sábado, 31 de dezembro de 2011

Simpatias com Frutas


Simpatias
Romã é usada em simpatias (Foto: Fernando Castro/G1)A romã, que possui muitas sementes, é usada em
simpatias (Foto: Fernando Castro/G1)
Romã – A fruta é cheia de sementes, razão pela qual é muito associada à prosperidade, fartura e fertilidade. Uma das simpatias mais recorrentes envolvendo esta fruta diz que é preciso segurar três sementes nos dentes à meia noite. Estas sementes devem ser secas posteriormente e envoltas em papel branco, para que enfim sejam guardadas durante todo o ano seguinte.


Devem ser comidas 12 uvas, uma para cada mês do ano (Foto: Fernando Castro/G1)Devem ser comidas 12 uvas, uma para cada mês
do ano (Foto: Fernando Castro/G1)
Uva – As preferidas pelos supersticiosos são aquelas com semente, e simbolizam boa sorte para os próximos meses. A simpatia mais comum envolve 12 uvas, uma para cada mês do ano seguinte. Elas devem ser ingeridas uma seguida da outra, cada uma com referência a um desejo diferente. As sementes devem ser guardadas juntas, de preferência na carteira se o objetivo for ganhar mais dinheiro. Algumas pessoas optam por sete uvas, ou outro número que lhes traga sorte

Romã e uva são as frutas mais vendidas para simpatias no Ano Novo


Com a proximidade do Réveillon, as feiras e mercados precisam reforçar os estoques de frutas para atender aos supersticiosos. Romã e uva são as campeãs de procura, mas é amplo o repertório que faz decolar as vendas do comércio no final de ano. Desejando sorte ou apenas uma mesa mais bonita, os clientes do Mercado Municipal de Curitiba rodam pelas barracas em busca do melhor preço.
“A procura por estas frutas aumenta muito, romã então, nossa, chega até a faltar”, disse ao G1 a atendente de uma das barracas, Maria Aparecida. Ela conta que apesar da procura pelas “frutas da sorte” ser mais restrita à romã e a uva, as simpatias relatadas são das mais variadas. “Uns colocam as sementes na meia, outros no guarda-roupa, e deixam até o ano seguinte”, contou.
Ameixa, lichia, cereja e figo são utilizados para decorar a mesa da ceia de ano novo (Foto: Fernando Castro/G1)Ameixa, lichia, cereja e figo são utilizados para decorar a mesa no ano novo (Foto: Fernando Castro/G1)
O casal Daniela e Wagner foi abordado pela reportagem enquanto pesquisavam os preços da uva no mercado. Eles contaram que seguem a tradição de comer 12 uvas, uma para cada mês, e guardar as sementes por tradição familiar. Questionada se a simpatia realmente dá sorte, ela rebateu a dúvida diretamente ao companheiro: “Acho que sim, né?”, perguntou entre risadas.
Por uma questão mais estética do que supersticiosa, lichia, ameixa, cereja, figo e pêssego também são alvos nesta época. Aparecida diz que é comum que as pessoas procurem estas frutas para enfeitar a mesa da ceia de ano novo, principalmente as vermelhas. Ela lembra também que a lichia e a cereja são colhidas apenas nesta época do ano, o que também aumenta a procura dos consumidores.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Crendices Ano Novo

Acredita-se que comer lentilha traz sorte, pois, como é um alimento que cresce, faz a pessoa crescer também;

Uma das simpatias mais comuns feitas no Ano Novo para atrair dinheiro é a da romã. Chupe sete sementes na noite de Réveillon, embrulhe todas num papel e guarde o pacotinho na carteira para ter dinheiro o ano inteiro;

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Simpatias Ano Novo: Para afastar maus fluidos

Na beira do mar, com a água na altura da canela, derrame pipoca ao longo de seu corpo, da cabeça aos pés. Deixe que o mar leve a pipoca, que é um elemento do orixá Omolu, senhor da vida, da cura e da saúde.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Simpatia Ano Novo: Para ter paz, tranqüilidade e prosperidade

Misture pétalas de rosa branca, arroz cru e uma essência e passe pelo corpo. Olhando para o mar, reze pedindo paz e prosperidade para o ano que se aproxima. Tire os sapatos e entre no mar vestida com uma roupa branca. Dê três mergulhos e dê costas para a areia.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Simpatias Ano Novo: Para ter felicidade

omece a usar, a partir do dia 28 de dezembro, um par de meias brancas novas. No quarto dia, coloque a meia do pé direito no sol. Depois atire-a longe -cuidado para ela não cair em nenhum lugar úmido. À meia-noite do dia 31 coloque a meia do pé esquerdo ao luar e depois jogue longe dizendo: “Minhas meias foram longe. Não têm teia, nem idade. Se elas se foram, porque se foram, virá a felicidade. Assim seja”.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Simpatias Ano Novo: Para ter dinheiro o ano inteiro

