sábado, 30 de abril de 2011

Folclore do Maranhão: Dança do Caroço

De origem indígena, a dança do Caroço se concentra na região do Delta do Parnaíba, principalmente no município de Tutóia. É executada por brincantes de qualquer sexo ou idade.
As toadas improvisadas são tiradas pelos cantadores com o acompanhamento dos brincantes que respondem com o refrão, acompanhados de instrumentos como caixas (tambores), cuíca e cabaça.
Com roupas simples e livres, os componentes dançam isolados formando uma roda ou cordão. As mulheres trajam-se com vestidos de corpo baixo, na cor branca, com gola redonda e mangas com quatro folhos pequenos do mesmo tecido da saia, que deve ser estampada, franzida e curta, com três folhos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Folclore do Maranhão: CACURIÁ

O cacuriá é, também, uma dança de roda animada por instrumentos de percussão. Tem origem na festa do Divino Espírito Santo, quando após a derrubada do mastro, as caixeiras se reúnem para brincar. Os instrumentos são as caixas (pequenos tambores) que acompanham a dança, animada por um cantador ou cantadora, cujos versos de improviso são respondidos por um coro formado pelos brincantes.
Em São Luís, o cacuriá é uma dança típica dos festejos juninos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Maranhão: Dança do Coco

A dança do coco tem sua origem no canto de trabalhadores nos babaçuais do interior do Maranhão. É uma dança de roda cantada, com acompanhamento de pandeiros, ganzás, cuícas e das palmas dos que formam a roda. A coreografia não apresenta complexidade. Como adereços, os componentes da dança carregam pequenos cofos e machadinhas, imitando os instrumentos de trabalho nos babaçuais. Além dessas danças, pode-se presenciar, nos arraiais da cidade, no período dos festejos juninos, outras danças como a quadrilha, que de forma caricatural retrata uma cena da vida do caipira do Nordeste brasileiro; a dança da fita e dança portuguesa.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mocho

Espécie de banco de madeira, cujo assento ë feito com couro cru, que é recortado e molhado ao ser pregado sobre o banco. É percutido com duas baquetas de madeira de, aproximadamente, "um palmo e meio" de comprimento. Pode-se usar o mocho pendurado no pescoço ou, se for de tamanho maior, colocado no chão e tocado por uma ou até duas pessoas, ao mesmo tempo. Na falta do mocho, usa-se uma bruaca (saco ou; mala de couro cru, para transporte de objetos e mercadorias sobre animais) ou um couro inteiro de boi, enrolado, no qual bate-se com dois pedaços de madeira. Até mesmo uma caixa de madeira pode ser usada para a percussão, na falta do instrumento.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Boi à Serra

Em várias regiões do Brasil encontramos manifestações folclóricas que falam sobre a vida e a morte de bois bravos e vaqueiros destemidos. Temos, no Maranhão, o Boi-à-Serra; em Santa Catarina, o Boi-de-mamão, no Pará, a Dança do Boi, em São Paulo e em Mato Grosso; o Boi-à-Serra; Luiz Câmara Cascudo, em seu "Dicionário do Folclore Brasileiro", nos fala sobre a origem dessas danças no Brasil: "Pelas regiões da pecuária, vive uma literatura oral louvando o boi, suas façanhas, agilidade; força, decisão. Desde fins do século XVIII os touros valentes tiveram poemas anônimos, realçando-lhes as aventuras bravias." Houve tempo em que o Boi-à-Serra foi muito difundido em Mato Grosso, principalmente nas localidades de Santo Antônio do Leverger, Varginha, Carrapicho, Engenho Velho, Bom Sucesso e Maravilha, onde existiam grandes canaviais e a atividade econômica predominante eram os engenhos de açúcar. A dança do Boi-à-Serra hoje, consegue ainda manter suas características iniciais apenas na localidade de Varginha, no município de Santo Antônio do Leverger. Lá as pessoas ainda cantam uma toada que conta toda a trajetória de vida e morte de um boi que é capturado por destemidos vaqueiros, enquanto dançam. Em outras localidades, como em Cuiabá e Santo Antônio do Leverger, encontramos a dança do Boi-à-Serra já muito modificada, ou inserida num outro folguedo popular: o Siriri.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Saiba sobre os dias mais festejados no Mato Grosso!

