quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Caipira


O caipira paulista é também o mameluco, que nasceu no planalto e depois fixou-se nos grotões da serra. É o paulista legítimo que tem dentro de si a valentia lusitana e a calma do índio. É o branco amorenado pelos trópicos e pelo sangue tupi. Nome com que se designa o habitante do campo. Equivale a labrego, aldeão e camponês em Portugal; roceiro no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará; tapiocano, babaquara e muxuango, em Campos dos Goitacases; matuto em Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas; casaca e bahiano no Piauí; guasca no Rio Grande do Sul; curau em Sergipe; e finalmente, tabaréu na Bahia, Maranhão e Pará. Têm-se atribuído diversas origens ao vocábulo caipira; duas há, porém, que têm merecido particular atenção da parte daqueles que se dão a esses estudos, e são caapora e curupira, ambos vocábulos da língua tupi: caapora, cuja tradução literal é habitante do mato. Curupira designa um ente fantástico, espécie de demônio, que vagueia pelo mato, e só como alcunha injuriosa poderia ser aplicado aos camponeses. Também conhecido como caboclo: Mestiço de branco com índio; sertanejo, homem do sertão; do tupi Kari'boka, que procede do branco.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Dança Moçambique


Moçambique é dança de origem africana provavelmente de Moçambique, que lhe emprestou o nome. É mais freqüentemente dançado em São Paulo, Minas Gerais e Brasil central. Primitivamente, no Brasil, era dança de salão, levada a efeito nas Casas Grandes dos fazendeiros. Com o tempo transformou-se, deixando de ser um bailado puramente africano, para ser uma mistura de várias danças, confundindo-se, às vezes, com a congada, fandangos, etc. Estas festas são, geralmente, batizadas com nomes de santos. Atualmente, o Moçambique é dançado entre os caboclos. Tomam parte nele vários personagens: o capitão chefe e seu substituto, dois guias, dois tambores, quatro pajens que levam o chapéu de sol do Rei e da Rainha, dois capitães, espadas, coronel, alferes da Bandeira.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Dança Mana - Chica


Mana-Chica não é apenas uma dança, mas um "tipo de dança" que faz parte sob o nome congênere de "fado", assim como: marreca, andorinha, feijão-miúdo, etc. É uma variante da quadrilha. Mana-Chica é mais dançada no Estado do Rio, principalmente em Campos.
Instrumento musical: Orquestra regional

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Escolas de Samba


Desde o início dos anos 30, as escolas desfilaram sem caráter oficial; em 1932, a Mangueira ganhou o primeiro concurso. A partir da década de 50, as escolas de samba formalizaram uma estrutura que, de maneira geral, se mantém até hoje

domingo, 27 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Carnaval



Festa popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia).
O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu.
Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Dança Chiba




Chiba é uma dança sapateada em que os pares dançam separados. É animada apenas por uma viola. Encontrada na zona praieira do Estado do Rio de Janeiro.
Indumentária: traje comum, sendo que os homens usam também tamancos.
Instrumentos musicais: viola.
Coreografia: os cantadores formam uma roda e vão lançando versos. Um casal entra no meio da dança. Terminando, convida outro casal para lhes substituir com uma umbigada. E assim, sucessivamente. O ritmo da toada é binário e marcado com palmas dos figurantes. O ponto alto, mais sugestivo e mais impressionante da dança é representado pelo sapateado. O matraquear das dezenas de tamancos ferindo o solo produz ruídos ensurdecedores e atordoantes.