Leve para a praia sete rosas brancas, sete moedas do mesmo valor, perfume de alfazema e um champanhe. Reze para Iemanjá e para os orixás que têm força no mar. Conte sete ondas e jogue as flores no mar. Em seguida, coloque o conteúdo do champanhe e ofereça aos orixás. Lave as moedas com o perfume e coloque-as na mão direita. Mergulhe a mão na água e peça proteção financeira. Deixe o mar levar seis moedas e fique com uma, que deve ser guardada como amuleto durante o ano.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Especial Ano Novo

O Ano Novo está chegando e Tia Nastácia contará histórias muito especiais!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Simpatia de Natal: Boas energias

Além das simpatias de Natal, outras dicas podem úteis para atrair boa sorte na data. Decore sua casa com flores para cortar energias ruins ou enfeite a sala com árvore de Natal ou pinheiro, que significa fortificação da família. Velas, perfumes e roupas claras são ótimos para atrair anjos e bênçãos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Simpatia de Natal: Velas

Se o objetivo é pedir energia para cada mês do ano que se aproxima, a dica é comprar doze velas de sete cores. Segundo a simpatia, basta acender a primeira vela na noite de Natal e, quando ela estiver totalmente queimada, partir a próxima e assim por diante. Cada vela queimada representará um mês do ano que virá, purificado e com muita energia.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Simpatia de Natal:Lista de desejos

Já uma simpatia bem conhecida, e realizada não só no Natal, usa uma folha branca para listar os desejos. O rito que se deve dobrar o papel, colocar embaixo de um pires e acender uma vela branca. Enquanto isso, é preciso se concentrar nos pedidos e fazer uma oração aprendida na infância.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Simpatias de Natal: Uvas para o menino Jesus

Para garantir proteção à família, existe uma tradição que envolve uvas e a imagem do menino Jesus. Segundo ela, na noite de Natal, deve-se colocar a imagem do menino Jesus em um móvel da casa, ao lado de um copo de água e de um cacho de uvas, e fazer uma oração de agradecimento renovando os pedidos. No dia 26, esta água deve ser usada para regar uma planta e o cacho de uvas ser colocado em um jardim. A imagem de Jesus deve ser colocada em um ponto fixo da casa.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Crenças de Natal: Moedas embaixo da árvore natalina

Um dos ritos mais conhecidos pede por prosperidade financeira. É, talvez, também o mais longo, pois dura 27 dias. Segundo a crença, é preciso pegar quatro moedas do mesmo valor e, ao meio-dia em ponto do dia 24 de dezembro, colocá-las embaixo da árvore de Natal. Depois, deve-se ajoelhar em frente à árvore e, enquanto se segura uma vela branca, acesa, com a mão direita, fazer oito orações pedindo prosperidade. Ao finalizar as orações, é necessário colocar a vela, ainda acesa, próxima à árvore e deixar que queime até o fim ¿ sem mexer nas moedas até o fim da semana seguinte. Na véspera de ano-novo, as moedas têm de ser espalhadas pelos quatro cantos da casa, permanecendo no mesmo lugar até o dia 20 de janeiro.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pastoril

Encenação cujo tema principal é o aviso que o anjo Gabriel dá sobre o nascimento de Jesus Cristo. Típico da região Nordeste, os participantes dançam e cantam nas ruas. Meninas, enfeitadas com fitas e tocando pandeiro, dividem-se em dois cordões (azul e vermelho) e são acompanhadas por um grupo musical.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Missa de Natal

Missa do Galo é o nome dado em países católicos à missa celebrada depois do jantar da Véspera de Natal que começa à meia noite de 24 para 25 de Dezembro.
Seu nome consagra a lenda segundo a qual à meia-noite do dia 24 de dezembro um galo teria cantado, anunciando a vinda do Messias. Outra origem da expressão é citada em o De onde vem as palavras, de Deonísio da Silva (Editora A Girafa): como o fato de a Missa de Natal normalmente terminar muito tarde "quando as pessoas voltavam para casa, os galos já estavam cantando".