08 de Janeiro: Santo Rei
10 de Janeiro: São Gonçalo (casamenteiro das velhas e curador das doenças dos ossos)
20 de Janeiro: São Sebastião
21 de Março: São Bento
13 de Junho: Santo Antonio (Casamenteiro das moças)
24 de Junho: São João
29 de Junho: São Pedro
26 de Julho: Sant'Ana
16 de Agosto: São Roque (Considerado curador)
50 dias após páscoa: Senhor Divino
04 de Outubro: São Francisco
05 de Outubro: São Benedito (Em Cuiabá é comemorado a partir de Junho)
07 de Outubro: Nossa Senhora do Rosário
08 de Dezembro: Nossa Senhora da Conceição Sem dia definido: Nossa Senhora da Guia
13 de Dezembro: Santa Luzia (Protetora da visão)
25 de Dezembro: Senhor Menino


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Folclore na Bahia

A Bahia é, sem dúvida, um dos estados que mais valoriza as manifestações públicas do folclore. São festas religiosas ou não, procissões, jogos, danças e representações que exteriorizam as crenças e os costumes de um povo alegre e muito místico. A grande maioria dessas manifestações são religiosas ou tiveram origem em práticas de fé católica ou africana. Mas, existem também aquelas que apresentam os costumes dos escravos, a resistência contra a escravidão, a cultura indígena e muito mais.
As manifestações folclóricas funcionam como berço da arte e cultura baiana, pois permitem a criação e recriação das suas formas de representação. Em contrapartida, a cultura produzida a cada dia alimenta, enriquece e renova as antigas tradições, tornando-as cada vez mais atrativas.
Não se pode pensar somente em Salvador quando se fala em manifestações folclóricas baianas pois em todo o estado pode-se encontrar, ao longo do ano, particulares formas de manifestação da alma do povo baiano.
Se Salvador tem o Carnaval e a Festa do Bomfim, Cachoeira tem as Irmandade da Boa Morte, Santo Amaro tem o Maculelê, Armação tem a Puxada de Rede, Uauá tem o Reisado, São Félix tem o Samba-de-Roda.
Sem dúvida, a Bahia é o grande berço brasileiro da cultura popular e o seguro recanto das tradicionais manifestações folclóricas que caracterizam e contam a história deste país.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Folclore de Fortaleza

O folclore de Fortaleza é rico e diversificado. Tem suas raízes na miscigenação de crenças e das raças branca, negra e índia que colonizaram a região. Entre as manifestações folclóricas temos:
  • Bumba-meu-boi ou Boi-Ceará: são cantos e danças de culto religioso ao boi, de tradição lusoibérica.
  • Dança do coco: originada entre os negros. Na praia é somente para homens e no sertão é dançada aos pares.
  • Torém: dança indígena originária dos índios tremembés.
  • Maracatu: Dança e música o maracatu de Fortaleza é da linha Baque Virado ou Nação e é celebrado nos carnavais.
  • Violeiros, cantadores e emboladores: manifestação musical geralmente expressando críticas sociais. Tem origem típica nordestina.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Folclore é com Monteiro Lobato!

Uma sereia de cabelos verdes e uma voz capaz de encantar os navegantes. Um menino travesso que pula em um pé só. Pela primeira vez, os seres folclóricos saíram do imaginário popular brasileiro e foram parar nos livros. Monteiro Lobato enxergou a importância e a criatividade de um país pouco retratado na literatura. Ele soube captar o espírito do Brasil caipira como ninguém. Quem não se lembra do famoso personagem Jeca Tatu, um homem simples do campo que vivia as agruras de um país em condições ainda muito precárias? Ou dos inesquecíveis Tio Barnabé e Tia Nastácia, habitantes do Sítio do Picapau Amarelo?
Lobato não teve receio de dizer o que pensava em seus livros e artigos. Em pleno começo do século XX, num ambiente de pouca liberdade de expressão, ele mostrou sua indignação com a política e os problemas sociais que o Brasil enfrentava.

