casas os duendes da mata. A grande população indígena, ouve, retém e transmite, já inconscientemente modificada, qualquer estória, multiplicando o mundo fantástico, criando novas versões de mitos já consagrados.

Os indígenas, ouvintes atentos por natureza, retém e transmite, mas já ligeiramente modificada, qualquer estória, o que acaba por multiplicar esse mundo do fantástico, dando novas tonalidades de acordo com sua imaginação criadora.

O folclorista Barbosa Rodrigues possuía uma pedra-de-chefe, a nefrita verde, "Muiraquitã" rara e disputadíssima, "tuixáua-itá"dos Tupis, a "nanaci" dos Tucanos, falsificada pela indústria na Inglaterra, vendida através das Guianas. Tratava-se de um pequeno cilindro de louça, imitando com perfeição o ornato usado pelas maiores autoridades indígenas. Essa pedra de "poder" de origem misteriosa mais valia que ouro ou qualquer outra pedra preciosa. Esse precioso amuleto viera aos índios Chirianás por troca com os Macuxis de Rio Branco.

Os mitos levados pelos portugueses povoadores se misturaram aos já existentes, aumentando assim a grande cena mítica do Amazonas.

Nenhum mito, no entanto, escapou à influência do elemento nordestino, o grande desbravador das matas e rios, vencedor das assombrações. Com as histórias de fantasmas já fazendo parte da sua tradição, modifica tudo que foge à sua compreensão, refazendo ao seu modo, os mitos já existentes. Assim, o Caapora como foi visto, gigantesco, guiando a caça, orgulhoso de poder, insensível ao pedido humano, protegendo os bandos de porcos, os veados, cotias e antas, castigando o matador, esse Caapora que briga com o jabuti, protetor dos animais da mata virgem.

Ninguém conhece em toda a Amazônia. Aquele que manda, conversa, pune e castiga é a Caipora, caboclinha ameninada, com os cabelos duros e negros até os joelhos, que gosta de fumo e adora o caçador que para lhe demonstrar respeito entrega-lhe a caça, como a CaaManha do Paraguai e Uruguai com os colhedores de mate. Essa Caipora feminina, poderosa, é um trabalho nordestino, de deturpação e de popularidade.

Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, que exportaram milhares de homens, sacrificando mesmo o equilíbrio social de suas terras de origens, também acabaram por exportar para aquelas terras distantes, juntamente com seus filhos, seus mitos. Chagando nas terras amazônicas os mitos se disseminaram quase sem modificações, ganhando aqui e ali pequenos retoques locais, mas sem o comprometimento do seu formato original.

Assim, as influências étnicas da região amazônica, estão assim distribuídas: Os brancos com o contingente nordestino fazem o primeiro núcleo, os indígenas pelo volume o segundo mesmo sendo dependentes do primeiro, os negros contribuem apenas com leves traços de sua presença, mais voltados aos aspectos das tradições religiosas, mas, ainda assim dentro dos dois grupos anteriores.

domingo, 20 de março de 2011

Folclore do Acre

A influência do Peru e da Bolívia se reflete mais nos costumes que nos mitos e superstições.

Daí a penetração, no folclore acreano, de algumas usanças, dalém fronteiras ( a "cueca", a "marinera", a "caisuma", a "chicha", etc.). Como resultado dessas duas forças modeladoras, o folclore acreano distinguiu-se, com nitidez, do "folclore amazônico" em geral (Amazonas e Pará).

As duas entidades mais atuantes no Folclore acreano são: Amazonas e Nordeste do Brasil. A primeira com os mitos primitivos e gerais, e agora quase diluídos, esquecidos. A segunda pela influência da grande população de cearenses, norte-rio-grandense, paraibanos e pernambucanos que se fixaram, desde os tempos da colonização do território.

Os mitos amazônicos, primitivos e divulgados pelos Tupi-guaranis, já foram descaracterizados e já não se fala em Curupiras, nem Anhangás, nem Mboitatá, nem Jurupari.

O Anhangá é apenas um veado que assombra. Curupiras e Caaporas se transformaram no Caipora, ou melhor, na Caipora que os acreanos descrevem, igualmente os sertanejos nordestinos o fazem, caboclinha pequena, escura, robusta, cabeluda, ágil, com os cabelos longos cobrindo até os joelhos, dando caça a quem lhe dá fumo e sendo muito ciumenta. Assim, os mitos mais vivos são aqueles que foram levados pelos retirantes nordestinos.

