domingo, 31 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Chula



Chula é uma dança típica do Rio Grande do Sul. Dançada em desafio, praticada apenas por homens. A chula tem bastante semelhança com o lundu sapateado, encontrado em outros Estados brasileiros.


Uma vara de madeira denominada lança e medindo cerca de 4 metros de comprimento é colocada no chão, como dois ou três dançarinos dispostos em suas extremidades. Ao som da gaita gaúcha, os dançarinos executam diferentes sapateados, avançando e recuando sobre a lança.


Após cada seqüência realizada, o outro dançarino deverá repeti-la e em seguida realizar uma nova seqüência, geralmente mais complicada que a do seu parceiro. Assim, vencerá o dançarino que perder o ritmo, encostar na vara ou não conseguir realizar a seqüência coreográfica dançada como desafio pelo dançarino anterior.


O Pedrinho contou para todo mundo a história que ouviu da Tia Nastácia.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Folclore de Santa Catarina


O Folclore de Santa Catarina é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por catarinenses. O artesanato, a culinária, as histórias, as danças fazem parte do folclore do estado, como todos os outros, mas com um pouco mais de histórias e magia.


A Tia Nastácia adora contar essa história.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Folclore do Paraná



O Folclore do Paraná é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por paranaenses. É muito rica, por ter recebido a contribuição dos portugueses e espanhóis; dos africanos e indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, holandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos, catarinenses, mineiros, baianos e nordestinos.


Pedrinho e Narizinho gostaram da história.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Rio Grande do Sul



O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam os pampas; a outra vertente é a cultura trazida pela colonização européia, efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantes alemães e italianos.


A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.


O Saci gostou da história.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Colonos


Nos Estados do Sul do Brasil, colono significa o trabalhador dos núcleos coloniais, estabelecimentos criados pelo Governo para introdução de imigrantes onde eles são proprietários de seu lote e podem trabalhar também nas fazendas ao redor.


Rabicó e Saco gostaram da história.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Folclore Região Sul: Gaúchos



Gaúcho é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais do Vale do Rio da Prata, entre os quais o bioma denominado pampa, supostamente descendente mestiço de espanhóis e indígenas. As peculiares características do seu modo de vida pastoril teriam forjado uma cultura própria, derivada do amálgama da cultura ibérica e indígena, adaptada ao trabalho executado nas propriedades denominadas estâncias. É assim conhecido no Brasil, enquanto que em países de língua espanhola, como Argentina e Uruguai é chamado de gaucho.


O termo também é correntemente usado como gentílico para denominar os habitantes do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Além disso, serve para denominar um tipo folclórico e um conjunto de tradições codificado e difundido por um movimento cultural agrupado em agremiações, criadas com esse fim e conhecidas como CTGs.


Pedrinho gostou da história.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Folclore da Região Sul: Culinária


No Rio Grande do Sul já é tradicional o churrasco, ou seja, carne bovina ou ovina, dispostas em espetos, temperadas basicamente com sal grosso e grelhadas em churrasqueiras, a base de carvão ou lenha. No estado de Santa Catarina, o interior é de forte influência alemã, e no litoral a presença portuguesa, onde é grande a utilização de peixes marinhos, camarões, e ostras. A comida tradicional do estado do Paraná é o barreado, carne cozida com legumes em panelas de barro, por vezes colocadas debaixo da terra para cozinharem sob o calor de lenha ou carvão, e comida com farinha de mandioca. Os pratos são sempre carregados de muita carne bovina e de vinhos, por conta da grande imigração italiana, que tem forte influência nos pratos.

O Pedrinho gostou da história.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Folclore da Região Sudeste: Onça Maneta


É um animal fabuloso, caracterizado pelo rastro. Onça que perdeu uma das patas dianteiras. É de espantosa ferocidade.

Emília ficou com medo dessa história.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Ipupiara


É um homem-marino, homem-peixe ou homem-sapo, inimigo dos pescadores e lavadeiras. Criatura de boa estatura, mas era muito repulsiva.


O Tio Barnabé gostou dessa história.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Onça Borges


Onça fantástica de uma zona mineira do rio São Francisco, alargando a área de presença até a região das fazendas de criar.
Conta-se ter sido uma transformação do misterioso vaqueiro Ventura, não mais voltando a forma anterior pela covardia do companheiro, que não teve coragem de colocar na boca da onça um molho de folhas verdes, indispensável para o retorno ao humano.