domingo, 17 de abril de 2011

Dança do Chorado

Dança afro, da região de Vila Bela da Santíssima Trindade, surgiu no período colonial, quando escravos fugitivos e transgressores eram aprisionados e castigados pelos Senhores e seus entes solicitavam o perdão dançando o Chorado. Com o passar do tempo a dança foi introduzida nos últimos dias da Festa de São Benedito, pela mulheres que trabalhavam na cozinha. Com coreografia bem diferente da demais danças típicas, são equilibradas garrafas na cabeça das dançarinas que cantam e dançam um tema próprio. Procuram manter a garrafa na cabeça, para mostrar que estão sóbrias, isto é, que apesar da festança ninguém está embriagado. Este passou a ser o significado atual da Dança do Chorado.

sábado, 16 de abril de 2011

Mato Grosso: Festa São Benedito

Geralmente realizada entre a última semana de junho e a primeira de julho, movimenta milhares de fiéis, em procissão com bandeiras e mastros tão criativos quanto singelos. Ao final da procissão é levantado o mastro em homenagem ao santo de devolão. Reza a lenda que o mastro, ao sabor do vento, sempre aponta para a direção da morada de quem vai conduzir as rédeas dos festeiros posteriores.Dias antes do festejo há um ritual no qual os festeiros percorrem as ruas da cidade levando a bandeira do santo de casa em casa e recebendo donativos.Durante os dias de festa há fartura de comida e diversas iguarias, com distribuição de alimentos, produzidos com muito capricho e carinho.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mato Grosso: Dança dos mascarados

Típica do município de Poconé, é uma mistura de contradança européia, danças indígenas e ritmos negros. A maior peculiaridade desta dança é o fato de participarem apenas homens, aos pares, metade dos quais vestidos de mulher, com máscaras e roupas coloridas onde predominam o vermelho e o amarelo. Para participar é necessário ser bom dançarino. Os componentes escolhem o modo de se apresentar, seja no papel de homem ou de mulher, e sentem orgulho do que fazem. A dança tem expressão muito forte e chega a comover aos que estão assistindo.
A Dança dos Mascarados não encontra semelhanças com nenhuma outra manifestação no Brasil e sua origem ainda é um mistério, porém a origem pode estar ligada aos índios que habitavam a região.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mato Grosso: Cavalhada

A Cavalhada é uma das mais ricas manifestações da cultura popular da cidade de Poconé, que rende homenagem a São Benedito. Uma festa organizada por famílias tradicionais da região, carrega o Pantanal para uma longínqua Idade Média. Trata-se de uma disputa entre mouros e cristãos. Nesta luta são utilizados dezenas de cavalos e cavaleiros que têm por objetivo salvar uma princesa presa em uma torre permanentemente vigiada.
Além do preparo dos cavaleiros, seus animais também revelam grande precisão de movimentos. A maior parte deles são cavalos pantaneiros, que souberam se adaptar às características do Pantanal.
Em dia de Cavalhada, a cidade de Poconé amanhece azul e vermelha, as cores que representam os cristãos e os mouros, um exemplo puro de cultura e paixão por suas raízes.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mato Grosso: Festa Divino Espírito Santo