Desse modo, encontramos o Lobisomem, a Burrinha (Mula), o Batatão, a Caipora. Do ciclo amazônico há a Cobra-Grande, a Boiúna espalhando suas lendas em todos os rios, e, é claramente confundida com o mito europeu das Ondinas (mito de entidades que habitam rios semelhantes a iara).

No mais, pela influência dos trabalhadores das florestas, há a predominância dos animais fabulosos, como no Amazonas e Pará, onças-bois, gogó-de-sola e insetos fulminantes. Surge também das matas amazônicas, o última encarnação do "Bicho-homem", o homem selvagem, antropófago que de longe olha as luzes das cidades que surgiram na mata. Outras influências, vem do Peru e Bolívia, mas se refletem mais em estórias de caçadas míticas e superstições do que em personagens.

Embora, tendo o Peru uma extensão de fronteiras com o dobro de tamanho à da Bolívia, é esta mais influenciadora que o outro. Nas anedotas, estórias tradicionais de caçadas, valentias, casos pitorescos, certos hábitos e mesmo superstições, estas em menor quantidade, vê-se com clareza a Bolívia. O elemento de ligação ao contrário do que se pensa não foi o boliviano, mas o mestiço brasileiro, um eterno viajante, traficando, cortando seringueiras, tirando caucho, rio acima, rio abaixo, e semeando o que ouvira de lá, cá em seu sertão longínquo.

sábado, 19 de março de 2011

Provérbios!

Não conte com o ovo na barriga da galinha.


Cautela nunca é demais.


Não há marcas que o tempo não apague.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cordel faz parte do folclore

A evolução da literatura de cordel no Brasil não ocorreu de maneira harmoniosa. A oral, precursora da escrita, engatinhou penosamente em busca de forma estrutural. Os primeiros repentistas não tinham qualquer compromisso com a métrica e muito menos com o número de versos para compor as estrofes. Alguns versos alongavam-se inaceitavelmente, outros, demasiado breves. Todavia, o interlocutor respondia rimando a última palavra do seu verso com a última do parceiro, mais ou menos assim:

Repentista A - O cantor que pegá-lo de revés
Com o talento que tenho no meu braço...
Repentista B - Dou-lhe tanto que deixo num bagaço
Só de murro, de soco e ponta-pés.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Receitas da Roça

Preparada no fogão de lenha, a boa e saborosa comida da roça é composta de tudo que é produzido no fundo do quintal de casa ou comprado na vendinha do bairro.

Feijão, arroz branquinho, couve, abobrinha... nunca faltam e a mistura vem geralmente da criação de frangos e porcos.
Desta culinária simples,
mas de um sabor inigualável e marcante, feita de receitas anotadas num caderninho e passadas das mães para as filhas, surgiu a comida típica mineira, admirada e saboreada em todo o País.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Comidas brasileiras

O preparo dos mais diversos pratos da culinária brasileira está ligado aos aspectos socioculturais de nossa história e recebeu a influência de outros povos que aqui estiveram em épocas passadas e nos Legaram em patrimônio cultural valioso, influenciando e dominando até mesmo na alimentação. A variedade de sabores e preferências regionais, com suas especiarias e temperos próprios, tornam-se irresistíveis ao paladar mais exigente de qualquer arte da cozinha nacional.

A culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, e de outros povos, indígenas e africanos. Muitas das técnicas de preparo e ingredientes são de origem indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos portugueses. Esses faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. A feijoada, prato típico do país, é um exemplo disso. Os escravos trazidos ao Brasil desde fins do século XVI, somaram à culinária nacional elementos como o azeite-de-dendê e o cuscuz. As levas de imigrantes recebidas pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de diversos ingredientes.
A alimentação diária, feita em três refeições, envolve o consumo de café-com-leite, pão, frutas, bolos e doces, no café da manhã, feijão com arroz no almoço, refeição básica do brasileiro, aos quais são somados, por vezes, o macarrão, a carne, a salada e a batata e, no jantar, sopas e também as várias comidas regionais.
As bebidas destiladas foram trazidas pelos portugueses ou, como a cachaça, fabricadas na terra. O vinho é também muito consumido, por vezes somado à água e açúcar, na conhecida sangria. A cerveja por sua vez começou a ser consumida em fins do século XVIII e é hoje uma das bebidas alcoólicas mais comuns.
Os índios brasileiros tinham uma mesa farta e variada, graças à abundância da caça, pesca e dos frutos silvestres, de que se serviam. A farinha de mandioca tão popular entre o povo, do mais simples ao mais requentado, é uma herança indígena. Depois de retirar a raiz, secavam-na ao sol ou ralavam-na ainda fresca numa prancha de madeira cravejada de pedrinhas pontiagudas, transformando-a em farinha alva, empapada que colocavam para escorrer e secar num recipiente comprido de palha trançada. O resultado é o tucupi,
ingrediente essencial no preparo de um famoso prato da cozinha brasileira: o pato no tucupi. Além de ser usado como farofa ou para fazer beijus, pirões, sopas e mingaus, o tucupi pode ser servido como sobremesa, regado com mel. As bebidas eram extraídas dos ananás, do caju, guaraná, jenipapo, acaiá e outros produtos nativos.
O milho muito usado pelos índios foi amplamente aceito pelos portugueses, de paladar mais refinado, que preferiam a comida preparada pelas escravas negras do que as da mão indígena. As negras eram mais experientes eram mais caprichosas na arte de comer bem e assim, introduziram o coco-da-baia, o azeite de dendê, a pimenta malagueta, o feijão preto, o quiabo e outros ingredientes para a elaboração de pratos mais requintados.
A união das três raças criou uma cozinha tipicamente brasileira, desenvolvendo o uso constante da
panela de barro, da colher de pau e do fogão de lenha, indispensáveis para aprimorar
qualquer quitute.

