Dança de nome e origem indígena, é uma espécie de sapateado brasileiro executado com "batepé" ao som de palmas e violas. Antes era uma dança mais restrita aos homens, mas atualmente é praticado também só por mulheres ou acompanhadas pelos homens. Também conhecido como Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala no nordeste. A dança da Catira está sempre presente nas manifestações culturais como a Folia de Reis e a Festa do Divino. "Não se pode falar em música junina sem uma lembrança do cateretê ou catira, ritmo em que se mesclam origens índias e brancas e uma das poucas reminiscências culturais que ficaram da catequização cristã sobre os índios brasileiros. Diz a História que o Padre José de Anchieta já a utilizava na festa de Santa Cruz mas a sua aceitação nos folguedos de junho nos permite dizer que, já no século 17, ela deve ter se integrado às festas juninas, permanecendo até hoje." "O catira ou cateretê surgiu de uma dança indígena, o caateretê, também adotada nos cultos católicos dos primórdios da colonização. As bases mais sólidas de seu reino se estabeleceram em São Paulo e Minas Gerais. Com solos de viola e coro, acompanhados de sapateado e palmeado, ele começa com uma moda de viola, entremeada por solos, e evolui para uma coreografia simples mas bastante rítmica. O clímax, no final, é o "recortado", com viola, coro, palmeados, sapateados e muita animação. O catira é o coração de festas populares como as Folias de Reis e as de São Gonçalo, hoje particularmente expressivas no interior mineiro. Entre grandes catireiros estão Tonico e Tinoco (o primeiro, morto em 1994), que registraram incontáveis sucessos nos anos 40 e 50. Atualmente, entre os novos-caipiras, o mineiro Chico Lobo é violeiro-cantador que domina essa velha arte."
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