A festa do Divino é uma festividade folclórico-religiosa. Tem início no domingo da Ascensão com o “levantamento do mastro” e termina na festa de Pentecostes, com a caracterização de uma Sala do Trono, onde o Imperador, a Imperatriz, e o Capitão do Mastro são os personagens centrais da festa. A festa do Divino remonta há séculos; trata-se de um paralelo entre o folclórico e o litúrgico, com um fundamento histórico trazido de Portugal durante a colonização.
Sendo uma festa originariamente portuguesa, ganhou nuances caboclas com a agregação de usos e costumes tipicamente regionais. Às cinco horas da manhã, há repique de sinos e espocar de fogos, ocasião em que as bandeiras do Divino percorrem as ruas centrais da cidade. Após a alvorada, é servido aos participantes iguarias típicas, cuja confecção nos foi legada pelos indígenas. Há cânticos e danças misturadas ao incessante bater dos pilões. Três personagens são encontrados na festa: a Imperatriz, o Imperador e o Capitão do Mastro.
A história da Imperatriz Isabel é contada com muita devoção pelos fiéis católicos. Era uma época conturbada no Brasil Português, quando a vida econômica agravava-se devido às lutas internas, políticas e bastidores, perturbando a administração e pondo em risco a segurança do trono. Foi então que a soberana teve a atitude insólita, abdicando a coroa em favor do Divino Espírito Santo. Profundamente religiosa e possuidora de uma fé inabalável, a soberana resolveu que, enquanto não fossem solucionados os graves problemas, reinaria sobre Portugal a terceira pessoa da Santíssima Trindade.
A Imperatriz recolheu-se a um convento e aguardou os acontecimentos. Atendendo aos apelos do povo, a Imperatriz resolveu retornar ao trono, realizando novo cortejo à Catedral, revestindo-se de sua realeza. A prtir de então, a Imperatriz repetia todos os anos, no dia de Pentecostes, a cerimônia de consagração do reino do Divino Espírito Santo, em ação de graças pela felicidade e prosperidade.
Com músicas apropriadas, tanto as de rua como as sacras, na sua maioria criação dos músicos locais, a igreja ricamente ornamentada, com seus paramento de cores berrantes, portais, altares, púlpitos, realiza a festa, que é comemorada com grande alegria e respeito religioso. O pão bento, a ser distribuído ao povo, é confeccionado pela fina flor mato-grossense, em casa escolhida para esse fim.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dança do Congo

Dedicada a São benedito, a Dança do Congo ou Congada é de origem autenticamente africana. Em Mato Grosso, é uma manifestação que ocorre tradicionalmente em duas cidades: Vila Bela da Santíssima Trindade e Nossa Senhora do Livramento.
Em Vila Bela, primeira capital de Mato Grosso, a Dança do Congo representa a resistência dos negros que continuaram na região, após a transferência da capital para Cuiabá, em 1835. Faz parte da festa de São benedito, que ocorre sempre no mês de julho, em uma segunda-feira, quando comemoram o dia do santo negro.
A Dança do Congo é a dramatização de uma luta simbólica travada entre dois reinados africanos. O Embaixador de um outro reino pede ao Rei do Congo a mão de sua filha em casamento; o Rei rejeita o pedido e, então, o Embaixador declara guerra ao Rei do Congo. O motivo da negativa teria sido que o Rei do Congo desconfiava que o Embaixador queria fazer uma traição ao reinado: após o casamento, ele tomaria o poder, possivelmente, matando o Rei, o Secretário e o Príncipe, ficando com a coroa. Em uma outra versão, o Embaixador é o mensageiro do Rei de Bamba, que manda pedir a mão da Princesa em casamento.
Os personagens do reinado do Congo são o Rei, o Príncipe e o Secretário de guerra; do reino adversário aparecem o Embaixador e soldados. A nobreza usa mantos, coroas e bastões coloridos e ornamentados com flores, como instrumentos; o Príncipe e o Secretário de Guerra vestem também saiote com armação de arame e peitoral em forma de coração como escudo. Os soldados usam espadas, capacetes com pena de ema, flores e fitas, e o cantil que contém bebida chamada “Kanjinjim”, feita à base de cachaça, gengibre, canela, cravo e mel que serve para estimular os dançantes.
As flores na indumentária servem para reverenciar São Benedito; como os personagens não podem ficar próximos ao oratório do santo, durante a dança, onde colocariam suas flores para promessa, eles arrumam um lugar no capacete, e as fitas representam o próprio oratório.
A movimentação da Dança do Congo é a caracterização da marcha dos soldados; o pulso vertical dos corpos, os movimentos dos braços com as espadas e o ritmo dos pés, dançando ou caminhando, remetem à marcha. A dança ocorre pela cidade toda, onde os participantes cantam e marcham ao som do ganzá, bumbo e cavaquinho que são tocados pelos músicos-soldados. Os dançantes têm por função também proteger os festeiros, que são o Rei, a Rainha, o Juiz e a Juíza, que carregam objetos sagrados, e ainda as promesseiras que acompanham o cortejo levando flores em homenagem a São Benedito.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mato Grosso: Rasqueado

