O estudo da música folclórica brasileira envolve cantos, festejos, danças, jogos, religiosidade e brincadeiras diversas. Saul Martins, em seu estudo acerca do assunto, aponta o lundu, a tirana e a modinha como primeiras manifestações da música folclórica no Brasil. Sendo a primeira trazida pelos africanos, a segunda pelos espanhóis e a última pelos portugueses.
De acordo com o mesmo autor, são características da música folclórica:
É procedente das camadas mais simples da sociedade. É anônima, espontânea, durável, persistente e, antiga ou tradicional, não está sujeita à moda, é uma herança cultural. É funcional, ou seja, atende a uma necessidade psicológica. É transmitida por via oral, sem muitas técnicas, de forma direta, às vezes com variantes. É tecnicamente simples, com melodias e letras de pequena extensão, portanto de fácil assimilação.
É ainda Saul Martins, quem tenta de certa forma dar uma classificação ao gênero, entre as quais se incluem modinhas, lírico-narrativas, brejeiras, religiosas, satíricas, de oficio, de autos e folguedos, de diversão e de danças.
Antônio Henrique Weitzel, divide a música folclórica em acalantos, cancioneiro Infantil, cantigas de roda, toadas de escolha, toadas de ensino, brincadeiras cantadas, romance, abecês, quadras e desafios. Além dessas, podemos encontrar ainda, os aboios, pregões, emboladas, toadas sertanejas e a moda de viola, sendo as três últimas conhecidas por cantorias.
Além das letras e das melodias, segundo Luiz Martins Abraão e Saul Martins, temos também os instrumentos considerados folclóricos, entre os quais, se incluem a viola, a rebeca e especialmente os instrumentos de origem africana, como o atabaque, o adjá, o bongô e outros.
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