sábado, 31 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Caboclo-d’Água
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: A Cabra Cabriola
A Cabra Cabriola, era uma espécie de Cabra, meio bicho, meio monstro. Sua lenda em Pernambuco, é do fim do século XIX e início do seculo XX. Ocorre também outros estados. Vide na página 3.
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Era um Bicho que deixava qualquer menino arrepiado só de ouvir falar. Soltava fogo e fumaça pelos olhos, nariz e boca. Atacava quem andasse pelas ruas desertas nas noites de sexta. Mas, o pior era que a Cabriola entrava nas casas, pelo telhado ou porta, à procura de meninos malcriados e travessos, e cantava mais ou menos assim, quando ia chegando:
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Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei a vós
Uns carochinhos de nada...
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As crianças não podiam sair de perto das mães, ao escutarem qualquer ruído estranho perto da casa. Podia ser qualquer outro bicho, ou então a Cabriola, assim era bom não arriscar. Astuta como uma Raposa e fétida como um bode, assim era ela.
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Quando no silêncio da noite, alguma criança chorava, diziam que a Cabriola estava devorando algum malcriado. O melhor nessa hora era rezar o Padre Nosso e fazer o Sinal da Cruz.
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Considerada mais temida que o Lobisomem e a Mula-sem-Cabeça, que são mitos vindos de fora há muito mais tempo, a Cabra Cabriola, logo se tornaria o consolo das mães, já que não precisavam se esforçar muito para fazerem seus filhos a irem para cama cedo. Para os pequenos era o maior pesadelo.
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São muitos e coisa regular os contos populares em que figura a Cabra Cabriola em ação. Os testemunhos de época logo se tornavam valiosos meios para as mães colocarem na linha seus filhos travessos.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Baiana
Quanta pompa no andar dengoso e cadenciado...
As “baianas” atuais descendentes de africanos (das tribos ioruba, nagô, mina, fula, haussá) são as que mais se esmeram no trajar.
As nagô, cuja presença maior se nota nos candomblés, são baixas e gordas. Usam cores vivas, berrantes. Saia ampla toda estampada.
A baiana-mulçumana (do Sudão da África), alta e esguia, usa o traje branco imaculado. Às vezes, no ombro um “pano da Costa” preto (pano vindo da Costa da África).
O traje típico é assim: saia rodada, com muitas anáguas rendadas, engomadas. Bata (blusa de rendas) solta. Pano da Costa, como um xale, sobre o ombro ou turbante. Chinelas ou sapatos de salto baixo.
E o que mais? Muitos e muitos enfeites: pulseiras, brincos de ouro, prata, coral. Algumas nos dias de festa, usam uma penca de balangandãs na cintura. Imagine tudo isso e ainda todo o encanto que a baiana tem...
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Folclore Região Nordeste: Vendedores Ambulantes
Não resta dúvida que foram os negros que deixaram o traço cultural de carregar os objetos na cabeça. O índio costuma carregar o fardo, o objeto, nas costas, presa por uma faixa que passa na testa. São famosos nos cais, nos desembarcadouros nordestinos, os “cabeceiros” que equilibram os mais estranhos objetos na cabeça. Costumam usar, dentro do chapéu, panos ou algodão para acomodar melhor o objeto carregado.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: O Apanhador de Coco
Uma das profissões mais difíceis do Nordeste é a do Apanhador de Coco. Somente os jovens são capazes de subir nos coqueiros, com “peia” ou “no braço”.
A “peia” é composta de tamanca e correia. A tamanca passa na altura da coxa e o laço fica preso no coqueiro. A tamanca serve de apoio para o pé direito.
Alguns tiradores sobem “no braço”, sem nenhum auxílio ou segurança. A profissão é muito perigosa. O coqueiro é muito alto, o caule é escorregadio.
O Tirador trabalha com o facão afiado ou com uma pequena foice.