A definição de rasqueado, segundo o dicionário, é: “arrastar as unhas ou um só polegar sobre as cordas sem as pontear.” Em Mato Grosso, o Rasqueado Cuiabano traz em sua história o final da Guerra do Paraguai quando prisioneiros e refugiados não retornaram ao seu país, integrando-se com as populações ribeirinhas, especialmente da margem direita do rio Cuiabá, onde hoje está a cidade de Várzea Grande. Esta integração influenciou costumes, linguajar e principalmente danças folclóricas, como por exemplo a polca paraguaia e o siriri mato-grossense. Da fusão das duas nasceu o pré-rasqueado, que se limitou aos acordes do siriri e cururu, devido ao seu desenvolvimento na viola-de-cocho, recebendo outros nomes como liso, crespo, rebuça-e-tchuça, para mais tarde participar de festas juninas, carnaval ou qualquer manifestação dos ribeirinhos. Com a proclamação da república os senhores de classe, precisando se aproximar do povo ribeirinho, tornaram o rasqueado um ritmo popular e de gosto geral, levando-o para praças e mais tarde para os salões de festa. Ainda foi discriminado nos saraus e rodas de poesia dos intelectuais, até que a juventude dos anos 20 e 30 trouxe para esses ambientes.

domingo, 10 de abril de 2011

Cururu

O Cururu é um canto primordial do folclore mato-grossense. A cantoria do cururu se classifica em sacra e profana.
A sacra, também chamada de função ou porfia, tem função religiosa e foi criada por fiéis. Geralmente acontece após as orações aos santos de devoção popular, na casa de amigos ou comunidade da igreja, e tem o objetivo de louvar ou homenagear aquele determinado santo.
A profana é aquela acompanhada pelos desafios e versos dos trovadores, por trovas de amor, declarações e desabafos ou desafio a alguém que roubou uma mulher amada e uma variada coreografia totalmente masculina.
Os cururueiros fazem roda caminhando no sentido horário, iniciam a dança com passo simples de pé esquerdo, pé direito, e vice-versa. “Fazem frô”, floreiam à vontade, que é o movimento de ajoelhar-se até dar rodopios completos, ou seja, embelezar a dança. Os instrumentos da cantoria são viola-de-cocho e um ganzá ou cracachá. A festança, onde estão presentes cururu e siriri, duram toda noite, até os primeiros raios de sol. Os foliões se divertem, expressando essa pura riqueza cultural.

sábado, 9 de abril de 2011

Folclore do Mato Grosso: Siriri

O siriri é uma das danças mais populares do folclore mato-grossense. Praticada na cidade e na zona rural, tem presença indispensável em festas, batizados, casamentos e festejos religiosos. É uma dança que lembra celebrações indígenas. Dando por homens, mulheres e até crianças, numa coreografia bastante variada e sem um interpretação definida, acontece em sala de casas, varandas ou mesmo terreiros. A música é simples, falando de coisas da vida, desde o nascimento, família e a presença de amigos. Os tocadores são também os cantadores e quem dança também faz o coro. As vozes são estridentes, entoam tristeza e nostalgia nas melodias tristes, e alegria e descontração nas canções de festejo. Torna-se irresistível para quem vê; logo quer entrar na dança, que transmite respeito à vida e o culto à amizade.
Ainda é desconhecida a origem do nome; há duas versões: uma de ser originado de uma palavra portuguesa e outra do nome de um cupim de asas que tem o mesmo nome e o vôo parecido com os passos da dança.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Folclore do Mato Grosso: Viola de Cocho

Instrumento tipicamente mato-grossense, é utilizado nas tradicionais festas, onde há dança de Cururu e Siriri, tanto na capital como nas regiões ribeirinhas e pantaneiras.
Confeccionada, artesanalmente, a partir de um tronco de madeira inteiriça, ainda verde, é esculpida no formato de uma viola que é escavada no corpo até que suas paredes fiquem bem finas, obtendo-se assim o cocho propriamente dito.
As primeiras violas-de-cocho tinham suas cordas feitas de tripa de macaco, ouriço ou da película de folha de tucum, o que tornava o som diferente; hoje em dia, elas já são feitas de cordas de nylon por motivos ambientais.
A cola usada era da bolsa respiratória pulmonar de peixes, como Pintado, Jaú e Piranha.
Sua ressonância, que varia entre maiôs ou menor, de acordo coma música a ser tocada, depende da espessura das paredes do tampo. As violas geralmente medem 70 cm de comprimento.São usadas tanto no cururu quanto no siriri e até em qualquer outro tipo de música.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Festas de Minas Gerais!