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Reisado

O desenvolvimento consiste numa série de episódios, alguns já existentes nos ranchos de janeireiros e reiseiros portugueses, como o pedido de abrição de porta:
Abris a porta
Se quereis abrir
Que somos de longe
Queremos nos ir

A louvação aos donos da casa:

Senhor dono da casa
Olhos da cana caiana:
Quanto mais a cana cresce
Mais aumenta a sua fama

A louvação do Divino:

Deus te salve, casa santa
Onde Deus fez a morada,
Onde mora o cálix bento
E a hóstia consagrada

As marchas de entrada de sala:

Entremos, entremos,
Em jardim de fulô,
É do nascimento,
É do Redentor

E, no fim do auto, a ceia, em que se renovam os agradecimentos aos donos da casa:

O senhor dono da casa
É quem pode vestir véu
É quem se pode adorar
Debaixo do Deus do Céu...

E a despedida final:

Dono da casa
Adeus que eu me vou
Até para o ano
Se nós vivo for

Entre os primeiros episódios e os dois últimos, realizam-se as representações dramáticas (entremeios), característicos do bumba-meu-boi, as danças cantadas (peças) e as partes declamadas (embaixadas ou chamadas de Rei), estas últimas oriundas do bailado dos congos, bem como o episódio da guerra, por sua vez equiparável às várias danças rituais européias.

As cantigas dançadas apresentam-se nos mais variados assuntos e motivos. Antigamente, africanos:

Topei num vi, ô dalipá
Caramundelo, zumbi, mamde ô lá

Ou guerreiros:

Somos soldados
Vamos para a guerra
Costas com costas
Joelhos em terra

Atualmente, senteciosos:

Ô minha gente,
Reisado só de Viçosa,
Fazenda só cor de rosa,
Baiana só do Farol
Ô minha gente
Dinheiro só de papel
Carinho só de mulher
Capital, só Maceió

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Folia de Reis

Todo ano aumenta o número de grupos de  homens vindos do interior que, pelos velhos caminhos do Distrito Federal e das cidades vizinhas de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, reproduzem, em ponto pequeno, a peregrinação dos Reis Magos em busca do Menino. São as folias de Reis. Talvez este designativo, folia, não caracterize bem o estranho bando que, a partir da meia-noite da véspera do Natal, sai cantando e fazendo música à porta de casas conhecidas, a anunciar o nascimento de Cristo. Com efeito, todos têm uma obrigação especial, uma promessa a pagar, que consideram sagrada, — e nenhum deles deixará de fazer a jornada durante sete anos regulamentares. E é com espírito religioso, e não folgazão, que deixam o trabalho e a família para cumprir a sua missão de comunicar aos homens o nascimento do Salvador.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Reisado

O reisado é um dos autos populares próprios da época natalina que se filia ao vasto ciclo de folguedos derivados das janeiras e Reis portuguesas, como as folias de Reis de São Paulo e do Rio de Janeiro, o bumba-meu-boi do Nordeste, o reis-de-boi do Espírito Santo, o boi-de-mamão, do Paraná e Santa Catarina, o boizinho do Rio Grande do Sul, e o boi-bumbá, da Amazônia.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Natal

São numerosas as cantigas que tivemos oportunidade de recolher em Colatina, sobre o Ciclo do Natal. Das pastorinhas, por exemplo, podemos registrar estas amostras.
Quando as pastoras chegam a uma casa, em visitação, cantam:
Dá licença, meu Menino,
Que as pastoras querem entrar;
Já está chegando a hora
E nós queremos adorar

sábado, 10 de dezembro de 2011

Folclore Natal

Os autos pastoris estavam, em grande voga na Europa desde a Idade Média, instituído que foram pelo clero no seio da Igreja, para fortificar a fé das massas populares. Em Portugal, o quinhentista Gil Vicente compôs com sucesso famosos autos, que foram representados nas cortes da Península Ibérica e difundidos entre o povo: Auto da Fé, Auto da Mofina Mendes, Auto Pastoril e Auto dos Reis Magos, principalmente, foram elaborados com elementos populares do ciclo folclórico do Natal. Logo vieram para o Brasil, onde encontraram boa receptividade, e por aqui criaram raízes, em novas criações dos poetas da Terra de Santa Cruz.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Folclore Natal

As manifestações folclóricas do ciclo do Natal, como em todo o mundo Cristão, abrangem o período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, isto é, da véspera do Natal ao dia de Reis.

É nesta época que podemos apreciar presépios e assistir e participar de grupos de Pastorinhas ou de folia de Reis, integrando-nos a algumas de nossas mais caras tradições.

Comemorar o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo é o motivo central de todo este ciclo folclórico, e a Missa do Galo, o seu ponto alto para os católicos romanos.