O cortador, além de cortar os cachos dos frutos, faz a limpeza do coqueiro, cortando as folhas velhas.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Jangadeiros
domingo, 25 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Cangaceiro
Os tipos de cangaceiros são os mais variados, e múltiplas as razões que os levaram ao crime. Há, desde uma tendência criminosa, a sugestão irradiante dos grandes cangaceiros, determinando a fugida de rapazes para juntar-se ao grupo, até o primeiro homicídio por motivo de honra privada, sempre julgando como punição justa. O fora-da-lei passa a viver debaixo do cangaço, oculto pelos protetores políticos ou pessoas a quem paga para que o informem dos movimentos da polícia, - os coiteiros – e chefiando a malta nos momentos de luta. Há figuras de relativa nobreza, corajosos, incapazes de uma violência contra moças, crianças ou velhos, como Jesuíno Brilhante, e há os brutais como Lampião
sábado, 24 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Colhedores de Babaçu
O babaçu cobre terrenos ondulados da baixada maranhense.
É uma plantação que só dá dinheiro quando a primeira fase de industrialização do babaçu se desenvolve perto dos babaçuais.
A quebra do coco ainda é feita por processo manual. No trabalho nem todas as amêndoas saem perfeitas. Uma vez machucada, não resiste a viagens longas. Acaba estragando. Por isso o ideal ainda é iniciar a industrialização nos próprios babaçuais, onde se faz a coleta.
O colhedor de babaçu carrega os coquilhos num cesto ou caçuá. Despeja-os próximo do rancho onde mora. Aí, ou então à sombra das palmeiras, começa o trabalho. Com um macete de madeira dura ajeita o coquilho sobre uma pedra. Com o pau quebra uma noz dura. Retira as amêndoas e abandona a casca.
De cem quilos de coco quebrado obtém-se de oito a dez quilos de amêndoas.
Geralmente o trabalho é feito pelas mulheres, enquanto os maridos cuidam do arrozal.
O óleo retirado do babaçu é usado na alimentação, na fabricação de margarina, sabonetes e também em motores.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Rendeiras
Na Europa a renda teve sua época de glória. Ficaram famosas as vindas de Milão e Bruges. Os padres encomendavam essas rendas para seus trajes, as noivas para seus vestidos.
As rendeiras fazem os mais variados trabalhos em renda: entremeios, ourelas, bicos, galões, etc.
Mas as rendas também têm nomes, que variam de um município para outro. As rendeiras dãos os nomes de acordo com o lugar em que vivem: Palma de Coqueiro, aranha, siri. As denominações também são tiradas dos pontos e desenhos: caracol, carocinho de arroz, flor de goiabeira, meia-lua, bico de pato, traça, barata, estrada de ferro, margarida, tijolinho, etc.
No Brasil a renda chegou através das mulheres portuguesas.
Onde houve maior concentração de açorianos (Santa Catarina e Ceará) nota-se a presença dos trabalhos de renda.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Vaqueiros
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Folclore da Região Norte: Farinha de mandioca
Começa então o trabalho feminino de raspar a mandioca, tirar aquela espécie de casca cor de terra. Depois de raspada a mandioca é entregue à raladeira. Os homens movem o ralador e a mulher vai enfiando a mandioca cautelosamente no caititu*.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Litoral Nordestino
O Piauí é o estado com menor trecho de costa, apenas 66 km. Em um nordeste de tradição pesqueira, o Piauí destoa, pois alí, ao contrário dos outros estados da costa nordestina brasileira, a colonização deu-se do interior para o litoral, não havendo, portanto, uma ligação mais íntima com o mar a ponto de firmar, no povo piauiense, qualquer vocação para a pesca. basta dizer que a atividade pesqueira no piauí, caso único no nordeste, quase nada representa na receita estadual.
Mal o sol desponta, eles já estão em alto-mar, vela arriada, rede na água apinhada de peixes, pronta para ser içada. Pesca no fundo do barco, tarefa concluída, os canoeiros do Parnaíba retornam à terra firme.