Calendário de Festas Janeiro: Festa de Reis Fevereiro: Carnaval, Blocos Carnavalescos, Entrudo.
Março: Semana Santa. Um estudo à parte relacionado com as cidades históricas, principalmente Ouro Preto.
Maio: Mês de Maria. Procissões. Coroação da Santa.
Junho: Os três Santos do mês. Corpus Christi.
Julho: Divino Espírito Santo em Diamantina.
Agosto: Mês do Folclore.
Setembro: Carvalhada em Caeté, no Distrito do Morro Vermelho.
Outubro: Congadas, Dia do Padroeiro, N.S. do Rosário.
Dezembro: Ciclo Natalino.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Culinária de Minas Gerais!

Culinária Angu Mineiro, Canjica (grão de milho cozido e temperado com leite de coco e açúcar - é o Munguzá do Nordeste), Arroz Ferrado (arroz cozido com lasquinhas de carne de vaca. É o Arroz Tropeiro), Mocotó (mocotó de boi, depois de cozido com claras de ovos e gemas, canela, cravo, açúcar), Pipoca Salgada, Tutu (guisado de feijão cozido, amassado e coado, depois engrossado com farinha de mandioca. Acompanhamento: lingüiça e torresmos), Doçaria (doce de todas as frutas existente e sasonais, Mingau de Milho Verde, a Canjica do Nordeste, Pamonha, Pé-de-Moleque, Beiju, Brevidade).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Artesanato em Minas Gerais!

Artesanato O artesanato de Minas Gerais tem muito a ver com o Folclore, bonecas de pano, peões de madeira feitos a mão, etc

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Danças Folclóricas de Minas Gerais!

Danças Batuque, Lundú, São Gonçalo (de promessa) em Januária, Cateretê (Catira), Caxambû de cultura Banto (é, na verdade, uma variação do Jongo), Dança dos Velhos (semelhante à do Rio de janeiro e São Paulo), Mineiro-Pau, Zona da Mata (dança de roda ao som de chocalhos, pandeiro, reco-recos, ferrinhos e caixas), Folia de Reis, o Boi (Boi -de-Manta, Boi-Janeiro, Boi - Marruê - com características mineiras. É, como diz Saul Martins, "uma sobrevivência totêmico-fetichista, obra sincrética resultando do encontro duradouro de inúmeras culturas"), Congado ou Congo, Romaria (pagadores de promessas em Congonhas), Carvalhada.

domingo, 3 de abril de 2011

Lendas de Minas Gerais

O folclore em Minas Gerais baseia-se nas manifestações culturais populares daquele estado do Brasil.
Lendas Cavalo Invisível - mito que aparece na Quaresma. É o cavalo que passa a galope Mãe-d'água - mulher encantada que reina debaixo das águas do rio São Francisco e o tão conhecido Saci, a Lenda do Chico Rei - é muito longa mas lembra o homem que governava o povo do Sul da África nas proximidades da foz do Rio Congo. Preso, subjugado e trazido para o Brasil. Nas costas do Rio de Janeiro seu barco fundou num lugar chamado Valongo. Todos os negros que estavam neste barco foram comprados por mineiradores de Vila Rica - hoje Ouro Preto, MG. Dada sua cultura, ocupou lugar de destaque junto aos escravos e também junto à Igreja. Conseguiu fundar uma guarda de "Congos", da qual participavam todos os negros forros de sua grei. participavam das festas de N.S. do Rosário sempre com a licença do Sinhô e da Sinhá.

sábado, 2 de abril de 2011

Folclore do Paraná

situação do Paraná foi a mesma das outras unidades federativas do Brasil no aspecto de sua formação étnica. A vida social começou no litoral e espalhou-se para o planalto de Curitiba. Depois para os "campos gerais".

