quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Caipira
O caipira paulista é também o mameluco, que nasceu no planalto e depois fixou-se nos grotões da serra. É o paulista legítimo que tem dentro de si a valentia lusitana e a calma do índio. É o branco amorenado pelos trópicos e pelo sangue tupi. Nome com que se designa o habitante do campo. Equivale a labrego, aldeão e camponês em Portugal; roceiro no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará; tapiocano, babaquara e muxuango, em Campos dos Goitacases; matuto em Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas; casaca e bahiano no Piauí; guasca no Rio Grande do Sul; curau em Sergipe; e finalmente, tabaréu na Bahia, Maranhão e Pará. Têm-se atribuído diversas origens ao vocábulo caipira; duas há, porém, que têm merecido particular atenção da parte daqueles que se dão a esses estudos, e são caapora e curupira, ambos vocábulos da língua tupi: caapora, cuja tradução literal é habitante do mato. Curupira designa um ente fantástico, espécie de demônio, que vagueia pelo mato, e só como alcunha injuriosa poderia ser aplicado aos camponeses. Também conhecido como caboclo: Mestiço de branco com índio; sertanejo, homem do sertão; do tupi Kari'boka, que procede do branco.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Dança Moçambique
Moçambique é dança de origem africana provavelmente de Moçambique, que lhe emprestou o nome. É mais freqüentemente dançado em São Paulo, Minas Gerais e Brasil central. Primitivamente, no Brasil, era dança de salão, levada a efeito nas Casas Grandes dos fazendeiros. Com o tempo transformou-se, deixando de ser um bailado puramente africano, para ser uma mistura de várias danças, confundindo-se, às vezes, com a congada, fandangos, etc. Estas festas são, geralmente, batizadas com nomes de santos. Atualmente, o Moçambique é dançado entre os caboclos. Tomam parte nele vários personagens: o capitão chefe e seu substituto, dois guias, dois tambores, quatro pajens que levam o chapéu de sol do Rei e da Rainha, dois capitães, espadas, coronel, alferes da Bandeira.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Dança Mana - Chica
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Escolas de Samba
domingo, 27 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Carnaval
Festa popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia).
O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu.
Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Dança Chiba
Indumentária: traje comum, sendo que os homens usam também tamancos.
Instrumentos musicais: viola.
Coreografia: os cantadores formam uma roda e vão lançando versos. Um casal entra no meio da dança. Terminando, convida outro casal para lhes substituir com uma umbigada. E assim, sucessivamente. O ritmo da toada é binário e marcado com palmas dos figurantes. O ponto alto, mais sugestivo e mais impressionante da dança é representado pelo sapateado. O matraquear das dezenas de tamancos ferindo o solo produz ruídos ensurdecedores e atordoantes.
Folclore Região Sudeste: Dança Cateretê
O Cateretê é uma das danças mais genuinamente brasileira. É de origem indígena, tal qual o seu próprio nome, tirado da língua Tupi. É uma espécie de sapateado brasileiro executado com "bate-pé" ao som de palmas e violas. Tanto é exercitado somente por homens, como também por um conjunto de mulheres. O Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala, no Nordeste. Em Goiás é denominado "Catira".
Indumentária: os homens usam trajes comuns de passeio: sapatos, calças, paletós, camisa e gravata. Quando composto também de mulheres, estas usam igualmente indumentária comum.
Instrumentos musicais: violas, batidas das mãos (palmas) uma contra a outra.
Coreografia: é interessante a coreografia registrada por Rossini Tavares de Lima, em seu livro "Melodia e Ritmo no Folclore de São Paulo", assim apresentada: "Para começar o Cateretê, o violeiro puxa o rasqueado e os dançadores fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir o violeiro canta parte da moda, ajudado pelo "segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. Prossegue depois o violeiro o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos. Quando encerra a moda, os dançadores após o bate-pé- e bate-mão, realizam a figura que se denomina "Serra Acima", na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Feita a volta completa, os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Serra Abaixo", sempre a alternar o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Serra Abaixo" cada um deve estar no seu lugar, afim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos". "O Cateretê encerra-se com o Recortado, no qual as fileiras trocam de lugar e assim também os dançadores, até que o violeiro e seu "segunda" se colocam na extremidade oposta e depois voltam aos seus lugares. Durante o recortado, depois do "levante", no qual todos levantam a melodia, cantando em coro, os cantadores entoam quadrinhas em ritmo vivo. No final do Recortado, os dançadores executam novamente o bate-pé, o bate-mão e os seis pulos.