Tradições de bom sabor lusitano, que de Portugal nos vieram com os primeiros colonizadores da Terra de Santa Cruz, talvez tenham se iniciado com apresentação de autos dramáticos pastoris e armações de presépios.

domingo, 4 de setembro de 2011

O que é Folclore

Folclore é o conjunto de tudo aquilo que faz parte da nossa cultura popular. Aí entram as nossas tradições e festas, essas criaturas fantásticas que moram na nossa imaginação, as lendas e mitos, os ditados e versinhos populares,as superstições e até piadas. A palavra folclore quer dizer isso mesmo: sabedoria popular. Ela vem do inglês folk-lore: folk quer dizer povo, e lore, “conhecimento empírico” ou “sabedoria”. Esse termo foi criado pelo inglês William John Thoms (1803-1885) lá nos idos de 1846, na Inglaterra. Ele mandou uma carta para a revista The Atheneum, de Londres, pedindo apoio para fazer um levantamento das lendas e tradições do seu país. O documento com essas informações foi publicado em 22 de agosto e, por isso, essa data foi eleita como o Dia Mundial do Folclore.

sábado, 3 de setembro de 2011

Curupira

Tem mais um menino levado nessa lista, mas dessa vez por uma razão muito diferente: o curupira protege a mata e os animais que moram lá. Esse moleque baixinho tem o cabelo comprido (que pode ser cor de fogo) e os pés virados para trás — que pode parecer coisa de passinho de Michael Jackson, mas não tem nada a ver: dessa maneira, os caçadores que seguem as suas pegadas nunca conseguem encontrá-lo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Boto

Era uma vez um moço bonito e charmoso, que fazia o maior sucesso com a mulherada nos bailes. Só que, depois que ele conquista uma moçoila e ela fica grávida, o cafajeste mergulha no rio e vira um boto bem inocentinho. Moral da história: filho de boto... não sabe quem é seu pai!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Boitatá

Quem brinca com fogo...

Essa cobra de fogo também bota para correr caçadores e lenhadores da floresta! O boitatá é uma lenda indígena, bem antiga no folclore brasileiro. Mas o que o “boi” tem a ver com isso? É que, em tupi, “boi” quer dizer “cobra”, e “tata”, fogo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bicho Papão

Ele vai te pegar!

Esse monstrão adora ficar escondido debaixo da cama ou no guarda-roupa, só esperando para dar aquele susto: é o bicho-papão! A criatura tem nome bem brasileiro, mas essa lenda para ensinar as crianças a ficarem comportadinhas vem lá da Idade Média na Europa.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lobisomem

Aaaaúúú!

Essa lenda cabeluda de um homem que se transforma em uma mistura de ser humano e lobo em noite de lua cheia vem da Europa do século 16, e chegou ao Brasil com os portugueses. Por aqui, a história ficou ainda mais complicada: de acordo com a lenda, se uma família tiver seis filhas, e o sétimo filho for homem, com certeza vai virar lobisomem! A lenda conta também que, se o lobisomem morder alguém, a vítima também vai começar a se transformar nessa criatura peluda todo mês. E não é qualquer tirinho que acaba com o monstrão: a bala tem que ser de prata.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mula - Sem - Cabeça

Cabeça quente

Imagine dar de cara com essa mula que não tem cabeça e ainda solta fogo pelo pescoço! A lenda conta que tudo começou quando uma mulher resolveu namorar um padre. Não pode, né? Então ela começou a se transformar nesse monstro toda noite de quinta para sexta. Ninguém merece!

domingo, 28 de agosto de 2011

Iara

Charme no rio

Conhecida como Iara ou Mãe D’Água, essa criatura é metade mulher bonitona e metade peixe — ou seja, é a parente brasileira das sereias, conhecidas no mundo todo. O canto e a beleza da Iara deixam os homens doidinhos, mas, quando eles chegam para tentar passar aquele xaveco, ela os leva para o fundo do rio.

sábado, 27 de agosto de 2011

O Saci

Quando a gente pensa em folclore, já se lembra dessas criaturas que são a cara da cultura brasileira: o saci, arteiro, o lobisomem e sua maldição, o curupira protetor da floresta, o bicho-papão, que pode estar escondidinho (ou escondidão) debaixo da cama. Mas as outras culturas do mundo também têm seus monstros, e alguns ficaram tão conhecidos que passaram a morar na nossa imaginação. Quer saber mais sobre eles? Então, embarque nessa expedição de arrepiar.