Folclore Região Sudeste: Dança Cateretê


O Cateretê é uma das danças mais genuinamente brasileira. É de origem indígena, tal qual o seu próprio nome, tirado da língua Tupi. É uma espécie de sapateado brasileiro executado com "bate-pé" ao som de palmas e violas. Tanto é exercitado somente por homens, como também por um conjunto de mulheres. O Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala, no Nordeste. Em Goiás é denominado "Catira".
Indumentária: os homens usam trajes comuns de passeio: sapatos, calças, paletós, camisa e gravata. Quando composto também de mulheres, estas usam igualmente indumentária comum.
Instrumentos musicais: violas, batidas das mãos (palmas) uma contra a outra.
Coreografia: é interessante a coreografia registrada por Rossini Tavares de Lima, em seu livro "Melodia e Ritmo no Folclore de São Paulo", assim apresentada: "Para começar o Cateretê, o violeiro puxa o rasqueado e os dançadores fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir o violeiro canta parte da moda, ajudado pelo "segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. Prossegue depois o violeiro o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos. Quando encerra a moda, os dançadores após o bate-pé- e bate-mão, realizam a figura que se denomina "Serra Acima", na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Feita a volta completa, os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Serra Abaixo", sempre a alternar o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Serra Abaixo" cada um deve estar no seu lugar, afim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos". "O Cateretê encerra-se com o Recortado, no qual as fileiras trocam de lugar e assim também os dançadores, até que o violeiro e seu "segunda" se colocam na extremidade oposta e depois voltam aos seus lugares. Durante o recortado, depois do "levante", no qual todos levantam a melodia, cantando em coro, os cantadores entoam quadrinhas em ritmo vivo. No final do Recortado, os dançadores executam novamente o bate-pé, o bate-mão e os seis pulos.

Folclore Região Sudeste: Dança Calango


Calango é uma dança popular profana, usada principalmente nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. É composta de cantos e bailes, separadamente ou em conjunto.
Indumentária: traje comum.
Instrumentos musicais: orquestra regional.
Coreografia: o Calango é apresentado em ritmo quaternário. Os pares dançam enlaçados, em estilo de samba. É de composição simples e de coreografia livre.

Folclore Região Sudeste: Dança CAIAPÓS


O caiapós era muito dançado pelos indígenas da zona litorânea paulista. Com o avanço da civilização e o recuo dos silvícolas para as margens do Xingu, através dos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, até o Pará, e por onde passaram, os Caiapós deixaram sua dança "caiapós", com raízes mais profundas no primeiro "habitat". Os caiapós, no Amazonas, não admitem contatos com os civilizados com os quais estão em permanente guerra, talvez inspirados no antigo ódio por haverem sido escorraçados pelos brancos. O caiapó paulista é uma dança coletiva.
Indumentária: indígena.
Instrumentos musicais: corneta (de chifre de boi), chocalhos, pandeiros, reco-recos, zabumba.
Coreografia: os participantes marcham pelas ruas, em coluna por dois. Entrementes, saltam e gritam ao som da música. Procuram uma praça qualquer e fazem um circulo, sempre cantando e dançando. O cacique faz marcação com sua corneta de chifre. Cantam e dançam e, em dado momento, um índio pequeno se lança ao chão "morto". Em seguida, cai outro, também "morto". O circulo de dançarinos rodeia os mortos e os índios se debruçam no chão, ficando somente o cacique de pé, tocando a corneta. Os índios debruçados, esconjuram os males que vitimaram os dois meninos. Obtêm êxito e os dois "mortos" ressuscitam. Levantam-se todos e começam a pular e a dançar. Satisfeitos, os caiapós terminam a cerimônia retirando-se aos gritos e aos pulos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Bate Pé




Bate-Pé é uma dança sapateada (regional), simples e de fácil execução, mas muito pouco
difundida. Sua realização não depende de orquestra ou de emprego de instrumentos, bastando
apenas uma viola para animar o folguedo. É mais popular no interior do Estado de São Paulo.

Data de registro: meados do século XX (~1950)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Dança BATE-CAIXA




Bate-Caixa é uma variante do Jongo, É uma dança coletiva do interior do Estado de São Paulo,
seu berço de origem. O Bate-Caixa é dançado por ocasião das festas do Divino Espírito Santo.


Instrumentos musicais: tambor e instrumentos regionais.

Coreografia: é uma dança de roda. Apresenta como característica, diferente das danças comuns
deste gênero, a circunstância de ficarem os músicos no meio do circulo. Os dançarinos giram
sempre em cadência lenta. O tambor (caixa surda) destaca-se dos demais instrumentos. Cantam
em diálogo: “O cabelo do santo... é ouro só”. “Os olhos do santo... é ouro só”. “Os dentes do
santo... é ouro só”.