Emília gostou da histótia.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Mulher de Duas Cores


uma assombração que aparece de dia, na luz do sol, nas estradas de Minas Gerais, fronteira com São Paulo, ou dentro das pequenas matas. Veste roupa de duas cores, branco-preto, azul-encarnado, azul-amarelo, ...., e não fala, não canta, não resmunga. Limita-se a atravessar caminho, com passo surdo e leve, pisando sem usar o calcanhar, silenciosa, sem olhar para os lados nem para ninguém.


Tia Nastácia estranhou essa história.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: O Cavalo fantasma


Ninguém o vê, mas o sente pelas passadas firmes. Uma luz clara, que dele origina, desenha na rua o seu vulto... As pisadas tornam-se mais fortes, assim como também a luz, à proporção que o cavalo se aproxima do observador (ou vidente). Diminui o clarão e o ruído dos passos, à medida que dele se afasta do animal. Passeia em certas ruas de Angra dos Reis, sempre a horas caladas de certas noites.

Toda turma gostou da história.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Anhangá


Ele é o protetor da caça no campo e nas florestas; Anhangá protege todos os animais contra os caçadores e quando a caça conseguia fugir os índios diziam que Anhangá ou Anhangüera as havia protegido e ajudado a escapar.


O Pedrinho e a Narizinho se assustaram com a história.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: O Cavalo dos Três Pés


Animal assombroso que apavora as estradas desertas. É um cavalo sem cabeça, com asas e três pés, que aparece à noite nas encruzilhadas, correndo, dando coices e voando. (Bauru, São Paulo). Ataca os viajantes pelas estradas; e aquele que pisar em seu rastro será imensamente infeliz (Capital, São Paulo). É uma das transformações do Saci, em forma de cavalo de três pés, que corre pelas estradas assustando todos os que encontra (Ribeirão Preto, São Paulo).”

O Visconde gostou dessa história.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Negro d'água



É um animal que vive nos rios...
Metade Homem, outra metade peixe.
Ataca os pescadores à noite, puxando a canoa, fazendo-a virar e levando o pobre pescador para as águas profundas e negras do rio.


Dizem que o pescador que conseguir cortar uma das garras do Negro D'água, torna-se seu amigo.


Também dizem que ele costuma tomar sol em lugares desertos nas pedras dos rios.

Pedrinho gostou dessa história.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Dona Beija



Ana Jacinta de São José, ainda pequenina, era tão linda que a comparavam a um beija-flor.


Daí o seu apelido de Dona Beija.


Além de ser muito bonita, era também muito inteligente.


A fama de seu irresistível charme tornou a região do Desemboque um obrigatório ponto de parada para os cavaleiros.


O governador da região de Minas tomou-se de amores por ela e, como era adversário do governador do Desemboque, resolveu seqüestra-la, acreditando que esse era o único modo de ter a mulher que amava.


Por ter cometido o crime de seqüestro, o governados teve que enfrentar a corte, e a região do Desemboque, que antes pertencia à Goiás, passou para a região de Minas Gerais.


Assim o Triângulo, antiga faixa goiana, passou a integrar-se à região mineira.


Todos diziam que: "A beleza de Dona Beija é tão extraordinária que modificou o mapa do Brasil."


Esse fato ajudou para que Dona Beija crescesse na região mineira. Sua casa, que ainda existe em Araxá, tornou-se monumento histórico. Araxá é a maior estância hidromineral do continente e "Dona Beija" é o nome de uma de suas mais famosas fontes.


Tia Nastácia se apaixonou pela história.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: A Luz



Uma mulher toda noite ia cavalgar...
Um dia andando ele por uma estrada sentiu uma coisa estranha...


Quando olhou para trás era uma luz vermelha, e aonde esta luz ia, uma mulher ia atrás...


Muito assustada ela voltou à sua casa, desesperada...


No outro dia ela foi cavalgar pela mesma estrada, e a luz a perseguiu novamente.


Depois deste ia ela nunca mais voltou a sua casa...


A tal luz a levou... E a partir deste dia, dizem, seu espírito ainda está lá...


As crianças inglesas gostaram dessa história que Tio Barnabé contou.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Porca dos sete leitões



Era uma rainha que possuía sete filhos e que foram com ela transformados no que são agora, por vingança de um feiticeiro.


Transformada em porca, muito alva, solta fogo pelos olhos, nariz e boca.


Vive perto dos cruzeiros de estrada.


Versão 2


Misteriosa porca que passeia pelas matas, sempre acompanhada de seus sete leitõezinhos.


Segundo a lenda, uma Baronesa que praticava muitas maldades com seus escravos, foi transformada em porca por um feiticeiro negro, revoltado com suas injustiças e seus sete filhos, também encantados, viraram leitões.