terça-feira, 15 de março de 2011

Comidas Típicas de Santa Catarina

As comidas típicas invadiram os restaurantes de Blumenau. Dos 187 restaurantes, 120 incorporaram a gastronomia alemã aos seus cardápios e bufês. Porém, apenas dois se dedicam exclusivamente aos pratos tradicionais dos colonizadores da cidade.
Apesar da estrutura nova, o Restaurante Essen Keller (Comer no Porão, em português) preserva o jeito artesanal de preparar os pratos típicos alemães. A comida é feita em fogão à lenha, num espaço que fica no porão de uma padaria, na Vila Itoupava.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Brincadeiras: Pipa

Também conhecida como papagaio, é geralmente uma brincadeira para meninos, e são feitas de papel de seda colorido e varetas de madeira.Em dia de vento as pipas são soltas pelos meninos, através do fio que as prende a um carretel o menino pode manusea-la nos céus. Entretanto é bom lembrar que as pipas não vem ser soltas perto  da rede eletrica já que a mesma pode encostar num fio do poste e causar um choque violento. O bom é soltar a pipa na praia, ou no campo.

domingo, 13 de março de 2011

Brincadeira: Bate Figurinha

Bate figurinha: Os meninos reúnem as figurinhas dos álbuns que são repetidas, fazem um montinho e batem a mão sobre elas, as que virarem ao contrário é ganha por quem bateu a mão. O jogo é feito de comum acordo entre todos, e só vale bater figurinhas repetidas para que ninguém saia no prejuízo.

sábado, 12 de março de 2011

Brincadeira: Pião

Roda Pião: Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força.  Para deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Comidas Típicas da Região Sul!

Comidas do folclore - Sul

Culhão de touro cozido
Pinhão assado
Carneiro no buraco
Porco no rolete
Boi no rolete
Costela de ripa
Barreado
Churrasco
Marreco com laranja
Marreco com maçã
Joelho de porco cozido
Torta de maçã
Charque com inhame
Bolo de pinhão
Chimarrão.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Comidas Típicas do Sudeste

Comidas do folclore - Sudeste

Leitão à pururuca
Virado à paulista
Tutu de feijão
Canjica
Feijoada
Paçoca de amendoim
Feijão tropeiro
Arroz de carreteiro
Curau
Pamonha (salgada e doce)
Frango cheio
Feijão gordo
Pipoca

quarta-feira, 9 de março de 2011

Afoxé

Afoxé - Os grupos de afoxé são manifestações artísticas de grande valor na cultura baiana, ligadas diretamente aos cultos afro-brasileiros, especialmente aos antigos atos de devoção às divindades do candomblé.
Apesar das mudanças socioculturais, os grupos de afoxé mantêm vários traços característicos da cultura africana: entoam cantos em dialetos africanos, usam instrumentos de percussão como atabaques e agogôs, além das cores e símbolos ligados às tradições dos cultos africanos. Um dos afoxés mais conhecidos, citado pelos compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil em algumas de suas canções, é o Filhos de Gandhi.