Moleque sapeca

O saci é um moleque negro, de uma perna só, gorrinho vermelho na cabeça, que vive fumando seu cachimbo por aí e aprontando todas: ele faz o doce desandar, pega carona em redemoinhos, esconde os óculos. A lenda sobre esse menino bagunceiro vem do século 18, ainda durante a escravidão no Brasil, quando as amas (as babás daquele tempo) e os caboclos contavam essa história para assustar as crianças. A versão mais conhecida da origem desse molequinho ligado nos 220 volts vem da obra do escritor Monteiro Lobato, o criador do Sítio do Picapau Amarelo. Em suas histórias, o autor conta que o saci nasce nos bambuzais e fica sete anos dentro dos gomos dos bambus antes de sair. Depois, vive por 77 anos — quando morre, vira cogumelos venenosos ou orelhas-de-pau. E apronta, viu?

Continua próxima postagem!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Teste

Faça um teste e descubra se você está por dentro do folclore!

http://sitededicas.uol.com.br/quiz_cri_lendas_facil.htm

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Lenda do Açaí

Lenda

’Conta a lenda que existia uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos estavam escassos, era difícil conseguir comida para toda a tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças recém-nascidas seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional da tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma menina que também teve de ser sacrificada.
Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando-a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
Iaçã, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhas escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.”

Lenda Indígena Amazonense

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jogos

Por ter características de anonimato e transmissão oral, os jogos infantis são considerados elementos folclóricos. Na verdade, são manifestações da cultura popular, muito apropriados para desenvolver a convivência social e a cultura infantil. Tradicionalmente universais, mesmo sendo espontâneos, sofrem poucas mudanças no tempo e no espaço. No Brasil, os jogos infantis receberam influências das três origens da nossa raça: a portuguesa, a africana e a indígena. O resultado é que dezenas de jogos e brincadeiras tradicionais nos campos da dança, da literatura e do cordel, acabaram tornando-se parte importante do nosso folclore. Melhor para a nossa Cultura!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Entre o Romance e o Folclore!

Pode-se encarar as relações do romance com o folclore sob vários aspectos, desde o mais elementar aproveitamento do material folclórico como um fator de realce na observação direta, até à possibilidade de uma estética que permita um contato e uma comunhão maior entre o público e o povo. Mas, há uma questão que afeta qualquer tentativa, ampla ou restrita, do aproveitamento dêsse material por parte do romancista: sua validade e limites. Sim, porque é preciso considerar que o romancista faz literatura e não folclore e que além disso os folcloristas podem também ter suas idéias sôbre o assunto. A questão coloca-se, pois, em têrmos das relações entre o folclore e a literatura.

Disse que se deve considerar também o ponto de vista particular do folclorista. Deve-se, é claro, porém, mais por uma razão de ordem, que por uma questão de precedência. O folclorista foi dos últimos a tratar dos fatos folclóricos - lendas, tradições, mitos, superstições, crendices, técnicas de cozimento do barro, de modelação, formas de cultivo da terra, estilos típicos de vida etc. - e quando êle surgia no Século XIX tinha diante de si um trabalho de notação tão grande, que poderia iniciar o estudo do folclore indiretamente, nas grandes obras, começando na antiguidade clássica no teatro grego e em Homero, passando por Vergílio e Petrônio, até chegar a Gil Vicente, Cervantes, Mistral... O folclore confundia-se na literatura, embora não houvesse preocupação alguma em se fazer arte popular. É, aliás, uma sobrevivência dessa fase muito extensa a idéia de que o folclore constitui uma parte da literatura.

O aparecimento dos folcloristas modificou um pouco essa visão das coisas. De um lado porque êles distinguiam o folclore - cujo têrmo também criaram - em folclore subjetivo, em que se procura sistematizar e estudar os elementos folclóricos, buscando por aí atingir uma formulação científica e teórica, sob os auspícios do positivismo, e em folclore objetivo, item sob que seriam agrupados todos os elementos folclóricos, tôdas as danças, as cantigas, as superstições, as crendices, os provérbios, aquêles modos de ser e de agir típicos de um povo ou de uma região, o próprio conteúdo do folclore, pois. Já aí ficou feita uma divisão de trabalho. O estudo propriamente dito do material folclórico compete ao folclorista, ou qualquer outro especialista em ciências sociais. O literato, como tal, nada tem que ver com o "folclore subjetivo". E, é óbvio, pouco lhe interessam as questões teóricas e os aspectos técnicos do folclore; quando o romancista, por exemplo, se utiliza de material folclórico, faz notação ou faz estilização. Põe-se em contato direto com o fato folclórico - um personagem mítico, como a Iara ou o Saci - nas esferas do folclore objetivo sem nenhuma outra preocupação.