Folclore Região Sudeste: Dança Calango
Indumentária: traje comum.
Instrumentos musicais: orquestra regional.
Coreografia: o Calango é apresentado em ritmo quaternário. Os pares dançam enlaçados, em estilo de samba. É de composição simples e de coreografia livre.
Folclore Região Sudeste: Dança CAIAPÓS
Indumentária: indígena.
Instrumentos musicais: corneta (de chifre de boi), chocalhos, pandeiros, reco-recos, zabumba.
Coreografia: os participantes marcham pelas ruas, em coluna por dois. Entrementes, saltam e gritam ao som da música. Procuram uma praça qualquer e fazem um circulo, sempre cantando e dançando. O cacique faz marcação com sua corneta de chifre. Cantam e dançam e, em dado momento, um índio pequeno se lança ao chão "morto". Em seguida, cai outro, também "morto". O circulo de dançarinos rodeia os mortos e os índios se debruçam no chão, ficando somente o cacique de pé, tocando a corneta. Os índios debruçados, esconjuram os males que vitimaram os dois meninos. Obtêm êxito e os dois "mortos" ressuscitam. Levantam-se todos e começam a pular e a dançar. Satisfeitos, os caiapós terminam a cerimônia retirando-se aos gritos e aos pulos.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Bate Pé
difundida. Sua realização não depende de orquestra ou de emprego de instrumentos, bastando
apenas uma viola para animar o folguedo. É mais popular no interior do Estado de São Paulo.
Data de registro: meados do século XX (~1950)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Folclore Região Sudeste: Dança BATE-CAIXA
seu berço de origem. O Bate-Caixa é dançado por ocasião das festas do Divino Espírito Santo.
Instrumentos musicais: tambor e instrumentos regionais.
Coreografia: é uma dança de roda. Apresenta como característica, diferente das danças comuns
deste gênero, a circunstância de ficarem os músicos no meio do circulo. Os dançarinos giram
sempre em cadência lenta. O tambor (caixa surda) destaca-se dos demais instrumentos. Cantam
em diálogo: “O cabelo do santo... é ouro só”. “Os olhos do santo... é ouro só”. “Os dentes do
santo... é ouro só”.
Folclore da Região Sudeste: Favela
A falta de investimento, por parte do governo, em infra-estrutura nas cidades do interior, por exemplo, é um dos motivos dos moradores se mudarem para as cidades grandes em busca de educação (escolas), trabalho, ou mesmo lazer.
Outro motivo é os grandes proprietários de terra que, mecanizando os meios de produção na lavoura e pecuária, deixam milhares de famílias sem emprego e elas acabam deixando o campo para tentar a vida nas cidades grandes. Este foi um dos motivos que criou o Movimento dos Sem Terra, quando, na Região Sul, milhares de famílias, sem terra para plantar e sobreviver, migraram para outras regiões, se organizaram em torno de um mesmo objetivo e passaram a exigir um pedaço de terra do governo por que não queriam viver como favelados à margem da cidade grande.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Folclore da Região Sudeste: O Monjolo e o Pilão
Dizem que o monjolo veio da China. Mas ele foi introduzido no Brasil pelos portugueses. Braz Cubas introduziu o monjolo em Santos – São Paulo. O monjolo trabalha no Brasil desde a época colonial. É uma máquina rudimentar, movida a água, constando de duas peças distintas: o pilão e haste. O pilão é escavado na madeira, com fogo. Depois é aparelhado com formão. A madeira usada é a peroba, a canela preta ou o limoeiro. No pilão coloca-se o milho, arroz, café ou amendoim, para socar. A haste do pilão também é feita de uma madeira dura: maçaranduba, limoeiro, guatambu, canela preta ou peroba. A haste compõe-se de duas peças: a haste propriamente dita, onde está escavado o cocho, a mão do pilão e a forqueta, onde se apóia a haste, é chamada de “virgem”.
A água movimenta o pilão. A água, que chega através de uma calha, cai no cocho e quando este fica cheio abaixa com o peso da água elevando a haste. Assim que a água escorre a haste desce pesadamente, socando o que esteja no pilão. Chamam de “inferno” o poço que fica sob o “rabo” do monjolo... é um inferno de água fira.