terça-feira, 8 de março de 2011

O Samba

O Samba - O samba teve origem nos antigos ritmos trazidos pelos escravos africanos que vieram para o Brasil. Afirma-se que a palavra vem de semba, que significa umbigada em dialeto africano.
No século XIX, esses ritmos sofreram influência da polca, da habanera, do maxixe e do choro. O samba chegou ao Rio de Janeiro com as baianas que foram viver na então capital da República, especialmente no bairro de Cidade Nova. Uma delas, tia Ciata (Hilária Almeida, 1854-1924), reunia músicos e boêmios que varavam a noite em sua casa cantando. Numa dessas reuniões apareceu a idéia da música que se tornaria o primeiro samba, gravado pela primeira vez por Donga (Ernesto dos Santos). A letra desse samba, intitulado Pelo Telefone, fala do jogo na cidade. Sua estrofe mais famosa diz:
O chefe da polícia
pelo telefone
mandou me avisar
que na Carioca tem
uma roleta para se jogar

Na década de 1930, o samba, que era tocado basicamente por violões e cavaquinhos, adotou a percussão dos surdos e cuícas, instrumentos comuns nas batucadas dos morros. Estava nascendo o samba moderno. Dele descendem outros gêneros musicais brasileiros como a bossa nova, imortalizada por Tom Jobim e João Gilberto, e o pagode, samba das rodas de amigos e das festas caseiras.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval no Rio de Janeiro

O Carnaval do Rio de Janeiro, talvez o mais conhecido e prestigiado como atração turística no país e no exterior, surgiu das espontâneas e antigas manifestações de alegria da população carioca, que durante séculos brincou o carnaval atirando ovos e água nos amigos ao som de qualquer ritmo, até de valsas. Mas foi a partir de um ritmo, o samba, que o carnaval carioca transformou-se lentamente até chegar ao que é hoje: um grande e suntuoso espetáculo para o público que pode pagar o ingresso na Marquês de Sapucaí.
Os desfiles cariocas eram realizados inicialmente pela população pobre dos morros, berços das primeiras escolas de samba, e só ganharam prestígio a partir de 1950, tornando-se logo produtos vendáveis. Atraíram a atenção de governantes e de homens de negócios, que viram o enorme potencial econômico da alegria popular.
Em 1954, a prefeitura do Rio de Janeiro convidou astros e estrelas de Hollywood para a festa e com isso atraiu para o desfile milhares de turistas. A partir de então, a TV, interessada na transmissão dos desfiles, teve um papel fundamental na modificação das relações entre a sociedade e o samba.
Atualmente, os desfiles pressupõem uma organização que extrapola os limites dos sambistas da escola: os espetáculos mobilizam milhões de dólares para sua realização. Surgiram os chamados carnavalescos, profissionais especializados, que criam e dirigem a montagem dos desfiles de cada escola. Ao mesmo tempo, os lugares de destaque na passarela do samba são ocupados por artistas da TV, pelas chamadas socialites, enfim por pessoas que são facilmente identificadas pelo público presente no Sambódromo ou pelos telespectadores das emissoras de TV.

domingo, 6 de março de 2011

História do Carnaval no Brasil

Falou em Carnaval, falou em Brasil. O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.


O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
Carnaval no Rio de Janeiro, Brasil - Fevereiro de 2005
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.

Bonecos Gigantes em Recife, Pernambuco
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Comidas Típicas do Centro - Oeste

Comidas do folclore - Centro oeste

Galinhada
Arroz com piqui (ou pequi)
Canjiquinha com queijo
Pintado na braza
Farofa de jacaré
Porco de lata com mandioca
Peixe assado
Passarinhada
Tereré.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Comidas Típicas do Nordeste

Caruru
Sarapatéu
Moqueca de surubim
Vatapá
Acarajé
Manguzá ou mungunzá
Farinha com caldo de rapadura
Bobó de camarão
Paçoca
Baião de dois
Carne de sol

quarta-feira, 2 de março de 2011

Comidas Típicas do Norte

Comidas do folclore – Norte

Pato ao tucupi
Sopa de turú
Farofa de turú
Moqueca de pirarucu
Bicho de côco assado
Peixe assado
Bejú
Tartaruga com mandioca
Sopa de tartaruga

terça-feira, 1 de março de 2011

Simpatia

Sabedoria de bananeira
Na noite de São João, de 23 para 24, deve-se enfiar uma faca virgem (nova) na bananeira. No dia seguinte, de manhã bem cedo, retire a faca que nela aparecerá o nome do(a) futuro(a) noivo(a). Outra variante dessa simpatia diz que o nome do(a) futuro(a) marido/mulher aparecerá escrito no caule da bananeira. Alguns preferem ver o nome escrito no tronco da bananeira. Ainda há outra variante, mais rápida: enfia-se a faca
na bananeira e, ao retirá-la, você ouvirá o nome do(a) futuro(a) companheiro(a).