Os folcloristas do século XIX e alguns dêste século, entretanto, desvendaram um novo modo possível de se encarar as relações entre o folclore e a literatura - ou, mais precisamente, de situar um e outro, partindo do próprio conceito de folclore. O folclore seria a cultura dos meios populares, das camadas baixas da população - nas zonas rurais e urbanas - em poucas palavras: a "cultura dos incultos". Era, pois, o conjunto de conhecimentos, técnicas e modos de ser dos iletrados, transmitido oralmente. Distinguia-se da literatura, cultura dos meios elevados, dos letrados e dos "cultos". A diferença entre a literatura popular e a literatura erudita é apresentada como uma diferença fundamental, de natureza: duas formas culturais antagônicas e, em certo sentido exclusivas. O burguês e o homem do povo - terminologia de Saintyves e de Maunier - seriam a expressão dêsse antagonismo. Aquêle vivendo a idade positiva contiana, pensando racional e logicamente as coisas, capaz também de progresso; enquanto o segundo revelaria uma etapa anterior do desenvolvimento das sociedades ocidentais surgindo como um homem imobilizado pelo passado e sufocado sob o pêso da tradição, pensando as coisas de modo anti-racional e ilógico. A diferença de mentalidades seria irredutível. Contudo, ela não é inata: o homem herda-a socialmente, revelando-a à medida que traduz o seu próprio meio social e cultural, a sua "cultura" - sua literatura e o seu folclore. Mas, essa irredutibilidade, essa diferença de natureza, abre um abismo entre o folclore e a literatura. Por isso diante do artista - romancista ou poeta - que se orientasse por esta concepção, haveria só três caminhos possíveis: aproveitar o folclore como fonte de sugestão. Aí o tema folclórico seria mero ponto de partida, e o que se incorporaria à literatura seria uma estilização do fato folclórico, e não o próprio fato folclórico. A essência, pois, da literatura, conservar-se-ia salva. O romance "Pedro Malasarte" do sr. José Vieira é um exemplo. Ou então o folclore surge como uma fonte de argumentos estranhos, exóticos e fortes - de motivos e temas novos, dando uma côr ao fundo do romance, um ambiente de vida desconhecido. O trabalho do romancista, no caso, se reduz a um aproveitamento superficial dos fatos folclóricos. É a notação rápida dos "costumes populares" dos românticos. Nunca ultrapassam os limites do descritivo e não há nenhum esfôrço no sentido de entender o homem sob o ângulo daqueles elementos folclóricos. E, ainda, o terceiro caminho, que é a tentativa mais arrojada: tentar uma conciliação entre as duas culturas, entre os dois "tipos" de homem. O tema folclórico deixa de ser simples ponto de partida, para assumir uma importância nova - o artista acaba atribuindo uma realidade essencial do mito, submetendo-se-lhe definitivamente. É a fascinação do abismo, pois o artista pode se despenhar de uma vez no folclore, como Mistral, adotando uma atitude de participação, sem que se possa avaliar até onde a solução pode ser aceita como intermediária. A finalidade maior do artista, entretanto, muitas vêzes é consciente, neste caso! A revelação essencial e integral de um povo, dando uma amostra do conflito das duas mentalidades e um comêço de síntese. Parece-me ser a de Goethe a tentativa mais vigorosa, no gênero; mas êle já estaria esquecido se não ficasse mais próximo da "cultura", que da simples peça de títeres que era o "Fausto". O resultado e o destino dessas aventuras é sempre êsse: fatalmente o artista dá maior ênfase aos valores de seu meio restrito, distanciando-se dos valores do povo à medida que as duas esferas de valores também se distanciam.

Modernamente, esboça-se um movimento que tende ao aproveitamento mais profundo dêsses valores folclóricos. De um lado, liga-se a uma concepção mais ampla de folclore. O folclore como uma expressão das condições presentes, típicas, da vida do povo, envolvendo todo seu estilo de vida. Essa concepção abre uma nova ponte entre a literatura e o folclore porque, então, desaparece aquela imagem do homem do povo vivendo imobilizado pela tradição e incapaz de progresso, surgindo em seu lugar o ser humano que êle é. Ou seja, a atenção do artista desloca-se dos fatos folclóricos pròpriamente dita para as pessoas que êles caracterizam. Surge aí o homem que interessa à literatura contemporânea, revelando em suas canções, em suas cantigas em suas modinhas, em seus desafios, em seus ABC, aquilo que êle pensa, que êle crê no momento e também o que êle deseja e o revolta. Os valores folclóricos como uma forma, mesmo de expressão da história contemporânea do povo e também de sua ideologia política. Aí é possível encarar o aproveitamento do material folclórico de outra maneira. Primeiro, em si mesmo como documentário; segundo, como uma espécie de pesquisa de busca da verdadeira imagem do "homem do povo". É o que acontece por exemplo no romance moderno de um Jorge Amado ou de um Cyro Alegria. A estilização é relegada e à notação segue-se um trabalho profundo de compreensão do homem em função de seus valores típicos. Os limites entre a literatura e o folclore não só tornam-se menos nítidos e rígidos, como a literatura apresenta-se como uma forma fecunda de revelação do folclore.