Vários são os tipos de monjolos: de martelo, de roda, de pé, de rabo, de pilão de água. O monjolo é o “trabalhador sem jornal”... como diziam antigamente, sem nenhum ganho. Os caipiras diziam: “trabalhar de graça, só monjolo”.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Folclore da Região Sudeste: Forno Caipira
Folclore da Região Sudeste: Artesanato de São Paulo
Depois dos patrícios, muitos outros também aportaram: espanhóis, italianos, alemães, japoneses e outros tantos, e cada povo trouxe em sua bagagem muita vontade de vencer e saudade de sua terra natal.
Ora, o trabalho ocupava grande espaço, mas para visualizar suas raízes eram de suas mãos que brotavam cerâmicas, rendas, bordados e comidas típicas de cada região.
E assim nasceu o Estado de São Paulo, cheio das tradições e das cores do mundo.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Folclore da Região Sudeste: Artesanato do Rio De Janeiro
Folclore da Região Sudeste: Artesanato do Espírito Santo
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Folclore da Região Sudeste: Artesanato Minas Gerais
Em um giro rápido, de Ouro Preto a Tiradentes, obras e esculturas de artistas novos e antigos ornam as belas igrejas e mosteiros. Povo de tradição nas imagens, desde Aleijadinho ensinam ao país o valor da oração e principalmente a compensação por bem tratarem da nossa história. Atravessando o Vale do Jequitinhonha, no nordeste do Estado, o barro toma outras formas e a tecelagem novos tons. Economia forte nesta região, exportam para os grandes centros urbanos suas peças utilitárias ou figurativas. No norte, o município de Cônego Marinho, a fabricação de objetos cerâmicos movimenta a economia local. Sabedores e empreendedores, implementam ações que garantem a sustentabilidade da produção artesanal.
Folclore da Região Sudeste: Artesanato
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Folclore da Região Cento - Oeste: Como Nasceram as Estrelas
Folclore da Região Centro - Oeste: A Criação do Mundo
Folclore da Região Centro Oeste: A Lenda do Milho
sábado, 5 de dezembro de 2009
Folclore da Região Centro - Oeste: Gu-ê-Crig
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Folclore da Região Centro - Oeste: Kilaino
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Folclore da Região Centro - Oeste: Onça da Mão Torta
Os caçadores, principalmente, temem muito encontrar este monstro. Trata-se de uma onça enorme, rajada e que tem a pata dianteira torta. Ela é enfeitiçada e, por mais que a atirem, não sofre nada. Isto porque a onça é a alma penada de um vaqueiro velho. Este vaqueiro foi muito ruim, tendo cometido toda a sorte de crimes. Matava, roubava, perdia moças. Enfim, era muito mau.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Folclore da Região Centro - Oeste: Mula - Sem - Cabeça
A mula-sem-cabeça é um personagem de uma lenda do folclore brasileiro que possui corpo de eqüino e uma tocha de fogo no lugar da cabeça. De acordo com a região do nosso país pode haver variações na nomenclatura utilizada, podendo ser chamada de: “Mulher de Padre”, “Mula de Padre”, “Mula Preta”, entre outros.
Entre as diversas descrições que existem é comum atribuir à mula-sem-cabeça as seguintes características:
- sua cor é sempre marrom ou preta;
- não possui cabeça, mas sim uma tocha de fogo no lugar;
- traz, nos cascos, ferraduras de ouro ou de prata que fazem um enorme barulho;
- relincha muito alto podendo ser ouvida há muita distância;
- costuma imitar gemido humano;
- só aparece altas horas da madrugada e dá preferência às noites de quinta e de sexta-feira quando faz lua cheia;
Como é comum às histórias populares não se sabe ao certo quando nem em que região brasileira surgiu essa lenda. O certo, é que é uma história contada com o firme intuito de assustar as meninas e moças dos povoados brasileiros desde os primeiros séculos. Dessa forma os pais buscavam manter, por meio do medo, o controle das filhas e a garantia da manutenção de princípios morais.
A versão mais conhecida
A versão mais conhecida e tradicional da lenda conta que, há muitos anos uma jovem e um padre de um arraial do interior do Brasil, se apaixonaram e tiveram um relacionamento amoroso. Como castigo pelo pecado cometido recaiu sobre a moça uma maldição que a condicionou para todo o sempre a transformar-se, em determinadas noites, em uma terrível mula de cabeça de fogo que sai pelas ruas “cumprindo o seu fadário, a correr desabaladamente, ao fúnebre tilintar de cadeias que arrasta, amedrontando os supersticiosos” (Aurélio, 2004). Acreditam então, os mais supersticiosos, que sempre que, em algum lugar, uma mulher e um padre tiverem um relacionamento amoroso a maldição se repetirá.