Folclore da Região Sudeste: Favela


A favela é um fenômeno da cidade grande.
A falta de investimento, por parte do governo, em infra-estrutura nas cidades do interior, por exemplo, é um dos motivos dos moradores se mudarem para as cidades grandes em busca de educação (escolas), trabalho, ou mesmo lazer.
Outro motivo é os grandes proprietários de terra que, mecanizando os meios de produção na lavoura e pecuária, deixam milhares de famílias sem emprego e elas acabam deixando o campo para tentar a vida nas cidades grandes. Este foi um dos motivos que criou o Movimento dos Sem Terra, quando, na Região Sul, milhares de famílias, sem terra para plantar e sobreviver, migraram para outras regiões, se organizaram em torno de um mesmo objetivo e passaram a exigir um pedaço de terra do governo por que não queriam viver como favelados à margem da cidade grande.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Folclore da Região Sudeste: O Monjolo e o Pilão


O habitante do meio rural procura morar nas proximidades do rio, riacho, lugar onde haja água. Se ele é plantador de milho terá uma das mais prestativas máquinas: o monjolo.
Dizem que o monjolo veio da China. Mas ele foi introduzido no Brasil pelos portugueses. Braz Cubas introduziu o monjolo em Santos – São Paulo. O monjolo trabalha no Brasil desde a época colonial. É uma máquina rudimentar, movida a água, constando de duas peças distintas: o pilão e haste. O pilão é escavado na madeira, com fogo. Depois é aparelhado com formão. A madeira usada é a peroba, a canela preta ou o limoeiro. No pilão coloca-se o milho, arroz, café ou amendoim, para socar. A haste do pilão também é feita de uma madeira dura: maçaranduba, limoeiro, guatambu, canela preta ou peroba. A haste compõe-se de duas peças: a haste propriamente dita, onde está escavado o cocho, a mão do pilão e a forqueta, onde se apóia a haste, é chamada de “virgem”.
A água movimenta o pilão. A água, que chega através de uma calha, cai no cocho e quando este fica cheio abaixa com o peso da água elevando a haste. Assim que a água escorre a haste desce pesadamente, socando o que esteja no pilão. Chamam de “inferno” o poço que fica sob o “rabo” do monjolo... é um inferno de água fira.
Vários são os tipos de monjolos: de martelo, de roda, de pé, de rabo, de pilão de água. O monjolo é o “trabalhador sem jornal”... como diziam antigamente, sem nenhum ganho. Os caipiras diziam: “trabalhar de graça, só monjolo”.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Folclore da Região Sudeste: Forno Caipira


O morador da roça, por causa da distância da cidade, teve que se tornar auto-suficiente quanto a certos alimentos, dentre eles o pão. Eis por que surge, como complemento da casa caipira, o forno. Além de ser usado para assar os pães, no forno são preparados os assados, os pernis, os leitões.

Folclore da Região Sudeste: Artesanato de São Paulo


Os portugueses quando avistaram as terras de São Vicente, encontraram um povo colorido que por estas bandas viviam. Foram os primeiros a chegarem e a serem recebidos por braços hospitaleiros.
Depois dos patrícios, muitos outros também aportaram: espanhóis, italianos, alemães, japoneses e outros tantos, e cada povo trouxe em sua bagagem muita vontade de vencer e saudade de sua terra natal.
Ora, o trabalho ocupava grande espaço, mas para visualizar suas raízes eram de suas mãos que brotavam cerâmicas, rendas, bordados e comidas típicas de cada região.
E assim nasceu o Estado de São Paulo, cheio das tradições e das cores do mundo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Folclore da Região Sudeste: Artesanato do Rio De Janeiro


As bonecas não poderiam ter nome melhor! Há 11 anos, a artesã, educadora popular e militante do Movimento de Mulheres Negras, Lena Martins, imaginou e fez uma boneca de pano muito simples, sem o uso de cola, ou costura: só nozinhos dariam forma à silhueta. Flávia, Sônia, Regina, Angélica, Shirley, Luiza, Maria José aprenderam com ela. Estava formada a Cooperativa Abayomi. Reunidas, essas oito mulheres dão continuidade a um trabalho que começou em 1988, produzindo com retalhos bonecas-sonho.