domingo, 31 de julho de 2011

A louça de Coqueiros - Salvador

Coqueiros é um bairro periférico de Maragogipe – cidade com população estimada em 40 mil habitantes, localizada a cerca de 133-km de Salvador, na Bahia.

Situada entre o mangue e o rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, Coqueiros possui a pesca como uma de suas atividades tradicionais, exercida não somente por homens, mas também por mulheres no ofício de marisqueiras. Além da habilidade com a pesca, elas são especialmente reconhecidas pelo talento das louceiras do lugar.

Trabalhando quase sempre à vista de todos, sentadas na soleira das portas de suas casas de trabalho, mulheres burnem suas louças, colocam o barro para secar ou exibem a louça pronta na calçada, à espera de algum comprador.

Em Coqueiros, há duas localidades onde se concentram as ceramistas: a Rua das Palmeiras, onde mora, aos 90 anos de idade, Bernardina Pereira da Silva, a dona Cadu, que tornou reconhecida a cerâmica que se faz em Coqueiros participando de exposições organizadas pelo Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, em Salvador, angariando clientes; e a Fazenda do Rosário, cuja ceramista mais velha é Josefa de Jesus França, conhecida como dona Zefa, referência de muitas mulheres. No total, entre os cerca de 50 ceramistas do distrito, existem dois homens.

Na ocasião da abertura da exposição, haverá a presença de alguns dos artesãos de Coqueiros. A entrada é gratuita.
A mostra ficará em cartaz até o dia 7 de agosto e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vestuários

Personagens e vestimentas

Existem várias e variam bastante entre os diferentes grupos, mas as principais são as seguintes:
Amo: representa o papel do dono da fazenda, comanda o grupo com auxílio de um apito e um maracá (maracá do amo) canta as toadas principais;

Pai Chico: empregado da fazenda, ou forasteiro, dependendo do grupo, rouba ou mata o boi para atender o desejo de mãe Catirina. O papel desempenhado por esta personagem varia de grupo para grupo, mas na maioria das vezes desempenha um papel cômico;

Mãe Catirina : mulher do pai Chico, que grávida deseja comer a língua do boi. Coloca enchimento na barriga para parecer que está gestante;

Boi : é a principal figura, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi;

Vaqueiros: são também conhecidos por rajados. Nos bois de zabumba são chamados caboclos de fita. Em alguns bois existe o primeiro vaqueiro, a quem o fazendeiro delega a responsabilidade de encontrar pai Chico e o boi sumido, e seus ajudantes que também são chamados vaqueiros;

Índios, índias e caboclos: tem a missão de localizar e prender pai Chico. Na apresentação do boi proporcionam um belo efeito visual, devido à beleza de suas roupas e da coreografia que realizam. Alguns bois, principalmente os grupos de sotaque da ilha, possuem o caboclo real, ou caboclo de pena, que é a mais rica indumentária do boi;

Burrinha: aparece em alguns grupos de bumba -meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no centro por onde entra o brincante, a burrinha fia pendurada nos ombros do brincante por tiras similares à suspensório;

Cazumbá: Personagem divertido, as vezes assustador, que usa batas coloridas e mascaras de formatos e temática muito variada. Não são todos os grupos de bumba-meu-boi que possuem cazumbás

domingo, 24 de julho de 2011

Brincadeiras cantadas ou cantigas de diversão


O Brasil possui um variado repertório de cantigas de diversão, em sua maioria oriundo de cânticos latinos de Portugal, França e Espanha. Dentre elas, destacamos cantigas de rodas, canções de bebedeira, alguns jogos e algumas quadras um pouco esquecidas nos fins do século XX, mas bastante conhecidas nos grupos de pessoas de meia idade, visto que muito se brincou de roda, nas noites festivas nas zonas rurais e nas escolas até os anos oitenta do século passado.
Ao referirmos às noites festivas, bastava que se reunisse um grupo de crianças e jovens para logo ouvirmos a entoação de cantigas como: de "Terezinha de Jesus", "Fui na Fonte do Tororó", a "Dança da Carranquinha", "La condessa", e ainda quadrinhas, desafios e canções como:

1- Os escravos de jó, jogavam caxangá

Os escravos de jó, jogavam caxangá
Os escravos de jó, jogavam caxangá
Tira, põe, deixa o zambelê ficar
Guerreiros, com guerreiros, fazem zig, zig, zá.
Guerreiros, com guerreiros fazem zig, zig, zá. Plantei um pé de alface
Plantei um pé de alface, a chuva quebrou um galho, rebola, chuchu, rebola chuchu. Rebola senão eu caio.
Tenho uma linda laranja menina
Tenho uma linda laranja menina, só ela que eu tenho, ela é verde e amarela, vira fulano esquerda janela.

4- Alecrim, alecrim dourado

Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo, sem ser semeado.
Ó meu amor, ó meu amor/ quem te disse assim. Que a flor do campo é o alecrim.
Alecrim, alecrim do campo / por causa de ti, choro o meu pranto.
Ó meu amor ...
Alecrim, alecrim aos molhos, por causa de ti, choram os meus olhos.
Ó meu amor ...
Alecrim, alecrim cheiroso, que se esvoaçou e brotuo de novo.
Ó meu amor ...

5- A dança da Carranquinha

A dança da carranquinha, é uma dança estrangulada, que põe o joelhe em terra, e faz o povo ficar pasmado.
Fulano sacode a saia, fulano coça a cabeça, fulano abre seus braços, fulano me dá um abraço.

6- O cravo brigou com a rosa

O cravo brigou com a rosa,
debaixo de uma sacada,
o cravo saiu ferido e a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
a rosa foi visitar,
o cravo deu um desmaio
e a rosa pois-se a chorar.

7-Sete e sete são quatorze,
com mais sete vinte e um
tenho sete namorados.
Só posso casar com um.

8- Ó que noite tão bonita
Ó que céu tão estreladoquem me dera ver agorameu eterno namorado.


9-Se a perpétua cheirasse,
seria a raainha das flores,
mas como a pérpetua não cheira
não é rainha das flores."
10-Marmelo é fruta gostosa
que dá na ponta da vara
mulher que chora por homem
não tem vergonha na cara.


11-Tim, tim, tim, ola,lá. Tim, tim, tim, ola, lá.
Tim, tim, tim, ola,lá. Tim, tim, tim, ola, lá.
Se não gosta dela de quem gostará.
Ei de te amar, amar, hei de te querer,
hei de te tirar de casa, sem seu pai e sua mãe saber.


12- Você gosta de mim?

Você gosta de mim, ô Maria?
Eu também de você ô Maria.
Vou pedir a teus pais ô maria.
Para casar com você, ô Maria!
Se eles disserem sim ô Maria.
Tratarei dos papéis, ô Maria.
Se eles disserem não ô Maria.
Morrerei de paixão, ô Maria.
Palma, palma, palma, ô Maria.
Pé, pé, pé ô Maria
Roda, roda, roda ô Maria.
E abraçai quem quiser.

sábado, 23 de julho de 2011

Canções de Ninar!

As canções de ninar, fazem parte do gênero lírico-narrativa e são em geral, caracterizadas por melodias suaves e repetitivas, com letras simples e rimadas, advindas dos primeiros habitantes do Brasil.
Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala, nos remete aos tempos coloniais, quando as amas de leite embalavam os filhos de seus senhores com cantigas, que mais serviam para amedrontar as crianças, do que para adormecê-las, visto que, tais cantos apelavam para entidades míticas e bichos aterradores, acentuado ainda pela transformação que as letras sofriam de acordo com a etnia, a região e a crença de quem as entoava. Fato esse abordado também por Antônio H. Weytzel. Como veremos nos versos cantados em Juiz de Fora, assinalando a questão do medo, da segurança e da alimentação:
Algumas letras, não enfocam somente os seres fantásticos e arrepiantes, elas abordam também a alimentação, o trabalho e a segurança imposta pela presença dos pais, como podemos observar nas quadrinhas abaixo:

1- Tutu marambá, não venha mais cá
Que o pai do menino, te manda matá.

2- Nana nenê, que a cuca vem pegá
Papai foi na roça, mamãe volta já.

3- Vem gato preto, de cima do telhado.
Comer esta criança, que não quer dormir calado.

4- João corta lenha, Maria mexe angu.
Tereza vai na horta, buscar o cariru.
Compadre vem jantá. Carne seca com angu.