Assim que retornam da pescaria, o que ocorre por volta das dez horas da manhã, os pescadores limpam suas canoas, consertam as redes, separam por qualidade e pesam os peixes a serem vendidos, e arrumam tudo de novo para nova viagem de pesca em alto-mar. Com o pouco que ganham, eles custeiam a manutenção do barco, caríssima, e compram material de pesca, não sobrando o bastante para que se possam proporcionar um mínimo de conforto.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Folclore Região Nordeste - Casa Rural
domingo, 18 de outubro de 2009
Folclore da região Nordeste - Sertão Nordestino
A seca é uma eterna ameaça. Com a seca as folhas caem. Com exceção do juazeiro e da oiticica. Algumas plantas resistem. A verdadeira caatinga fica verde: os facheiros, o xique-xique, o mandacaru, os cardeiros.
Tudo fica seco: rios, fontes. A comida começa acabar. A chuva é a salvação.
O sertanejo reza pedindo chuvas. O céu é imensamente azul - sem nuvens.
Quando as chuvas caem a caatinga reverdece. As flores surgem. A vegetação rasteira cobre o chão. O sertanejo vive um período de tranqüilidade.
A pecuária foi o ponto de apoio da ocupação humana nesta região.
O fazendeiro branco teve no índio o seu melhor auxiliar. No sertão predomina o mameluco ou caboclo, mestiço de branco e índio. É o nosso vaqueiro. Vaqueiro das caatingas áridas. Das criações sem cercas, separadas por ribeiros.
Para vencer a vegetação agreste, cheia de espinhos e o sol intenso, o vaqueiro passou a usar uma roupa de couro. Cavalo e cavaleiro vestem uma armadura de couro. Surgem os "encouraçados do sertão".
O povoamento é muito disperso. Pequenas vilas surgiram em torno das feiras de gado e das pousadas.
sábado, 17 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste - Dança Mineiro Pau
Coreografia: moças e rapazes formam um circulo, de mãos dadas. No centro, um solista (violeiro ou violonista) que canta acompanhando a música com seu instrumento a fim de animar o folguedo.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Folclore Região Nordeste: MEIA-CANHA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Dança Maracatu
Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança que se dançava ao som deste instrumento. Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatus de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei: o Maracatu.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Folclore da região Nordeste: Dança Jongo
Instrumentos Musicais: Tambor, chocalho, puíta, cuíca.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste - Dança Coco
Indumentária: Cavalheiros: calça listrada ou de xadrez, de boca estreita, camisa de meia, sandálias, chapéu de palha. Damas: vestido estampado de cor alegre, mangas fofas, saias bastante rodada, com babados, sandálias.
Instrumentos musicais: zabumba (tambor) "pife", flauta, ganzás, chocalho, viola, pandeiro, etc.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Frevo
Por esta mesma época, surgiram os primeiros clubes de carnaval de Pernambuco, entre eles o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas (1889) e o C.C.M. Lenhadores (1897), formados por trabalhadores, cada um possuindo a sua banda de música. Os capoeiristas necessitavam de um disfarce para acompanhar as bandas, agora dos clubes, já que eram perseguidos pela polícia. Assim, modificaram seus golpes acompanhando a música, originando tempos depois o "Passo" (a dança do Frevo) e trocando suas antigas armas pelos símbolos dos clubes que, no caso dos Vassourinhas e Lenhadores, eram constituídos por pedaços de madeira encimados por uma pequena vassoura ou um pequeno machado, usados como enfeites.
domingo, 11 de outubro de 2009
Folclore Região Nordeste: Dança Cabinda
se preparam para o Maracatu, por exemplo. É uma dança cheia de mímicas.
Indumentária: fantasias, geralmente de chita, de cores muito vivas.