Folclore da Região Sudeste: Artesanato do Espírito Santo


Símbolo da cultura popular do Espírito Santo, a panela de barro preto "autêntica" tem grife: Associação das Paneleiras de Goiabeiras. Arte que sofreu pouquíssimas alterações nestes quatro séculos de existência. Herança passada de mãe para filha, o trabalho começa com a extração da argila, no barreiro do Vale do Mulembá, bairro Joana D'Arc. Uma vez limpa, amassada e hidratada, a bola de argila é colocada sobre uma superfície plana e vai sendo moldada manualmente (lá ninguém usa torno) até ganhar a forma de panela, fôrma, cumbuca... Depois de alisadas, acarinhadas, as peças são postas para secar. A seguir, são acomodadas num leito de madeira onde uma chama viva queima as peças lenta e cuidadosamente. O processo de tingimento, chamado de açoite, é feito com um maço de vassourinha do campo mergulhada em tinta de tanino. Exatamente com há 400 anos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Folclore da Região Sudeste: Artesanato Minas Gerais


Uma cidade, é só escolher: norte, sul, leste ou oeste de Minas Gerais. Um passeio por suas ruas, o cheiro de pão de queijo e o tom bucólico irão apresentar este povo. Estão a sorrir, as mãos não param, sentados na soleira da porta ou no cantinho da sala, tecem ou bordam, pintam, entalham ou modelam. Estão é a trabalhar!


Em um giro rápido, de Ouro Preto a Tiradentes, obras e esculturas de artistas novos e antigos ornam as belas igrejas e mosteiros. Povo de tradição nas imagens, desde Aleijadinho ensinam ao país o valor da oração e principalmente a compensação por bem tratarem da nossa história. Atravessando o Vale do Jequitinhonha, no nordeste do Estado, o barro toma outras formas e a tecelagem novos tons. Economia forte nesta região, exportam para os grandes centros urbanos suas peças utilitárias ou figurativas. No norte, o município de Cônego Marinho, a fabricação de objetos cerâmicos movimenta a economia local. Sabedores e empreendedores, implementam ações que garantem a sustentabilidade da produção artesanal.

Folclore da Região Sudeste: Artesanato


Um giro rápido pelas cidades mineiras: as mãos não param; sentados na soleira da porta ou no cantinho da sala, tecem ou bordam, pintam, entalham ou modelam... A arte que sofreu pouquíssimas alterações nestes quatro séculos: o artesanato capixaba. Do Rio de Janeiro a cidade das maravilhosas bonecas Abayomi. Em São Paulo ao longo dos séculos, colonizadores e imigrantes trouxeram muitos hábitos que foram transformados em arte.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Folclore da Região Cento - Oeste: Como Nasceram as Estrelas


No planalto oriental do Estado do Mato Grosso vive uma tribo de índios. Os orarimogodogue, mais conhecidos por bororo. Têm o hábito de se reunir todas as noites. Em voz alta, contam os fatos do dia, as aventuras e as lendas. É uma das mais vivas maneiras de perpetuarem a tradição oral da tribo. As estórias não começam com o “era uma vez”. O narrador inicia a lenda dizendo “eu digo a vós, meus filhos, a vós, meus netos, e vós escutais a minha palavra...”

Folclore da Região Centro - Oeste: A Criação do Mundo


Dentre as lendas carajá está a da criação do mundo. São unânimes em afirmar que originaram do Furo das Pedras. Um local debaixo d’água, perto do rio Macaúba. Seus parentes, os javaé e os xambivá, teriam a mesma origem. Afirmam que os animais se transformam em homens e vice-versa. Acreditam que os astros são povoados por seres humanos, que descem à terra.

