Símbolo da cultura popular do Espírito Santo, a panela de barro preto "autêntica" tem grife: Associação das Paneleiras de Goiabeiras. Arte que sofreu pouquíssimas alterações nestes quatro séculos de existência. Herança passada de mãe para filha, o trabalho começa com a extração da argila, no barreiro do Vale do Mulembá, bairro Joana D'Arc. Uma vez limpa, amassada e hidratada, a bola de argila é colocada sobre uma superfície plana e vai sendo moldada manualmente (lá ninguém usa torno) até ganhar a forma de panela, fôrma, cumbuca... Depois de alisadas, acarinhadas, as peças são postas para secar. A seguir, são acomodadas num leito de madeira onde uma chama viva queima as peças lenta e cuidadosamente. O processo de tingimento, chamado de açoite, é feito com um maço de vassourinha do campo mergulhada em tinta de tanino. Exatamente com há 400 anos.
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