A sina deles é andar fossando o chão em procura de um anel enterrado, quando encontrarem esse anel, quebrarão o feitiço e voltarão a ser o que eram.


O Rabicó ficou morrendo de medo dessa porca!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Chibamba



Mito de origem africana.


Em São Paulo e Minas Gerais, onde aparece vestindo folhas de bananeiras.


Está sempre a dançar, rodando lentamente.


Amedronta crianças que choram.



A Cuca adorou essa lenda.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Cavalo-das-almas


Animal miraculoso, que percorre as estradas à procura dos mortos recentes, que o esperam à procura nos moirões das porteiras.


As almas vão agrupadas nesse cavalo.


Emília ficou muito atenta quando Tia Nastácia contou essa história.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: O Choro do Ipê



Certo dia um caçador muito mau, resolveu acabar com todas as árvores do planeta.


Quando estava preste a cortar o primeiro ipê, um vento estranho se aproximou, e como mágica uma linda, a fada apareceu.


E castigando-o, pela sua maldade, ela o transformou em um pé de "Ipê".


Até hoje, nas florestas, quando se cala a noite, pode se escutar o choro do caçador que chora com saudades da família.


A Narizinho adorou a história!


domingo, 10 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: A Canoa Fantasma



É uma canoa na qual se acham as almas dos bandeirantes, que morreram afogados. As almas surgem nas margens do rio Tietê, embarcam na canoa e descem o rio. O objetivo delas é saber notícias dos parentes e procurar tesouros perdidos. Aparecem ao amanhecer.


Narizinho ficou morrendo de medo, Emília não deu bola e Pedrinho ficou interessado.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: A Missa dos Mortos


Esta é uma das lendas mais tradicionais do Brasil.
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Existe um registro muito popular de fatos dessa natureza que aconteceram na Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, no começo do século XX, por volta de 1900, numa pequena Igreja que ficava ao lado de um cemitério, era esta, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês de Cima.
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Quem presenciou uma dessas missas, foi o zelador e sacristão da Igreja. Ele chamava-se João Leite e era muito popular e querido em toda aquela região.
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Conta-se que numa noite, já deitado, ele viu luzes na Igreja e pensando que fossem ladrões foi investigar. Para sua surpresa, viu que o templo estava cheio de fiéis, lustres acesos e o padre se preparando para celebrar uma missa.
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Estranhou todo mundo de roupas escuras e cabeças baixas. E uma missa naquela hora sem que ele nada soubesse???
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Quando o padre se voltou para dizer o "Dominus Vobiscum", ele viu que seu rosto era uma caveira. Viu que também os coroinhas eram esqueletos vestidos. Saiu apressado dali e viu a porta que dava para o cemitério escancarada. Do seu quarto, ficou ouvindo aquela missa do outro mundo até o fim.

Todos gostaram dessa lenda.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: A Lenda do Chibamba


Fantasma do ciclo das assombrações criadas para assustar crianças, para fazer parte dos seus pesadelos noturnos. É do sul de Minas Gerais. Amedronta as crianças que choram, as teimosas e as malcriadas. Anda envolto em longa esteira de folhas de bananeira, ronca como se fosse um porco e dança de forma compassada enquanto caminha; às vezes gira. O nome é um vocábulo africano, Bantu na verdade, e teria como significado uma espécie de canto ou dança africana à exemplo do Lundu.

O Pedrinho adorou essa lenda.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Culinária Capixaba



A tradição pesqueira e a herança da cultura indígena e negra influenciaram profundamente a culinária capixaba, tornando-a eclética, produto de muitas influências dos habitantes locais como portugueses, africanos e povos do norte da Europa. Com a vinda de imigrantes europeus novos pratos foram acrescentados à cozinha capixaba. Dos italianos, os que exerceram maior influência, temos o anholini, o tortei, a sopa pavese, o risoto e a polenta. Mineiros e baianos também trouxeram de suas terras pratos típicos, como o péla-égua (cangiquinha com costeleta de porco) e o vatapá.

Entre os pratos típicos mais famosos citam-se a torta capixaba e a moqueca, a muma de siri e a caranguejada. Famosa internacionalmente, a moqueca capixaba é o prato mais conhecido da culinária do Espírito Santo. O nome "moqueca" designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar e, ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não recebe azeite de dendê e nem leite de coco.

Logo em seguida, vem a torta capixaba, preparada com vários frutos do mar, como siri desfiado, camarão, ostra e sururu, além de bacalhau e palmito. Prato tradicional durante a Semana Santa em todas as casas capixabas.