Folclore da Região Centro Oeste: A Lenda do Milho


Uma lenda pareci da origem do milho: Um grande chefe pareci, dos primeiros tempos da tribo, Ainotarê, sentindo que a morte se aproximava, chamou seu filho Kaleitôe e ordenou-lhe que o enterrasse no meio da roça assim que terminasse os seus dias. Avisou, porém, que, três dias depois da inundação, brotaria de sua cova uma planta que, algum tempo depois, rebentaria em sementes. Disse-lhe que não a comesse: guardasse-a para a replanta, e ganharia a tribo um recurso precioso. Assim se fez; e apareceu o milho entre eles.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Gu-ê-Crig


É um herói popular nas estórias picarescas dos indígenas cadiuéu, remanescentes, no Brasil atual, dos índios de língua guaicuru, constituindo a última tribo dos mbayá. Gu-ê-Crig é uma espécie de Pedro Malasartes, um Eulenspiegel, despudorado, zombeteiro, ladrão e covarde, aproveitador de todos os expedientes, mas cheio de vivacidade, atrevimento, originalidade.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Kilaino


Duende dos bacaeris, caraíbas do Mato Grosso, variante do Caipora, Curupira, Saci-Pererê. Capistrano de Abre descreve o Kilaino: “entes maléficos, que moram no mato ou no morro, assumem formas diferentes, alimentam-se de ratos e passarinhos, não passam água, escondem a caça morta e as setas atiradas, as coisas que caem das mãos da gente; respondem aos gritos de uma pessoa, e gritam para transviar quem anda no mato”.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Onça da Mão Torta


Os caçadores, principalmente, temem muito encontrar este monstro. Trata-se de uma onça enorme, rajada e que tem a pata dianteira torta. Ela é enfeitiçada e, por mais que a atirem, não sofre nada. Isto porque a onça é a alma penada de um vaqueiro velho. Este vaqueiro foi muito ruim, tendo cometido toda a sorte de crimes. Matava, roubava, perdia moças. Enfim, era muito mau.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Mula - Sem - Cabeça



A mula-sem-cabeça é um personagem de uma lenda do folclore brasileiro que possui corpo de eqüino e uma tocha de fogo no lugar da cabeça. De acordo com a região do nosso país pode haver variações na nomenclatura utilizada, podendo ser chamada de: “Mulher de Padre”, “Mula de Padre”, “Mula Preta”, entre outros.


Entre as diversas descrições que existem é comum atribuir à mula-sem-cabeça as seguintes características:


- sua cor é sempre marrom ou preta;
- não possui cabeça, mas sim uma tocha de fogo no lugar;
- traz, nos cascos, ferraduras de ouro ou de prata que fazem um enorme barulho;
- relincha muito alto podendo ser ouvida há muita distância;
- costuma imitar gemido humano;
- só aparece altas horas da madrugada e dá preferência às noites de quinta e de sexta-feira quando faz lua cheia;



Como é comum às histórias populares não se sabe ao certo quando nem em que região brasileira surgiu essa lenda. O certo, é que é uma história contada com o firme intuito de assustar as meninas e moças dos povoados brasileiros desde os primeiros séculos. Dessa forma os pais buscavam manter, por meio do medo, o controle das filhas e a garantia da manutenção de princípios morais.


A versão mais conhecida


A versão mais conhecida e tradicional da lenda conta que, há muitos anos uma jovem e um padre de um arraial do interior do Brasil, se apaixonaram e tiveram um relacionamento amoroso. Como castigo pelo pecado cometido recaiu sobre a moça uma maldição que a condicionou para todo o sempre a transformar-se, em determinadas noites, em uma terrível mula de cabeça de fogo que sai pelas ruas “cumprindo o seu fadário, a correr desabaladamente, ao fúnebre tilintar de cadeias que arrasta, amedrontando os supersticiosos” (Aurélio, 2004). Acreditam então, os mais supersticiosos, que sempre que, em algum lugar, uma mulher e um padre tiverem um relacionamento amoroso a maldição se repetirá.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Dama de Branco


Visagem, assombração, fantasma, duende que aparece aos garimpeiros do rio das Garças: Passeia à noite pelas estradas. Segue à frente dos cavaleiros, leve e inalcançável. Vai de porteira a porteira. Desaparece às vezes na sombra de uma curva do caminho. Anda pelos arredores dos velhos casarões.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Arranca-Língua


