Era no tempo dos Tamoios que Itanhantã ia em sua ubá - espécie de canoa usada pelos índios - pescar e caçar na Ilha de Paquetá. Depois, ele sempre repousava no aconchego de uma gruta.
Uma indiazinha, chamada Poranga, ia diariamente encontrar Itanhantã, mas ele não lhe dava a mínima atenção. Todos os dias Poranga subia na gruta e cantava, esperando Itanhantã chegar, pescar, caçar e descansar. E todos os dias suas lágrimas caíam na pedra.
O canto e o choro de Poranga não amoleceram o coração de Itanhantã, mas suas lágrimas conseguiram abrir um buraco na pedra e, certo dia, caíram sobre os olhos do caçador adormecido. Ele se assustou e saiu correndo para a sua ubá, quando avistou Poranga e disse: "Cunhã-Porã" - moça linda em Tupi.
No dia seguinte, ao voltar ao seu local de descanso, Itanhantã reparou a linda voz da indiazinha e apaixonou-se por ela. Os dois foram felizes pelo resto de suas vidas. E as lágrimas de Poranga se transformaram na fonte que existe até hoje na Gruta dos Amores.
Dizem que quem quiser encontrar um amor para a vida inteira, basta beber da fonte da Gruta dos Amores, na Ilha de Paquetá, junto com a pessoa amada
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