A técnica de catar o crustáceo é a mesma que já utilizavam os indígenas, fartos comedores de caranguejo - vai-se com lama até os joelhos e recolhe-se os caranguejos no tato e no jeito, para que os dedos não sejam aferroados pelas puãs.

O siri, crustáceo primo do caranguejo, é pescado com jereré ou puçá, ambos se parecem com rede de caçar borboletas, sendo o jereré ou puçá que leva a isca; a pesca sem isca é geralmente feita à noite, à luz de lampiões.

As Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras, assim como as Paneleiras de Goiabeiras, ocupam atividade artesanal de destaque na composição da cultura popular de Vitória.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Cozinha Paulista e a Carioca


O Visconde pesquisou sobre a culinária de São Paulo e Rio de Janeiro:

A cozinha carioca e a paulista não se podem dizer típicas. Mas certa forma, tanto no Rio quanto em São Paulo come-se de um modo muito particular. Desculpem os outros, mas um filé com fritas carioca é diferente, sensivelmente diferente. Como a pizza (ou as pizzas) paulista é – pelo menos para nós – bastante superior à italiana de origem. Fato citado até mesmo por italianos amigos que não gostavam de pizza na Itália.

A farofa, a bem dizer, não é carioca. Mas a carioca é capaz de eliminar o preconceito dos estrangeiros, que sempre olham para ela, à primeira vista, com maus olhos, imaginando que só um povo de mau paladar pode comer areia, essa coisa seca que ela aparenta ser. E, no entanto, sei de um embaixador inglês, recém-embarcado, que levou consigo um saco de farinha de mandioca, deixando instruções para que se fizesse uma remessa regular, porque nunca mais comeria seu rosbife que não fosse acompanhado da nossa farofa na manteiga.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cozinha Mineira


O povo de Minas começou comendo pouco. Os paulistas que penetravam no interior do país, atrás de índio e de ouro, comiam milho e mandioca, dispensando até o sal. E comiam caça: anta, veado, capivara, macaco, quati, onça, aves.
Sem dispensar cobras e lagartos, formigas e “uns bichos mui alvos que se criam em taquaras e paus podres”.


Comer o bicho da taquara era hábito alimentar do nosso gentio, que apreciava muito o gusano, segundo informa o Padre Anchieta em suas Cartas, publicadas pela Academia Brasileira de Letras: “Nascem entre as taquaras certos bichos roliços e compridos, todos brancos, da grossura de um dedo, aos quais os índios chamam raú, e costumam comer assados e torrados. Há-os em tão grande porção, indistintamente amontoados, que fazem com eles um guisado que em nada difere da carne de porco estufada”.
Comiam também mel de abelha, palmitos de muitas castas, grelo de samambaia, carás do mato, raízes de pau e peixe de rio.
Mesmo assim houve uma grande fome em 1668, outra em 1700 e uma terceira em 1713.
O que nunca faltou foi pina. Quando o Conde de Assumar tentou impedir que a aguardente fosse para a capitania de Minas, em 1729, houve a revolta de Pitangui.
Por essa época, da Bahia veio o gado. Mas um boi custava 120 mil-réis, quando na costa valia só 2 mil. E todos os preços eram assim: a farinha custava 43 mil-réis o alqueire, contra 540 réis em São Paulo; uma galinha, 4 mil-réis em vez de 160 e 1 libra de açúcar subia de 120 para 1200 réis. Era mais barato comer macacos e içás, que os mineiros chamam tanajura.

Até os primeiros anos do século da Independência, as cidades mineiras são mal arruadas, com ruelas tortuosas e ladeiras sem calçamento ou iluminação. De dia, galinhas, vacas, cavalos, porcos e cabras andavam livremente pelas ruas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Garimpeiro