Instrumentos musicais: orquestra regional (zabumba) composta de flauta de taquara, ganzá,
bombo, reco-reco, caixa. A flauta de taquara é também chamada “pife” (pífano).
sábado, 10 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste - Dança Bumba - Meu - Boi
Criação inteiramente nacional, o bumba-meu-boi é considerado o auto popular ou dança dramática de maior significação estética e social do folclore brasileiro. Originou-se no fim do século XVIII, nos engenhos e fazendas de gado do Nordeste, e, desvinculando-se do reisado, festa ligada ao catolicismo, revestiu-se de caratér exclusivamente lúdico, com grande ênfase no aspecto visual e na constante renovação do roteiro. É representado ao ar livre e pode durar até oito horas. O público, numa roda em torno dos intérpretes, participa cantando e fazendo apartes, ao que os intérpretes respondem com improvisos. O bumba-meu-boi começa com uma louvação ou cantoria de abertura, seguida da apresentação dos personagens e da entrada do boi, que é representado por um homem no interior de uma armação de madeira ou metal, recoberta de panos coloridos.
Folclore da Região Nordeste - Dança Bambelô
Enquanto cantam e dançam, as figuras entram no circulo e animam o folguedo, movimentando-se com muita agilidade.
Instrumentos musicais: instrumentos de percussão.
Bambelô é dança da família do Jongo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Folclore Região Nordeste: Balaio
Indumentária: as mulheres usam vestidos de chita coloridos, meio curtos e com babados; cabelos em tranças e muitas jóias. Os homens usam cinturão de couro, ornado de metal; faca na cintura; calças bombachas enfeitadas com botões; botas com esporas; camisas com mangas compridas e lenço no pescoço.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: BAIÃO (BAIANO)
danças dos nossos indígenas e a dos portugueses colonizadores, refletindo na sua composição o
caldeamento destas três raças.
O Baião, anteriormente conhecido como Baiano, por influência do verbo “baiar”, forma popular
de bailar, baiar, baio (baile), na opinião do mestre Joaquim Ribeiro, sempre foi apreciado e
praticado no Nordeste; depois foi-se difundindo por outras plagas e por fim atravessou com
sucesso as fronteiras do País. A natureza do Baião não sofreu nenhuma transformação em sua
peregrinação para outras regiões. Apenas foi alterado em sua forma na migração para o Sul do
País, visto que: após a execução do Baião, o dançarino convida outra pessoa para o substituir com
uma umbigada, enquanto no Sul o convite ao substituto é assinalado com um estalar de dedos, à
guisa de castanholas, em direção ao escolhido.
O Baião é formado dos seguintes passos: balanceios; passos de calcanhar; passo de ajoelhar;
rodopio.
O Baião é dançado em pares.
Instrumentos: Agogô, triâgulo e Sanfona.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste: Dança Afoxê
Os afoxés se diferenciam dos outros blocos carnavalescos por serem realizados também com um sentido religioso. As letras misturam português e línguas africanas, principalmente nagô e ioruba, e antes da saída do cortejo é feito o padê de Exu, um ritual para evitar que esse orixá perturbe o desfile.
À frente do afoxé vai uma boneca preta chamada Babalotim, conduzida por um menino de oito a dez anos. Antigamente havia reis e rainhas, como no maracatu, e quando dois afoxés se encontravam nas ruas lançavam um sobre o outro o efu, pó de chifre de carneiro com propriedades mágicas. Hoje a ênfase é dada aos ritmos, com aproximações e fusões com ritmos do Caribe, principalmente da Jamaica.
Os afoxés mais famosos são Ara Ketu, Badauê, Filhos de Gândi, Ilê Aiê. Muzenza e Olodum.
Instrumentos musicais: tambores
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Folclore da Região Norte - Artesanato da Bahia
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Folclore da Região Nordeste - Folclore de Sergipe
Terra do rendendê e de ricos bordados. O artesanato de Sergipe é tão diversificado quanto as culturas que se estabeleceram naquele Estado a partir do século XVI.
Difundida por todos os cantos da capital e do interior, essa atividade está mais concentrada na região semi-árida. De lá sai a maior produção artesanal do Estado. Peças de qualidade onde se destacam as rendas, os bordados e a tecelagem. Corruptela da palavra holandesa hardanger, o rendendê é uma das práticas artesanais que melhor representa essa síntese cultural do povo sergipano.