As famílias colonizadoras foram portuguesas e brasileiras, nascidas em São Paulo, especialmente nas praias, pontos iniciais de fixação demográfica.

Sua população, no século passado, apresentava a seguinte porporção: Brancos 64%, Pretos, 5%, Caboclos 12%, e Mestiços 19%. Esses elementos indicam o domínio dos mitos europeus e indígenas.

O folclorista paranaense Dr. Francisco Leite, escreve:

"Por ser um estado novo, é natural que o Paraná não tenha lendas originais, além das que adotou, com pequenas variações. É assim que nas selvas paranaenses o Saci faz diabruras e o Lobisomem e a Boi-tatá assusta aqueles que andam a noite. O Saci ora é pássaro, ora é um moleque de uma perna só. A Mula-Sem-Cabeça, também galopa em nossos campos, arrepiando o cabelo dos matutos. E Temos ainda, outras tantas lendas, variantes das que correm pelo Brasil de norte a sul, como a da Caapora, Jurupari, Iara, Urutau, etc., etc.".

Segundo o mesmo folclorista, há, entretanto, lendas curiosas e lindas, algumas que fogem do escopo desse trabalho.

No tocante aos mitos propriamente ditos o Paraná se inclui nos "mapas de exclusão", Não possuindo mitos originais, dando apenas a formatação local, ora mudando o nome dos personagens, ora substituindo a linguagem, ou criando novos ambientes para dar vida as "assombrações".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Folclore de Minas Geraia

A historia de Minas Gerias está em seu próprio nome. É a região onde há montanhas com esmeraldas, rios repletos de diamantes, terras com ouro aflorando aos olhos dos visitantes.

As cidades nasceram debaixo de muitas guerras e amparadas pelo ciclo do ouro e das pedras preciosas. Assim, para as Minas Gerais, correram as forças do Brasil colonial, pois era preciso defender aquelas cobiçadas terras.

O folclore mineiro é, portanto, um prolongamento, enorme, assimilado, com traços próprios, mas um prolongamento, do folclore paulista. Mas esse prolongamento não é uma dependência completa dos mitos dos outros estados.

Assim, os mitos gerais europeus e indígenas, especialmente dos Tupis, foram levados e disseminados pelas bandeiras, mas o trabalho de mineração trouxe outros elementos distantes que movimentaram a imaginação mineira. O Ciclo do Ouro, se confundiu com os "mitos do fogo" e estes com o Mboitatá.
 
Assim, a "Mãe do Ouro" reuniu vestígios de outros mitos. Entre eles a Mãe d'Água, o Batatá, chamado em Minas Gerais, Batatal, Bitatá, como na Bahia é o Biatatá. Sacis-Pererês e Mãos-Peladas, assustam ao redor das casas. Fantasmas noturnos deixam as crianças em pânico. Monstros de todos os tamanhos se arrastam pelas montanhas, saindo das furnas sombrias, como o Minhocão, que sai do leito do rio São Francisco cavando passagens subterrâneas.

O folclore do rio da Prata deixou migrar algumas de suas criações preferidas. Os negros, reunidos em multidão, deram um aspecto diferenciado aos seres fabulosos que se confundiam com a noite.

Minas Gerais permite uma divisão, arbitrária e convencional, em seus mitos. A zona do São Francisco, a zona limítrofe, que é longa e complexa, com Goiás, a zona sul com as mil portas da influência fluminense e justamente uma das mais densamente povoadas, são os rumos que nortearão os estudiosos. Essas zonas não têm, mitos peculiares, desta e daquela espécie, o que facilita um determinante linha de sua origem.

Os mitos gerais de origem européia são predominantes. A influência negra é muito mais sensível embora não caracterize a criação de nenhum ser sobrenatural, exceto nos contos dos medos infantis.

O Caapora, onipotente, perde sua importância para o Saci-Pererê, que não pertence a nenhum dos dois, foi exportado pelos nortistas.

Os mitos secundários e locais são, na maioria, comuns a São Paulo. Outros são oriundos de Goiás e Mato Grosso. Aqueles do "Ciclo do Ouro" que vieram através das "Bandeiras", acabaram por encontrar um ambiente tão acolhedor que além de ficaram ainda estão florescendo.