A primeira descoberta oficial de ouro no sertão recém-devassado só foi registrada por Antônio Rodrigues Arzão, possivelmente em 1693, no lugar chamado “Casa da Casca”.
Todavia, há poucas dúvidas de que Manoel Borba Gato, genro de Fernão Dias, e sua gente foram os primeiros descobridores de ouro em Sabarabuçu (hoje Sabará), Sertão do Rio das Velhas.
De qualquer forma, nos últimos dez anos do século XVII começou a corrida do ouro para as minas, surgidas principalmente em torno de Sabará e Caeté, Ouro Preto e Mariana, São João Del Rei e São José Del Rei (atual Tiradentes).
Em pouco tempo, os “descobertos” foram se enchendo de gente de toda a parte, sobretudo do Rio de Janeiro e Bahia, regiões mais populosas da Colônia, e também de Portugal.
Apesar dos métodos rudimentares de mineração, o historiador Sérgio Buarque de Holanda registra que as remessas de ouro de Minas para Portugal saltaram de 725 quilos em 1669 para 1.785 quilos em 1701 e para 4.350 quilos em 1703.
Quando escasseou e requereu técnicas mais apropriadas e intensificação da extração, Portugal não conseguiu impedir um maior ingresso de forasteiros, sobretudo portugueses.
Esse novo contingente muito mais numeroso, rico, preparado e ambicioso não demorou a fazer guerra aberta aos paulistas – a Guerra dos Emboabas, nome pejorativo que era dado aos portugueses recém-chegados a Minas, possivelmente por causa das polainas que usavam. O conflito, que durou de 1708 a 1709, teve lances heróicos, com os emboabas (aqui incluídos os baianos, cariocas e demais forasteiros) aclamando seu chefe, o fazendeiro português Manuel Nunes Viana, “governador de todas as Minas”. E teve lances trágicos, como a matança de paulistas na emboscada de Capão da traição, perto da atual Tiradentes.
Contudo a guerra resultou na organização administrativa e política da região, pelas autoridades coloniais. No dia 9 de novembro de 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. O primeiro governador, ou capitão-geral, foi Antônio de Albuquerque. Fundou em 1711 as vilas que mais tarde seriam Mariana, Ouro Preto e Sabará. De sua subdivisão surgiram em seguida as vilas que, hoje, são as cidades de São João Del Rei (1713), Caeté e Serro (1714), Pitangui (1715 e Tiradentes (1718).
Para o povo mineiro de então, a possibilidade de enriquecimento era cobrado muito caro por Portugal. Este queria, de qualquer jeito, os seus 20 por cento do ouro extraído (o quinto), além dos imposto e taxas que cobrava também sobre transações e tráfego de outras mercadorias. Por isso, o conflito era inevitável.
Em 1720, com o desdobramento da Capitania de Minas da de São Paulo, Vila Rica tornou-se o seu centro administrativo, passando a contar, em 1725, com casas de Intendência, para a fundição ouro e cobrança do quinto.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Folclore Região Sudeste: Vaqueiro de Minas Gerais


O gado vinha do norte para abastecer Minas durante o período da mineração. Com a decadência da mineração a população acabou adotando novas atividades, como a agricultura e a criação de gado.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Folclore da Região Sudeste: O Caiçara


Os próprios índios começaram a chamar os seus irmãos de caiçara, porque moravam com os povoadores portugueses em vilas cercadas por caiçaras (cercas de varas). Os moradores das praias, mamelucos (mestiços de branco e índio), passaram a ser também conhecidos por caiçaras.
Como a terra do litoral não era fértil como no planalto, dedicaram-se à pesca. Não abandonaram completamente a lavoura, pois o plantio de mandioca continua presente. Caiçara passou a ser sinônimo de pescador litorâneo.
O caiçara, para a pesca usa espinhel (corda extensa onde prende anzóis) e redes: tarrafa, picaré, jereré, puçá e faz nos rios as cercas ou chiqueiros de peixes. A pesca com rede requer o uso de canoa - a ubá. A rede mede cerca de 140 braças de comprimento por 6 de largura. Para facilitar a flutuação na parte superior da rede colocam bóias de cortiça. E na parte inferior colocam as chumbadas ou peso de barro cozido. Nas extremidades da rede, colocam cordas para puxar o arrastão. Colocam a rede no mar, levada pela ubá, e depois vêm arrastando até a praia - é o famoso “arrastão”.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo


Feliz Ano Novo!

Folclore da Região Sudeste: O Retireiro de leite


Os grandes vazios entre as cidades mineiras foram conquistados pela pecuária. Surgiram as imensas fazendas onde fazem o aproveitamento imediato do leite, na produção de queijos e manteiga. Os mineiros se especializaram na industrialização do leite, produzindo os mais saborosos queijos (queijo de Minas), manteiga e doce de leite.
Na política, no fim do Império e começo da República, os mineiros, senhores de fazendas, tomaram uma parte importante na administração pública. Quando os fazendeiros paulistas do café dominaram a política, aliados aos mineiros, surgiu a chamada política do “café-com-leite”.
Nas fazendas, hoje, a ordenha (recolhimento do leite) é feita por meios mecânicos. Entretanto, nos sítios, nos retiros de leite, ainda se pode ver o tradicional retireiro de leite, com o banquinho ajustado para ordenhar a vaca, manualmente.