Monstro gigantesco, macacão de mais de dez metros de altura, que atacava os rebanhos bovinos de Goiás, abatendo as vacas e arrancando-lhes apenas a língua, deixando o corpo intacto. A imprensa goiana, mineira e carioca registrou o mito, divulgando os depoimentos espavoridos dos fazendeiros.

domingo, 29 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro Oeste: Romãozinho


Romãozinho é uma criatura do folclore brasileiro. Ele é um menino, filho de um agricultor e já nasceu mau . Ele sempre gostou de maltratar os animais e destruir as plantas.

sábado, 28 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Bicho Papão


O bicho-papão é uma figura fictícia da tradição da maioria das sociedades, que representa uma forma de meter medo às crianças, caso não façam o que lhes é mandado tal como outros seres míticos como o homem do saco, coca, ou monstro do armário.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: O Vaqueiro do Pantanal


Em cada região o homem cria o meio mais de transporte mais adequado para vencer longas distâncias. No pantanal mato-grossense não era possivel usar canoa sempre.
A solução era usar o cavalo. Mas uma doença, a epizootia, atacou os primeiros que chegaram lá. É uma doença que ataca cavalos e burros, mais conhecida por “moléstia das cadeiras”. Desgoverna a parte traseira do animal, mas não ataca os bois.
O boi virou boi-cavalo. Em vez de freio, furam a cartilagem septo-nasal e enfiam uma argola. Nela apóiam uma rédea, que depois passam no chifre do boi-de-sela. No lombo liso, um arreio semelhante ao usado em cavalos.
O Vaqueiro do Pantanal cavalga o boi-de-sela usando longas perneiras de couro macio. Geralmente usa pele de veado, animal comum nas Campinas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Garimpeiro


A denominação - garimpeiro - veio de um vocábbulo pejorativo - Grimpeiro.
Os grimpeiros subiam as grimpas no passado, fugindo ao fisco. Eram os grimpeiros, mais tarde garimpeiros. O nome hoje não tem mais o sentido pejorativo. É o nome de homens arrojados que lutam na extração de pedras preciosas, ou de ouro, nos terrenos de aluvião ou quebrando cascalhos para a busca de metais preciosos.

O garimpeiro muda a fisionomia da paisagem em que trabalha, por causa dos desmontes. A técnica extrativa ainda é muito primária. Muitos garimpeiros são explorados. Pagam taxas altas. Quando não tem ferramentas nem capital recorrem ao meia-praça, pessoa que financia e fica com 50% do que é encontrado. Existe também o sistema de sujeição: picuá-preso, a pessoa que faz o empréstimo tem o direito da "primeira vista", de escolher o que quiser e pagar o preço que impuser.


Na Região Centro - oeste os garimpeiros se predominavam.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Cururu


O cururu é uma dança sagrada dos índios brasileiros, de origem tupi-guarani. Anteriormente era dançada nos templos. Mais tarde foi transportada para o domicilio do festeiro, onde se coloca um altar com o Santo Padroeiro do respectivo culto. É dançada exclusivamente por homens. O seu sítio de maior difusão é o Estado de Mato Grosso.

Coreografia: os bailarinos formam em duas filas, uma de frente para a outra, tendo ao lado o altar com o Padroeiro. Afastam-se em fila indiana, dando dois passos para a direita e dois passos para a esquerda, transformando a fila em pequenos círculos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Cavalhada



As "Cavalhadas", de Pirenópolis - Goiás, destacam-se entre os eventos da Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre naquela cidade goiana 40 dias após a Páscoa. Este drama profano e popular atrai todos os anos grande número de espectadores ao local.

