sábado, 26 de dezembro de 2009

Folclore Região Sudeste: Dança Cateretê


O Cateretê é uma das danças mais genuinamente brasileira. É de origem indígena, tal qual o seu próprio nome, tirado da língua Tupi. É uma espécie de sapateado brasileiro executado com "bate-pé" ao som de palmas e violas. Tanto é exercitado somente por homens, como também por um conjunto de mulheres. O Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala, no Nordeste. Em Goiás é denominado "Catira".
Indumentária: os homens usam trajes comuns de passeio: sapatos, calças, paletós, camisa e gravata. Quando composto também de mulheres, estas usam igualmente indumentária comum.
Instrumentos musicais: violas, batidas das mãos (palmas) uma contra a outra.
Coreografia: é interessante a coreografia registrada por Rossini Tavares de Lima, em seu livro "Melodia e Ritmo no Folclore de São Paulo", assim apresentada: "Para começar o Cateretê, o violeiro puxa o rasqueado e os dançadores fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir o violeiro canta parte da moda, ajudado pelo "segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. Prossegue depois o violeiro o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos. Quando encerra a moda, os dançadores após o bate-pé- e bate-mão, realizam a figura que se denomina "Serra Acima", na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Feita a volta completa, os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Serra Abaixo", sempre a alternar o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Serra Abaixo" cada um deve estar no seu lugar, afim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos". "O Cateretê encerra-se com o Recortado, no qual as fileiras trocam de lugar e assim também os dançadores, até que o violeiro e seu "segunda" se colocam na extremidade oposta e depois voltam aos seus lugares. Durante o recortado, depois do "levante", no qual todos levantam a melodia, cantando em coro, os cantadores entoam quadrinhas em ritmo vivo. No final do Recortado, os dançadores executam novamente o bate-pé, o bate-mão e os seis pulos.

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