As "Cavalhadas entre Cristãos e Mouros" foram introduzidas nesta área do planalto central brasileiro nas primeiras décadas do século XIX. Desenvolvem uma temática em torno de lutas simuladas de Carlos Magno e seus cavaleiros (os doze Pares de França) enviados para combater os Mouros na Península Ibérica. São representadas durante três dias, depois da procissão do Domingo, na parte da tarde, em local especialmente destinado a este tipo de manifestação folclórica e que sempre termina com a vitória dos cristãos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Volta Senhora


Volta Senhora é quadrilha que faz parte dos diversos motivos do Fandango, do qual ela é a mais vistosa em efeitos coreográficos e cenográficos, sendo ela dançada principalmente no Estado de
Goiás.

Instrumento musical: viola.

Coreografia: Homens e mulheres que ao compasso da viola e do canto do violeiro, executam inúmeras figuras e variações, enquanto isso os dançadores são sempre ligados entre si por lenços ou paus apropriados.


domingo, 22 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Dança Serra Moreninha


Serra Moreninha é uma dança popular muito apreciada nos pousos de foliões do sul de Goiás. É uma espécie de bailado. Está classificada entre as danças de salão.

Instrumentos musicais: orquestra regional.

sábado, 21 de novembro de 2009

Folclore Região Centro - Oeste: Dança recortado


O Recortado lembra o Cateretê, do qual recebe influência, embora contraste com este pela sua vivacidade e por ser mais movimentado. É mais dançado no Brasil Central.

Indumentária: caipira típica da região.

Instrumentos musicais: viola.

Coreografia: o Recortado é dançado às vezes em fileiras opostas com danças de fileira que acabam se transformando em roda. Nesta dança os cavalheiros dançam sapateando e dando umbigada ora para a direita, ora para a esquerda. Trocam de lugares, têm passos cruzados acompanhados de palmas.
O Recortado tando pode ser executado com ou sem canto.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Dança Palminha



Palminha é uma modalidade de quadrilha rural. É muito apreciada no Brasil Central, principalmente em Goiás. Representa mais um divertimento, no qual os participantes se entretêm com cordialidade e alegria. Dançam homens e mulheres ao mesmo tempo, aos pares.

Instrumento musical: Orquestra regional.

Coreografia: Um cavalheiro, agitando um lenço, caminha em direção a uma das damas e lho entrega, à guisa de convite para dançar. Dançam aos pares, soltos. Por fim, a dama entrega o lenço a outro cavalheiro, e dança igualmente com este. O lenço somente é devolvido ao dono depois de fazer uma volta completa.

A palminha tem figuras semelhantes às da quadrilha, principalmente os movimentos centrais, com passo à direita e à esquerda. Batem palmas, mão contra mão, no sentido inverso ao do passo, e depois com as duas mãos, girando em seguida. A coreografia desta dança assemelha-se à do caminho da roça.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Dança Marimbondo




Marimbondo é uma dança popular de composição fácil, apreciada principalmente no Estado de Goiás. É mais um divertimento no qual o bailarino revela sua habilidade de dançarino-equilibrista, enquanto os circunstantes acompanham seus movimentos com interesse e algazarra. O fracasso do dançarino exibicionista é sempre motivo de graça para a assistência.

Instrumentos musicais: pandeiro e cuíca.

Coreografia: os figurantes formam um circulo. O pandeirista ou tocador de cuíca abre a dança fazendo o instrumento soar, marcando o ritmo. O dançarino entra na roda e, equilibrando sobre a cabeça um pote de água à tona da qual bóia uma cuia, dançando e pulando


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Culinária



Tem gente que insiste em dizer que em Goiás não há uma cozinha realmente típica, da região. Nem em Mato Grosso.
Dizem eles que tudo foi levado pelos bandeirantes paulistas, pelos nortistas, nordestinos: enfim, por gente de toda a parte que levava suas receitas prediletas e preparava lá na região. Ora, se isso é verdade ou não, se foram os paulistas ou nortistas que fizeram a cozinha goiana e mato-grossense, não interessa. O fato é que ela ficou.
E existe, com receitas de deixar saudades em quem teve a felicidade de provar delas.
Dona Divina Maria de Oliveira Pelles, goiana que hoje mora em Brasília, para não morrer de tanta saudade das comidas de Goiás, escreveu um livro: “Antiga e Moderna Culinária Goiana”, publicado pela Embrasa, Editora de Brasília.
É um livro dedicado às amigas e afilhadas, uma receita preparada com muito carinho de como não se esquecer da terra natal: fazendo em qualquer parte do Brasil, ou do mundo, as receitas da cozinha goiana, que essa gente continua dizendo que não existe.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato




A onça pintada, um dos maiores carnivoros terrestres, recebe a justa homenagem dos artesãos sul-matogrossenses que a modelam em argila sobre pedaço de madeira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato (Palha e Madeira)


O grafismo típico da pintura Karajá também pode ser visto, além das cerâmicas, nos trançados de palha e objetos de madeira (armas e bichos).


domingo, 15 de novembro de 2009

Folclore Região Centro - Oeste: Artesanato



A Associação dos Artesãos do Estado de Goiás, fundada em 1987, tem como objetivo expor, divulgar e comercializar os trabalhos de 317 artistas, muitos deles habitantes de várias aldeias indígenas.
Tribos importantes de Goiás, como Karajás, Tapirapés, Xeretes, Kraiôs, Apinagés, Kaiapós, Kamayurás, Kalapalos, Jurunas, Bororós, Xavantes, Yalapitis e Caraíbas (homens brancos) têm liberdade de criar e espaço garantido para expor seus trabalhos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato



Onça Pintada, artesanato indígena.

Estado de Goiás

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato






Moringa: peça utilitária - e muito decorativa - da mato-grossense Dalvete Rosa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato




Licocós: bonecos de cerâmica executados pelos índios Karajás, em vários tamanhos, sempre com pinturas tribais, eles aparecem carregando símbolos rituais ou lendários.
Estado de Goiás

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Folclore da Região Centro - Oeste: Artesanato




Objetos Utilitários, decorativos e de adorno criados por índios e brancos compõem o rico artesanato desta região.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Folclore da Região Nordeste: Cozinha Baiana


Assim que chegou aqui, o português cozinhava no estilo da sua terra, adotando um ou outro alimento nativo. Depois, com a negra na cozinha, entraram na comida os ingredientes africanos. O resultado, na Bahia, foi uma comida mais negra do que branca, porque ela cozinhava e ali desembarcavam, junto com os pratos, os de comer africanos. E não para os pretos, que eles não consumiam, por exemplo, o dendê, condimento caro demais para a boca de negro cativo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Folclore da Região Nordeste: Culinária


A culinária nordestina é variada, refletindo, quase sempre, as condições econômicas e produtivas das diversas paisagens geoeconômicas dessa região. Frutos do mar e peixes são bastante utilizados na culinária do litoral, enquanto, no sertão, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino. Ainda assim, há várias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo (por exemplo, no Ceará, predomina o mugunzá - também chamado macunzá ou mucunzá - salgado, enquanto, em Pernambuco, predomina o doce). Algumas comidas típicas da região são: o baião-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapá, o acarajé, a panelada e a buchada, a canjica, o feijão e arroz de coco, o feijão verde, cozido e o sururu, assim como vários doces feitos de mamão, abóbara, laranja, etc. Algumas frutas regionais - não necessariamente nativas da região - são a ciriguela, o cajá, o buriti a cajarana, o umbú, a macaúba e a pitomba, além de outras também comuns em outras regiões.

domingo, 8 de novembro de 2009

Folclore da Região Nordeste - A Mãe d' água


Rainhas das águas, de beleza fascinante. Enfeitiça os homens entoando canções mágicas, ao ouvirem, são atraídos para a morte nas profundezas do rio, lago ou mar, pois ao olharem para ela ficam cegos pelo esplendor de sua beleza e caindo nas águas, afogam-se. Segundo alguns, ela é uma índia de rara beleza, metade mulher, metade peixe e nesse aspecto, confunde-se com a sereia européia. Os caboclos dizem que a Iara deita-se sobre bancos de areia nos rios e fica brincando com os peixinhos que passam em cardume, ou com um pente de ouro, penteia seus longos cabelos, mirando-se no espelho das águas. Uma lenda conhecida no Rio São Francisco.